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A gripe dos porcos e a mentira dos homens

O governo do México e a agroindústria procuram desmentir o óbvio: a gripe que assusta o mundo se iniciou em La Glória, distrito de Perote, a 10 quilômetros da criação de porcos das Granjas Carroll, subsidiária de poderosa multinacional do ramo, a Smithfield Foods. La Glória é uma das mais pobres povoações do país. O primeiro a contrair a enfermidade (o paciente zero, de acordo com a linguagem médica) foi o menino Edgar Hernández, de 4 anos, que conseguiu sobreviver depois de medicado. Provavelmente seu organismo tenha servido de plataforma para a combinação genética que tornaria o vírus mais poderoso. Uma gripe estranha já havia sido constatada em La Glória, em dezembro do ano passado e, em março, passou a disseminar-se rapidamente.

Os moradores de La Glória – alguns deles trabalhadores da Carroll – não têm dúvida: a fonte da enfermidade é o criatório de porcos, que produz quase 1 milhão de animais por ano. Segundo as informações, as fezes e a urina dos animais são depositadas em tanques de oxidação, a céu aberto, sobre cuja superfície densas nuvens de moscas se reproduzem. A indústria tornou infernal a vida dos moradores de La Glória, que, situados em nível inferior na encosta da serra, recebem as águas poluídas nos riachos e lençóis freáticos. A contaminação do subsolo pelos tanques já foi denunciada às autoridades, por uma agente municipal de saúde, Bertha Crisóstomo, ainda em fevereiro, quando começaram a surgir casos de gripe e diarreia na comunidade, mas de nada adiantou. Segundo o deputado Atanásio Duran, as Granjas Carroll haviam sido expulsas da Virgínia e da Carolina do Norte por danos ambientais. Dentro das normas do Nafta, puderam transferir-se, em 1994, para Perote, com o apoio do governo mexicano. Pelo tratado, a empresa norte-americana não está sujeita ao controle das autoridades do país. É o drama dos países dominados pelo neoliberalismo: sempre aceitam a podridão que mata.

O episódio conduz a algumas reflexões sobre o sistema agroindustrial moderno. Como a finalidade das empresas é o lucro, todas as suas operações, incluídas as de natureza política, se subordinam a essa razão. A concentração da indústria de alimentos, com a criação e o abate de animais em grande escala, mesmo quando acompanhada de todos os cuidados, é ameaça permanente aos trabalhadores e aos vizinhos. A criação em pequena escala – no nível da exploração familiar – tem, entre outras vantagens, a de limitar os possíveis casos de enfermidade, com a eliminação imediata do foco.

Os animais são alimentados com rações que levam 17% de farinha de peixe, conforme a Organic Consumers Association, dos Estados Unidos, embora os porcos não comam peixe na natureza. De acordo com outras fontes, os animais são vacinados, tratados preventivamente com antibióticos e antivirais, submetidos a hormônios e mutações genéticas, o que também explica sua resistência a alguns agentes infecciosos. Assim sendo, tornam-se hospedeiros que podem transmitir os vírus aos seres humanos, como ocorreu no México, segundo supõem as autoridades sanitárias.

As Granjas Carroll – como ocorre em outras latitudes e com empresas de todos os tipos – mantêm uma fundação social na região, em que aplicam parcela ínfima de seus lucros. É o imposto da hipocrisia. Assim, esses capitalistas engambelam a opinião pública e neutralizam a oposição da comunidade. A ação social deve ser do Estado, custeada com os recursos tributários justos. O que tem ocorrido é o contrário disso: os estados subsidiam grandes empresas, e estas atribuem migalhas à mal chamada “ação social”. Quando acusadas de violar as leis, as empresas se justificam – como ocorre, no Brasil, com a Daslu – argumentando que custeiam os estudos de uma dezena de crianças, distribuem uma centena de cestas básicas e mantêm uma quadra de vôlei nas vizinhanças.

O governo mexicano pressionou, e a Organização Mundial de Saúde concordou em mudar o nome da gripe suína para Gripe-A. Ao retirar o adjetivo que identificava sua etiologia, ocultou a informação a que os povos têm direito. A doença foi diagnosticada em um menino de La Glória, ao lado das águas infectadas pelas Granjas Carroll, empresa norte-americana criadora de porcos, e no exame se encontrou a cepa da gripe suína. O resto, pelo que se sabe até agora, é o conluio entre o governo conservador do México e as Granjas Carroll – com a cumplicidade da OMS.

