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Empresas e sindicatos devem decidir questões trabalhistas e governo atuar se for chamado, diz Lula

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (11) que a negociação entre empresas e sindicatos é o caminho para resolver questões de trabalho nesse momento de enfrentamento da crise financeira internacional. Segundo ele, o governo só irá interferir se for chamado.

“O governo só entra na negociação entre o capital e o trabalho no dia que uma das partes pedir e as duas concordarem. Eu era dirigente sindical e nunca aceitei que o governo se metesse nas minhas negociações. Tudo o que eu queria era liberdade para negociar”, disse Lula, após almoço com o presidente da Namíbia.

Lula não respondeu diretamente a perguntas de jornalistas sobre a possível flexibilização de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para trabalhadores que aceitarem mudanças no contrato de trabalho e redução de salários, em conseqüência da crise. Ele também reclamou de pessoas falarem sobre medidas, como essas, para a imprensa, antes mesmo de apresentá-las a ele.

“Tenho muita dificuldade para trabalhar sob hipótese, estamos conversando com os empresários, com o trabalhadores. Aqui no Brasil tanto empresários como trabalhadores são especialistas em negociações, nos já negociamos em outros momentos difíceis. Agora, acho que não é o momento de nenhum setor da sociedade brasileira se precipitar”, disse o presidente Lula.

Por Yara Aquino – Repórter da Agência Brasil.

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Protecionismo pode dificultar crescimento econômico, diz Lula

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou hoje (11) um “equívoco” que países queiram retomar a pratica de medidas protecionistas. Segundo ele, tal atitude, neste momento, dificultará a volta do crescimento econômico.

“Se, durante 30 anos, os países ricos ensinaram aos países pobres que era preciso ter livre comércio, espero que agora eles pratiquem o livre comércio que foi cantado em verso e prosa em todos os fóruns internacionais, editoriais e matérias de jornais e televisão. Só quero que eles cumpra aquilo que professaram”, afirmou o presidente.

Lula disse que não ficou decepcionado com o pacote anunciado pelo governo americano para enfrentar a crise financeira. “Não tenho o direito de ficar frustrado com o pacote do Obama [Barack Obama, presidente dos Estados Unidos]”. E completou “acho que os Estados Unidos têm uma situação gravíssima, e que o Obama é a esperança de resolver esse problema. Por isso, estou torcendo para que cada medida que ele faça possa ajudar a minimizar [o problema]”.

O pacote de estímulo econômico americano tem sido criticado por conter medidas protecionistas ao exigir que o ferro, o aço e os produtos manufaturados usados nos projetos incluídos no programa sejam produzidos nos Estados Unidos.

Questionado por jornalistas se irá conversar sobre o assunto com Barack Obama quando for a Nova Iorque, em março, para participar de um seminário, Lula disse que ainda não sabe se eles irão se encontrar.

Por Yara Aquino – Repórter da Agência Brasil.

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Ato público contra demissões reúne diversas categorias no Paraná

Curitiba – A Central Única dos Trabalhadores (CUT) realizou na manhã de hoje (11), um ato público, na Boca Maldita, em Curitiba, com a participação de diversas categorias, como bancários, servidores públicos, trabalhadores da construção civil, petroleiros. A mobilização faz parte do Dia Nacional de Luta em Defesa dos Empregos e Salários, que tem atividades em todo o país.

Segundo o vice-presidente da CUT no Paraná, Miguel Baez, o movimento deixa claro que os trabalhadores não podem pagar a conta de uma crise financeira internacional. “Os empresários vinham acumulando lucros, tivemos crescimento significativo na economia nos últimos dois anos e, mesmo com a crise financeira internacional ainda vamos ter crescimento este ano, em menor escala, mas ele ocorrerá. Portanto, não é justo que os empresários demitam se antecipando às conseqüências da crise na economia.”

O sindicalista lembrou que só no mês de dezembro, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), foram demitidos em todo o país 655 mil trabalhadores, dos quais 50 mil no Paraná.

“Temos que pensar em medidas alternativas às demissões, investimentos, isenção fiscal e punição para as empresas que realizarem demissões injustificadas. Uma das alternativas é usar o superávit primário para garantir programas sociais e investimentos em obras que gerem empregos”, defendeu o vice-presidente da CUT.

Baez destacou que outra luta dos trabalhadores é a redução da jornada sem redução de salários, das atuais 44 horas para 40 horas, o que, na avaliação dele, vai gerar mais empregos. Na prática, de acordo com o sindicalista, para que essas propostas sejam efetivadas, além das manifestações de rua, a CUT vem mantendo encontros com vários setores do governo, que tem se mostrado sensível às reivindicações. A resistência ocorre, segundo ele, na classe empresarial.

“Que se instalem câmaras setoriais para que os trabalhadores possam discutir os efeitos da crise com todos os setores. E uma coisa é clara, o que nem pensamos em discutir é a estratégia dos empresários de reduzir salários, não é justo que o trabalhador seja penalizado porque é a parte mais fraca desse elo”, concluiu.

Por Lúcia Norcio – Repórter da Agência Brasil.

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Metalúrgicos param trânsito na Anchieta no Dia Nacional de Luta pelo Emprego e Salário

São Paulo – Metalúrgicos da Volkswagen do Brasil interromperam hoje (11) por cerca de 20 minutos o trânsito nas quatro faixas de rolamento da Rodovia Anchieta em manifestação organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em frente ao portão principal da empresa, na altura do km 23. A marcha integra as atividades do Dia Nacional de Luta pelo Emprego e Salário.

Pouco antes da passeata, no pátio lateral da montadora, líderes sindicais se revesaram em discurso em cima de um carro de som, criticando a classe empresarial de estar se aproveitando da crise para reduzir salários e cortar postos de trabalho.

O presidente Nacional da CUT, Arthur Henrique, destacou que em 2008, cerca de 15 milhões de trabalhadores foram demitidos. “Nesse país é fácil demitir. O mercado é flexível e o custo da demissão já está embutido no valor final do produto”, criticou o sindicalista.

Fazendo uma retrospectiva sobre 2008, indicou que o país na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou um saldo positivo na geração de empregos com a contratação, no ano passado de 16,5 milhões de trabalhadores. Para ele, são injustificadas as ameaças de dispensas. Entre as medidas que defende como saída para contornar a crise financeira internacional estão a concessão de mais linhas de financiamento a um custo menor do que vem sendo praticado, e a oferta de isenção temporária de tributos às empresas em troca do compromisso de não ocorrerem demissões.

Arthur Henrique considera que o exemplo poderia começar com queda nas taxas de juros cobradas sobre os empréstimos concedidos nos bancos públicos.

Além dessa manifestação, em São Bernardo do Campo, a CUT realizou também um ato na Praça do Patriarca, região central da cidade de São Paulo.

De acordo com a assessoria da Volkswagen, na unidade de São Bernardo do Campo, trabalham 11 mil pessoas e a maioria dos que atuam no turno da manhã na linha de montagem não entraram para a jornada entre as 6h e às 8h. Ainda segundo a assessoria, não existe, oficialmente, nenhuma ameça de corte de pessoal na empresa. Apenas não foi renovado, em janeiro, o contrato de 650 trabalhadores de um total 800 temporários da fábrica de Taubaté, na Vale do Paraíba. Os 150 que ficaram foram contratados em caráter efetivo.

Por Marli Moreira – Repórter da Agência Brasil.

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