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Itaú Unibanco: cadê a grana para pagar os trabalhadores ?

Lucro pro forma foi de R$ 10 bilhões, todos os indicadores cresceram, mas bancos dizem que não vão pagar adicional pelo teto

São Paulo – Sindicato e a direção de Itaú Unibanco reúnem-se na terça-feira, 3 de março, para discutir a garantia de emprego dos trabalhadores durante o processo de fusão. Os representantes dos bancários também vão para cobrar que o banco faça o pagamento aos funcionários do valor adicional da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) pelo teto.

O crédito da segunda parcela da PLR aos trabalhadores dos dois bancos ocorre na sexta, 27 de fevereiro. Dos valores pagos, deve ser descontada a primeira parcela creditada no ano passado de 45% do salário mais R$ 483.

No Itaú, os trabalhadores receberão 2,2 salários de PLR, mas o banco diz que não irá pagar o valor adicional da PLR e o Programa Complementar de Remuneração (PCR) pelo teto.

No Unibanco, a distribuição da PLR será majorada. Ou seja, como o pagamento da regra básica (90% mais o fixo de R$ 966) não atingiu 5% do lucro líquido, os valores distribuídos aos trabalhadores será aumentado até chegar ao percentual. Segundo o banco, o valor adicional também não será pago pelo teto.

Tudo cresceu – Nesta quarta, dia 25, a instituição financeira anunciou que teve um lucro líquido pro forma – resultado do 4º trimestre (já com a fusão dos bancos) mais a simulação dos resultados dos primeiros três trimestres do ano, caso os dois bancos já estivessem associados – de R$ 10 bilhões. Pelo critério contábil, o lucro líquido totalizou R$ 7,803 bilhões.

Quando separados, o lucro líquido pro forma do Itaú saltou de R$ 7,71 bilhões em 2008 ante R$ 7,17 bilhões, em 2007, elevação de 7,51%. No mesmo período, isoladamente, o Unibanco obteve R$ 2,85 bilhões no ano passado contra R$ 2,60 bilhões em 2007, alta de 9,7%.

Outros indicadores mostram como foram bons os resultados do Itaú-Unibanco. A carteira de crédito da instituição, por exemplo, cresceu 34% quando se compara 2007 com 2008. No mesmo período, os empréstimos para empresas cresceram 41,9%, as operações para pessoas físicas aumentaram 24,3%, o número de correntistas teve elevação de 17,4%.

“Os bancários fizeram com imensa qualidade a sua parte para compor o resultado do banco, como agora dizer que não tem dinheiro para pagar o adicional e a PCR pelo teto?”, questiona o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. “Sejam R$ 7,8 bilhões ou R$ 10 bilhões a serem considerados como lucro líquido do banco, são valores de se fazer inveja a todos os setores da economia. Os bancários trabalharam demais e merecem ser valorizados e é isso que vamos cobrar do banco.”

Por Danilo Pretti Di Giorgi – 26/02/2009.

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Marcada reunião entre Sindicato e Itaú Unibanco

Negociação entre representantes dos bancários e da direção do banco sobre empregos foi agendada para 3 de março

O Sindicato cobrou e a direção do Itaú Unibanco marcou reunião para debater as demissões que estão ocorrendo nas duas instituições financeiras. A negociação foi agendada para a próxima terça-feira, 3 de março, às 14h30 no Centro Empresarial Itaú Conceição (Ceic).

Na sexta, dia 20, bancários das duas instituições denunciaram que ocorreram cerca de 200 desligamentos em setores da holding como o Itaú BBA e a seguradora.

Os cortes ocorreram apenas dois dias depois de o Banco Central bater o martelo e autorizar oficialmente a fusão entre os dois bancos. “Mesmo as demissões tendo ocorrido principalmente entre trabalhadores ligados a outras categorias, consideramos um desrespeito às negociações que vêm ocorrendo”, afirmou o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. “Apresentamos uma série de propostas à direção do banco para que sejam evitadas dispensas não apenas de bancários, mas de trabalhadores de todo o grupo. E ouvimos que a resposta a essas propostas seria dada logo após a autorização da fusão pelo BC. Esperamos que haja retorno positivo nessa negociação de terça-feira.”

Marcolino destaca também que os funcionários devem ter tranqüilidade durante todo o processo. “Os trabalhadores não podem pagar a conta desse processo com seus empregos. A fusão Itaú Unibanco tem de ser boa para o cliente, para o acionista e também para os funcionários e estamos cobrando isso do banco.”

Confira a proposta do Sindicato encaminhada à direção do Itaú Unibanco para a manutenção dos empregos dos trabalhadores das duas instituições financeiras.

Por Cláudia Motta – 26/02/2009.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.spbancarios.com.br.

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EIS A PROPOSTA:

Proposta de Proteção ao Emprego: Fusão Itaú / Unibanco – dezembro / 2008

1. Aplicação das bases da Convenção 158 da OIT, que inibe dispensas imotivadas;

2. Suspensão imediata das demissões;

3. Suspensão imediata das contratações;

4. Qualquer operação/ serviço ou negócio só poderá ser repassado ao outro banco, desde que haja ao mesmo tempo transferência / realocação dos funcionários;

5. Criação de um centro ágil e eficaz de realocação interna / seleção interna;

6. Efetivação dos atuais estagiários e não renovação de novos contratos para 2009;

7. Suspensão do Programa Menor Aprendiz, por um período determinado;

8. Redução da jornada de trabalho, sem reduzir salários.

9. Onde haja sobrecarga de trabalho, suspender a execução de hora-extra e banco de horas, abrindo espaço para realocação de funcionários de outras áreas.

10. Manutenção de toda a rede de agência, com ampliação em no mínimo 20% dos postos de trabalho para absorver funcionários da área administrativa;

11. Internalização das áreas de sistemas, compensação, tesouraria, crédito, caixa rápido, call center, entre outros;

12. Suspender novos projetos de terceirização;

13. Não renovação dos contratos de terceirização;

14. Construir um programa de incentivo à aposentadoria, estruturado de forma voluntária;

15. Manutenção dos direitos observando as condições mais vantajosas.

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