Por Mauro Santayana, que é jornalista.

ARTIGO COOLHIDO NO SÍTIO www.pt.org.br.

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Infectologista diz que pessoas não precisam comprar remédios para gripe suína

Rio de Janeiro – A população não precisa comprar remédios contra a gripe suína. O alerta é do presidente da Sociedade de Infectologia do Rio de Janeiro, Samuel Kierszenbaum, que comentou hoje (29) a procura pelo remédio Tamiflu, esgotado em farmácias da capital fluminense.

De acordo com Kierszenbaum, os pacientes que precisarem de tratamento vão receber o medicamento na dose adequada, de acordo com prescrição médica. Como nenhum caso foi detectado no país, ele acrescenta que não há motivo para alarde.

“Não adianta comprar remédios. O medicamento só funciona na hora certa. Não adianta comprar ou estocar o remédio. A indicação cabe ao médico”, destacou. “Caso haja problema, o paciente será encaminhado e examinado.Confirmada a patologia, a pessoa será medicada”.

O infectologista lembra que, com as temperaturas mais amenas nesta época do ano, gripes e resfriados são comuns. Para diferenciar os sintomas de uma gripe normal dos sintomas da gripe suína, ele explica que outras informações dadas pelo paciente também são consideradas.

“O dado epidemiológico faz a diferença. Se a pessoa veio de uma região onde está confirmada a gripe, como o México, pode ser um caso suspeito. Agora, uma [gripe] em pessoa que veio de um país sul-americano, por exemplo, não é motivo para entrar em pânico”.

Kierszenbaum também reafirma que não há transmissão de gripe suína no consumo de carne de porco. Segundo ele, a transmissão é feita pelo ar, ao falar e ao tossir, por exemplo.

“Por isso, é recomendado o uso da máscara para quem vem de áreas onde casos da doença foram confirmados. É uma medida para proteger as pessoas daqui”, acrescentou.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), o vírus da gripe (Influenza) atinge cerca de 15% da população do mundo a cada ano e a incidência varia de acordo com a temperatura de cada região.

Por Isabela Vieira – Repórter da Agência Brasil.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.inf.br.

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Influenza humana: perguntas e respostas

1. O que é influenza?

Também conhecida como gripe, a influenza é uma infecção do sistema respiratório cuja principal complicação são as pneumonias, que são responsáveis por um grande número de internações hospitalares no País. A doença inicia-se com febre alta, em geral acima de 38ºC, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral por três a quatro dias após o desaparecimento da febre. É uma doença muito comum em todo o mundo, sendo possível uma pessoa adquirir influenza várias vezes ao longo de sua vida. É também freqüentemente confundida com outras viroses respiratórias, por isso o seu diagnóstico de certeza só é feito mediante exame laboratorial específico.

2. Resfriado e influenza (gripe) são a mesma coisa?

Não. O resfriado geralmente é mais brando que a gripe e pode durar de 2 a 4 dias. Também apresenta sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, como congestão nasal, secreção nasal (rinorréia), tosse e rouquidão. A febre é menos comum e, quando presente, é de baixa intensidade. Outros sintomas também podem estar presentes, como mal-estar, dores musculares (mialgia) e dor de cabeça (cefaléia). Assim como na influenza, no resfriado comum também podem ocorrer complicações como otites, sinusites, bronquites e até mesmo quadros mais graves, dependendo do agente etiológico que está provocando a infecção. Os principais agentes infecciosos do resfriada comum são os Rhinovírus (com mais de 100 sorotipos), os Coronavírus, os vírus Parainfluenza (principalmente o tipo 3), o Vírus Sincicial Respiratório, os Enterovírus e o Adenovírus.

3. Existem outras doenças que podem ser confundidas com a influenza?

Sim, além do resfriado comum, a rinite alérgica é uma das doenças que mais se confundem com a gripe. Na rinite alérgica ocorrem sintomas como espirros, congestão e corrimento nasal. Existem duas formas de rinite alérgica: uma sazonal (em determinadas épocas do ano) e uma que dura o ano todo, podendo ser contínua ou intermitente. A rinite alérgica não é acompanhada de febre. Porém, isso pode acontecer quando ela estiver associada a uma infecção.

