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Organização Mundial do Trabalho discute impacto da crise sobre demissões no setor financeiro

Brasília – O impacto da crise econômica sobre os mais de 20 milhões de trabalhadores do setor financeiro é tema de discussão na Organização Mundial do Trabalho (OIT). Até amanhã (25), mais de 100 representantes de governos e organizações de patrões e empregados debatem, em Genebra (Suíça), o aumento nas demissões no sistema financeiro nos últimos meses.

De acordo com relatório divulgado recentemente pela OIT, as instituições financeiras foram um dos setores mais afetados pela crise econômica internacional. Entre agosto de 2007, quando começou a crise no mercado imobiliário norte-americano, até este mês, 325 mil profissionais do setor foram dispensados em todo o mundo.

O ritmo de demissões intensificou-se desde o final do ano passado, quando a crise se agravou. Segundo a OIT, 130 mil trabalhadores da área financeira perderam o emprego de outubro para cá, o que representa cerca de 40% do total de dispensas anunciadas nos últimos 18 meses.

Para a organização, o número de demissões deve aumentar ainda mais nos próximos meses, por causa da recessão nos países desenvolvidos e do fato de que o sistema financeiro está no epicentro da crise.

No encontro, serão discutidas medidas de ajuda aos trabalhadores demitidos, como a concessão de benefícios desemprego e a eficiência nas políticas de proteção social e dos programas de recolocação profissional.

A OIT define o setor financeiro como o composto pelos trabalhadores de bancos, seguradoras e outros intermediários, como administradores de fundos de investimento e conselheiros financeiros.

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil.

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Diálogo é fundamental para contornar o problema do desemprego, avalia diretora da OIT

Brasília – Diante de previsões pessimistas divulgadas hoje (27/01) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre o nível de emprego na América Latina e Caribe em 2009, a diretora da OIT no Brasil, Laís Abramo alerta que o diálogo social entre trabalhadores, empregadores e governo é “fundamental para contornar o problema”.

De acordo com o Panorama Laboral 2008, o crescimento econômico de 4,6% que a região obteve em 2008 pode desacelerar para até 1,9% este ano. Com isso, até 2,4 milhões de pessoas podem perder o emprego.

Segundo Laís Abramo, a OIT não tem um posicionamento oficial sobre os acordos trabalhistas com a redução da jornada de trabalho com redução de salários, que vêm sendo propostos por alguns setores como a indústria automobilística, para tentar evitar as demissões em massa. Mas ela defende que “a solução não pode ser a precarização do trabalho”.

“É preciso que os atores envolvidos façam uma análise para saber até que ponto uma medida que pode ser vista como conjunturalmente necessária pode ser mais negativa ainda. Nós sabemos que neste momento é necessário manter as condições de consumo”, disse a diretora da OIT.

Por Mariana Jungmann – Repórter da Agência Brasil.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.agenciabrasil.inf.br.

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Relatório da OIT sobre as tendências mundiais de emprego para 2009

O número de desempregados, trabalhadores pobres e de empregos vulneráveis aumentará consideravelmente devido à crise econômica mundial

GENEBRA (Notícias da OIT) – A crise econômica mundial poderá produzir um aumento considerável no número de pessoas que aumentarão as filas de desempregados, trabalhadores pobres e trabalhadores com empregos vulneráveis, afirma a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em seu relatório Tendências Mundiais do Emprego.

Com base nos novos acontecimentos no mercado de trabalho devido à eficácia dos esforços de recuperação, o relatório assinala que o desemprego nomundo poderia aumentar em 2009 em relação a 2007 entre 18 e 30 milhões de trabalhadores e até além de 50 milhões caso a situação continue se deteriorando.

O relatório da OIT sustenta que, caso se produza este último cenário, cerca de 200 milhões de trabalhadores, em especial nas economias em desenvolvimento, poderiam passar a integrar as filas da pobreza extrema.
“A mensagem da OIT é realista, não alarmista. Nós enfrentamos uma crise de emprego de alcance mundial. Muitos governos estão conscientes da situação e estão tomando medidas, mas é necessário empreender ações mais enérgicas e coordenadas para evitar uma recessão social mundial. A redução da pobreza está em retrocesso e as classes médias em nível global estão se debilitando. As consequências políticas e de segurança são de proporções gigantescas”, declarou Juan Somavia, Diretor-Geral da OIT.
“A crise sublinha a importância da Agenda de Trabalho Decente da OIT. Muitos elementos desta Agenda estão presentes nas medidas atuais para fomentar a criação de emprego, intensificar e ampliar a proteção social e utilizar mais o diálogo social”, afirmou Somavia.

