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Crise financeira pode levar à valorização do trabalho e da produção

Brasília – Se, em curto prazo, os efeitos da crise financeira mundial podem atrapalhar a luta trabalhista no Brasil, no médio e longo prazos, as reflexões que partem da crise podem produzir efeitos positivos para os trabalhadores. A avaliação é do economista Sérgio Mendonça, coordenador da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Um efeito considerado por Mendonça é a valorização da atividade produtiva, em detrimento da atividade meramente financeira. “O trabalho voltou a ter voz depois que tudo ruiu. O desmonte dessa parafernália financeira que o mundo estava vivendo abre uma agenda, no mínimo, interessante sobre a inclusão, o acesso ao emprego e a novas políticas fiscais e tributárias com o objetivo de taxar mais os mais ricos e de distribuir renda.

Nesse sentido, Mendonça avalia que este 1º de Maio deve ensejar uma perspectiva de empregos mais decentes, a depender da capacidade de mobilização dos trabalhadores. “O mundo vinha em uma toada na qual a dimensão financeira das atividades econômicas é que dava o tom. Com toda essa crise, com a desvalorização dos ativos, a tendência é dar a dimensão produtiva um valor que estava relativamente menor nos últimos 20 anos. Isso carrega consigo a possibilidade de maior geração de emprego”, explicou.

Mendonça disse ainda que não vê espaço para flexibilização de leis trabalhistas em um contexto de crise como o atual. No entanto, ele reconhece que, na prática, o mercado acaba fazendo isso, com muitas empresas atuando na ilegalidade em relação a contratações.

“Não se altera a legislação em momentos de crise. A finalidade dos governos de todo o mundo agora é tirar o país da recessão com políticas expansionistas. O governo tem que continuar intervindo para evitar um desaquecimento mais forte. Não há, na minha opinião, nenhum clima para um movimento de flexibilização de leis trabalhistas. Na vida real, na prática, o mercado faz isso, contratando pessoas sem carteira assinada e colocando a culpa na crise”, destacou.

Por Luciana Lima – Repórter da Agência Brasil.

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1º de Maio, o resultado de lutas dos trabalhadores

Brasília – Se hoje é comemorado como um dia festivo em boa parte do mundo, no passado o 1º de Maio era uma data mais voltada para que os trabalhadores reforçassem a luta por melhores condições de trabalho. O Dia Internacional do Trabalho foi instituído durante a Segunda Internacional Socialista, em Paris, no ano de 1889. No Brasil, a primeira celebração ocorreu em Santos, em 1895, por iniciativa do Centro Socialista. Trinta anos depois, em 1925, o presidente Artur Bernardes baixou decreto transformando o 1º de maio em feriado nacional.

A instituição do Dia do Trabalho é resultado das lutas iniciadas em 1886, em Chicago, nos Estados Unidos. No dia 1º de maio daquele ano, milhares de operários foram às ruas da cidade americana para exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para oito horas. Nos dias seguintes, os trabalhadores continuaram as manifestações e houve confrontos com a polícia, que provocaram a morte de 12 manifestantes.

Para lembrar as mortes desses trabalhadores, a Segunda Internacional Socialista aprovou resolução instituindo o dia 1º de maio como Dia do Internacional do Trabalho. “Um dia de protesto contra a opressão e a tirania, contra a ignorância e as guerras de todo tipo. Um dia para começar a desfrutar oito horas de trabalho, oito horas de descanso e oito horas para o que nos der gana”, como estava escrito em um panfleto que circulava pelas ruas de Chicago, que à época já era um grande centro industrial dos EUA.

Por Agência Brasil.

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