4. Qual o agente causador da influenza humana?

Um vírus. São conhecidos 3 tipos de vírus da influenza: A, B e C. Esses vírus são altamente transmissíveis e podem sofrer mutações (transformações em sua estrutura genética), sendo que o tipo A é mais mutável que o B e este mais mutável que o tipo C. Os tipos A e B causam maior morbidade (doença) e mortalidade (mortes) que o tipo C. Geralmente as epidemias e pandemias (epidemia em vários países) estão associadas ao vírus do tipo A. O tipo C não tem importância clínica nem epidemiológica.

5. Como a influenza humana é transmitida?

A influenza humana pode ser transmitida:
– de forma direta:, através das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao falar, espirrar, ou tossir; ou
– de forma indireta: por meio das mãos que, após contato com superfícies recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado, podem carrear o agente infeccioso diretamente para a boca, nariz e olhos.

A transmissão direta inter-humana (ou seja, de pessoa-a-pessoa), é a mais comum, mas já foi documentada a transmissão direta do vírus de aves e suínos para o homem.

O período que uma pessoa pode transmitir a doença (transmissibilidade) é de 2 dias antes até 5 dias após o início dos sintomas.

6. Como o vírus da influenza existe na natureza?

Os vírus existem naturalmente em diversas espécies animais, como aves (especialmente as aquáticas, como os patos), mamíferos e herbívoros. Em geral, os vírus são específicos de cada espécie animal e só raramente se observa transmissão cruzada entre espécies diferentes, como da ave para o homem, por exemplo. No entanto, o porco pode se infectar tanto com vírus humanos como com vírus de aves.

As aves silvestres, principalmente as aves migratórias, podem se infectar sem apresentar sintomas. São chamadas de reservatórios naturais do vírus e propiciam sua disseminação entre os continentes, representando um elemento importante na cadeia de transmissão da influenza aviária. No entanto, o vírus da influenza já foi identificado em outras aves como marrecos, maçaricos, gaivotas, garças, pardelas, cisnes, tecelões, cacatuas, tentilhões , além das aves domésticas (galinha, peru, faisão, ganso, codorna, avestruz) e, menos freqüentemente, em passarinhos, periquitos, papagaios e em aves de rapina como o falcão.

7. Como o vírus influenza das aves pode causar doença humana?

– Os vírus influenza estão presentes nas fezes, sangue e secreções respiratórias das aves infectadas. Desse modo, a contaminação humana pode ocorrer pelo contato direto com as aves infectadas por meio de inalação dessas secreções (inclusive durante a limpeza e a manutenção nos aviários ou criadouros sem os cuidados necessários de proteção) ou durante o abate ou manuseio de aves infectadas.

OBS: Não foi evidenciada transmissão pela ingestão de ovos ou pelo consumo de carnes congeladas ou cozidas de aves infectadas.

8. Quais são os sintomas da influenza humana?

Os primeiros sintomas costumam aparecer cerca de 24 horas depois do contágio, e podem ser:
· febre geralmente (>38ºC);
· dor de cabeça;
· dor nos músculos;
· calafrios;
· prostração (fraqueza);
· tosse seca;
· dor de garganta;
· espirros e coriza
· Podem apresentar ainda pele quente e úmida, olhos hiperemiados (avermelhados) e lacrimejantes. As crianças podem apresentar também febre mais alta, aumento de linfonodos cervicais (gânglios no pescoço), diarréia e vômitos.

9. A influenza humana é uma doença grave?

Geralmente a influenza é uma infecção auto-limitada, ou seja, evolui para cura completa devido a reação do próprio organismo humano à ação do vírus. No entanto, a influenza pode causar doença grave em idosos, pessoas portadoras de doenças crônicas (como diabetes, câncer, doenças crônicas do coração, dos pulmões e dos rins), pessoas imunodeprimidas, gestantes no 2° e 3° trimestres de gravidez e recém-nascidos. Essas pessoas são consideradas grupos de maior risco para apresentar complicações da influenza, como a pneumonia, e podem precisar de atenção hospitalar quando adoecem.

10. Existe vacina para prevenir a influenza humana ou suas complicações?

Sim. O Ministério da Saúde do Brasil, a partir de 1999, vem realizando campanhas anuais de vacinação contra a influenza para os idosos com idade de 60 anos ou mais, geralmente no mês de abril. Esta vacina faz parte do calendário de vacinação da população indígena e também é disponibilizada nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) de cada Estado, para uso dos indivíduos que pertencem aos grupos de risco acima apontados.