O Diretor-Geral fez um apelo para que na próxima reunião dos representantes do G-20 no dia 2 de abril em Londres, além de serem tratadas questões de caráter financeiro, seja alcançado de maneira urgente um acordo sobre as medidas prioritárias que devem ser adotadas para promover investimentos produtivos, os objetivos de trabalho decente e proteção social e a coordenação de políticas.

Principais prognósticos do relatório de Tendências Mundiais de Emprego
Este novo relatório atualiza as projeções preliminares publicadas em outubro do ano passado, nas quais se indicava que a crise financeira mundial poderia fazer com que o desemprego atingisse entre 15 e 20 milhões de pessoas em 2009. As conclusões fundamentais são as seguintes:

* Com base nas previsões do FMI de novembro de 2008, a taxa de desemprego no mundo poderia aumentar em até 6,1% em 2009, em comparação com os 5,7% de 2007, o que representa 18 milhões de desempregados a mais em 2009 em relação a 2007.

* Caso a situação econômica se deteriore além do previsto em novembro de 2008, o que é provável, a taxa de desemprego mundial poderia aumentar até 6,5%,o que representa 30 milhões a mais de pessoas sem emprego no mundo em relação 2007.

* Em uma hipótese atual sobre a evolução mais pessimista, a taxa de desemprego poderia chegar a 7,1%, o que equivaleria a aumento de mais de 50 milhões de desempregados no mundo.

* O número de trabalhadores pobres – isto é, de pessoas que não ganham o suficiente para manter-se a si mesmos e a suas famílias além do umbral da pobreza de 2 dólares ao dia por pessoa – pode aumentar até alcançar um total de 1,4 bilhão, o que representaria 45% do total de trabalhadores no mundo.

* Em 2009, a proporção de pessoas com empregos vulneráveis – ou seja, trabalhadores que contribuem para o sustento familiar ou trabalhadores por conta própria com menor acesso às redes de seguridade que protegem contra a perda de renda durante tempos difíceis – poderia aumentar de maneira considerável no pior dos cenários e afetar até 53% da população com emprego.

Medidas em matéria de políticas

A crise econômica de 2008 aumentou a preocupação com as repercussões sociais da globalização, assunto sobre o qual a OIT vem advertindo há tempos. Ao sublinhar a necessidade da adoção de medidas para apoiar os grupos vulneráveis do mercado de trabalho, como os jovens e as mulheres, o relatório da OIT observa que existe um norme potencial de trabalho não aproveitado em todo o mundo. O crescimento e o desenvolvimento econômico poderiam ser muito maiores se fosse dada oportunidade às pessoas de ter um trabalho decente através de investimentos produtivos e políticas ativas dirigidas ao mercado de trabalho.

“A Agenda de Trabalho Decente é um marco político adequado para enfrentar a crise. Inclui uma mensagem poderosa: que o diálogo tripartite com as organizações de trabalhadores e empregadores deve desempenhar um papel essencial na abordagem da crise econômica e no desenvolvimento de políticas”, afirmou Juan Somavia.

De acordo com o que foi discutido pelo Conselho de Administração da OIT em novembro de 2008, o relatório enumera diversas medidas recomendadas pela OIT para a formulação de políticas que estão apoiando numerosos governos:

* maior coberturas do seguro-desemprego e dos regimes de seguro, reconversão profissional dos trabalhadores que perderam o trabalho e proteção das pensões frente à queda catastrófica dos mercados financeiros;

* investimento público em infraestruturas e habitação, infraestruturas comunitárias e empregos verdes, inclusive mediante obras públicas de emergência;

* apoio às pequenas e médias empresas;

* diálogo social em escala nacional, setorial e empresarial.

Se um grande número de países –usando suas próprias reservas acumuladas, empréstimos de emergência do FMI e mecanismos de ajuda mais fortes – aplicarem políticas coordenadas de acordo com a Agenda de Trabalho Decente da OIT, os efeitos da recessão nas empresas, sobre os trabalhadores e suas famílias poderiam ser amenizadas e a recuperação poderia ser melhor preparada.

28.01.2009

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.oit.org.br.

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