A composição da vacina varia a cada ano, de acordo com os tipos de vírus da influenza que estão circulando de forma predominante em ambos nos hemisférios Norte e Sul.

11. Qualquer pessoa pode tomar a vacina contra a influenza?

Sim, a partir dos seis meses de idade e desde que não tenha alergia a ovo (uma vez que esta vacina é produzida em ovos de galinha). No entanto, a política de vacinação contra a influenza atualmente adotada pelo MS é direcionada para os grupos de maior risco de desenvolver as formas graves e complicações da doença (referidos no item 9).

12. Qual a duração da proteção conferida pela vacina contra a influenza?

A vacina protege por um ano. Entretanto o vírus da gripe é capaz de mudar suas características com muita freqüência, por isso a cada ano é necessário que se tome uma nova vacina.

13. Pode-se ter gripe mesmo estando vacinada contra influenza?

Sim, porque a vacina protege contra os três tipos de vírus que anualmente fazem parte da sua composição e porque, entre os idosos, sua proteção não é de 100%. Mesmo assim, a vacinação diminui a gravidade da gripe e, portanto, as chances de complicações e óbitos.

14. A vacina contra influenza pode provocar reações?

Sim, mas as reações são geralmente leves. As mais comuns são: dor, vermelhidão e enduração no local de aplicação, que ocorrem nas primeiras 72 horas após a vacinação. A febre como reação adversa à vacina ocorre em menos de 1% dos casos e reações alérgicas graves (anafilaxia) não são comuns. Acredita-se que as reações estejam associadas aos componentes vacinais, principalmente à proteína do ovo de galinha (que é utilizado na produção da vacina). É essencial que as pessoas que tenham história de alergia a alguma vacina, ao ovo ou a proteínas de galinha, informem ao profissional de saúde antes de receber a vacina. Raramente ocorre dor em trajetos de nervos (neuralgia), sensação de dormência (parestesia) e fraqueza muscular.

15. Quais são os benefícios da vacina contra influenza?

– Proteção contra o vírus da Influenza ou gripe e contra as complicações da doença, principalmente as pneumonias bacterianas secundárias.
– Estudos recentes indicam que a vacina também pode proteger contra infarto e derrame.

16. Existem medicamentos disponíveis para prevenção e tratamento da influenza humana?

Sim. Apesar de o tratamento da influenza não complicada ser realizado com medicações sintomáticas, repouso, hidratação e alimentação leve, nas situações em que há indicação médica podem ser utilizadas duas classes de drogas, os bloqueadores do canal M2 de envelope viral (amantadina e rimantadina) ou os inibidores da neuraminidase (oseltamivir e zanimivir). Há vantagens e desvantagens no uso de ambos os grupos de drogas, que devem ser avaliados pelo médico que fará as prescrições, quando necessário.

OBS: devido ao risco do aparecimento de algumas reações graves, é importante evitar o uso de ácido acetilsalisílico na vigência de quadros de influenza.

17. Existe tratamento para as complicações da influenza?

Sim. As principais complicações são as infecções bacterianas secundárias, principalmente as pneumonias. Em caso de complicações, o tratamento será específico, geralmente com antimicrobianos (antibióticos). Para tanto, é fundamental procurar atendimento nas unidades de saúde (postos/centros de saúde ou hospitais).

18. O que a população pode fazer para evitar a influenza?

Como medida geral de prevenção e controle de doenças de transmissão respiratória, recomenda-se

a) População em geral
– higiene das mãos com água e sabão (depois de tossir ou espirrar; depois de usar o banheiro, antes de comer, antes de tocar os olhos, boca e nariz);
– evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies;
– usar lenço de papel descartável;
– proteger com lenços a boca e nariz ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis;
– orientar para que o doente evite sair de casa enquanto estiver em período de transmissão da doença (até 5 cinco dias após o início dos sintomas);
– evitar aglomerações e ambientes fechados (deve-se manter os ambientes ventilados);
– é importante que o ambiente doméstico seja arejado e receba a luz solar, pois estas medidas ajudam a eliminar os possíveis agentes das infecções respiratórias;
– restrição do ambiente de trabalho para evitar disseminação;
– hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e atividade física.

b) Cuidados no manejo de crianças em creches:
– encorajar cuidadores e crianças a lavar as mãos e os brinquedos com água e sabão quando estiverem visivelmente sujas;
– encorajar os cuidadores a lavar as mãos após contato com secreções nasais e orais das crianças, principalmente quando a criança está com suspeita de síndrome gripal;
– orientar os cuidadores a observar se há crianças com tosse, febre e dor de garganta, principalmente quando há notificação de surto de síndrome gripal na cidade; os cuidadores devem informar os pais quando a criança apresentar os sintomas citados acima;
– evitar o contato da criança doente com as outras. Recomenda-se que a criança doente fique em casa, a fim de evitar transmissão da doença;
– orientar os cuidadores e responsáveis pela creche que notifiquem a secretaria de saúde municipal caso observem um aumento do número de crianças doentes com síndrome gripal ou com absenteísmo pela mesma causa na creche;

c) Medidas específicas em situação de epidemia de influenza:
– Pessoas com condições clínicas graves da infecção ou suas complicações (pneumonia viral primária ou bacteriana, por exemplo), recomenda-se procurar tratamento médico-hospitalar. Para esses locais, recomenda-se a adoção estrita de medidas de biossegurança, conforme as orientações técnicas do MS.
– restringir visitas ao paciente, principalmente no período de transmissibilidade da doença (até 5 cinco dias após o início dos sintomas);
colocar máscaras no paciente, se possível, quando o mesmo for transportado;
– Avaliar a necessidade de suspensão temporária das atividades coletivas do grupo etário de crianças e pré-escolares, como forma de reduzir a transmissão ampliada da doença na comunidade.
– Cuidados adicionais com gestantes (2° e 3° trimestre) e bebês para evitar infecções secundárias (pneumonia), e parturientes para evitar transmitir a doença para o bebê:
o gestante:
::. buscar o serviço de saúde caso apresente sintomas de síndrome gripal;
::. na internação para o trabalho de parto, priorizar o isolamento se a mesma estiver com diagnóstico de influenza;
o parturiente:
::. após o nascimento do bebê, se a mãe estiver doente, usar máscara e lavar bem as mãos com água e sabão antes de amamentar e após manipular suas secreções; estas medidas devem ser seguidas até sete dias após o início dos sintomas da mãe;
::. a parturiente deve evitar tossir ou espirrar próximo ao bebê;
o bebê:
::. priorizar o isolamento em berçários
::. os profissionais e mães devem lavar bem as mãos e outros utensílios (mamadeiras, termômetros, etc);

– Além dessas recomendações outras medidas de controle e prevenção poderão ser adotadas, de acordo com a gravidade, extensão geográfica e magnitude do surto.

19. Que cuidados devem tomar as pessoas que viajarem para um país onde estão ocorrendo casos de influenza aviária?

– Evitar contato com aves em granjas e mercados públicos;
– Evitar ingerir alimentos de origem animal (principalmente aves e suínos) crus ou de procedência duvidosa;
– Evitar locais fechados com grande concentração de pessoas;
– Manter cuidados básicos com a higiene pessoal, como lavar sempre as mãos antes de se alimentar ou levar a mão ao rosto (ver questão 19);
– Procurar imediatamente o serviço de saúde caso venha a apresentar sintomas como os já citados acima.

20. Qual o papel do Ministério da Saúde na prevenção e controle da influenza?

O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), elabora normas e coordena, no âmbito nacional, as ações de vigilância e controle da influenza, incluindo as campanhas anuais de vacinação referidas acima, bem como a assessoria e supervisão as secretarias estaduais e municipais de saúde no desenvolvimento dessas ações, bem como realizando estudos sobre a morbimortalidade por influenza e causas associadas para avaliar aspectos específicos da transmissão da doença no país.

O MS, em conjunto com as secretarias estaduais e municipais mantém desde o ano 2000 um Sistema Nacional de Vigilância da Influenza, com os objetivos principais de monitorar a circulação dos vírus influenza em nosso meio e a morbimortalidade à ele associada. Este Sistema baseia-se na manutenção de uma rede de unidades sentinela, composta por unidades de saúde/pronto atendimento, que semanalmente coleta material para diagnóstico laboratorial e informa a proporção de casos de síndrome gripal atendidos em sua demanda. Para o diagnóstico laboratorial da influenza humana são realizados testes específicos em amostras de coletadas da secreção nasofaríngea, através da técnica de aspirado nasofaríngeo e/ou de swab combinado. Atualmente, o Sistema de Vigilância da Influenza está implantado em 46 unidades sentinelas, a maioria localizada nas capitais de 21 estados das cinco regiões brasileiras, com previsão de implantação em todos os estados brasileiros até o ano 2006.

OBS: Independente da participação nesta rede sentinela, toda suspeita da ocorrência de surto de influenza deve ser notificada a secretaria municipal ou estadual de saúde, ou mesmo ao ministério da saúde, em consonância com as normas atuais sobre a notificação de doenças transmissíveis no país.

Destaca-se também a articulação do Ministério da Saúde com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, buscando uma maior integração das vigilâncias da influenza humana e animal.

21. O que seria uma pandemia de influenza?

O termo pandemia significa uma epidemia em grandes proporções (tanto em número de pessoas envolvidas, quanto em área geográfica) que atinge diversos paises geralmente de forma simultânea, decorrente da existência de um grande número de pessoas susceptíveis à infecção por um novo vírus da doença.
Pandemias de influenza ou gripe já causaram graves danos durante toda história. No último século ocorreram pelo menos três grandes pandemias quem em poucas semanas causaram grande impacto na morbidade e mortalidade, afetando principalmente crianças e adultos jovens e provocando situações de ruptura social.

22. Quando ocorrerá uma nova pandemia de influenza?

O intervalo entre as três principais pandemias de influenza que ocorreram no século passado foi de 39 anos entre as chamadas Gripe Espanhola e a Gripe Asiática e de 11 anos entre esta e a Gripe de Hong Kong. Não é possível prever exatamente quando uma nova pandemia ocorrerá, mas é possível, por meio do monitoramento dos vírus influenza e da situação epidemiológica nacional e internacional, identificar indícios de que este fenômeno possa estar mais próximo de acontecer. Para a eclosão de uma pandemia é necessário, basicamente, o surgimento de uma nova cepa (tipo) do vírus influenza com capacidade para provocar doença no homem e que esta cepa tenha facilidade de ser transmitida por contágio inter-humano direto (ou seja, de pessoa-a-pessoa).

23. O Brasil poderia ser afetado por uma nova pandemia de influenza?

No cenário epidemiológico mundial atual, o vírus da influenza aviária H5N1 representa a ameaça de uma nova pandemia, uma vez que está circulando entre aves em 13 países e em quatro deles tem provocado – de forma esporádica – casos entre seres humanos. Há um risco que este vírus H5N1 possa sofrer uma mutação (ou seja, alterações das suas características genéticas atuais) e adquirir condições de ser transmitido diretamente entre os seres humanos, iniciando-se assim uma nova pandemia. Não é possível prever exatamente se e quando isto vai ocorrer, mas é possível que ocorra. Neste caso, todos os países serão afetados, em maior ou menor intensidade, dependendo do tipo de mutação que ocorra no vírus e da capacidade de resposta rápida das autoridades de saúde pública a nível mundial.

24. O que o Ministério da Saúde está fazendo para se preparar caso ocorra uma pandemia de influenza?

O Ministério da Saúde elaborou um Plano de Contingência para a próxima pandemia de influenza. Este Plano prevê ações nas áreas da vigilância epidemiológica da influenza humana e animal, organização da assistência, aquisição de um estoque estratégico de antivirais, investimentos para a produção nacional de uma vacina específica, informação e comunicação, defesa civil, ações em portos, aeroportos e fronteiras, dentre outros, e deve integrar um plano global do governo federal para o enfrentamento de uma situação emergencial como esta, caso ela venha a ocorrer.

Para a construção deste Plano tomou-se como referência as orientações da Organização Mundial de Saúde, as discussões acumuladas até o momento no âmbito do Comitê, a bibliografia disponível sobre a situação mundial da influenza e a consulta a planos de contingência de outros paises.

25. Por que a preocupação com uma pandemia de influenza nesse momento?

Porque há evidências que este vírus da influenza aviária H5N1 estabeleceu boas condições de sobrevivência entre aves aquáticas no sudeste asiático, propiciando que a transmissão ave/homem continue a ocorrer, mesmo que de forma geograficamente circunscrita ao sudeste asiático. No entanto, tem havido mais recentemente a expansão geográfica de focos de influenza aviária para países de outros continentes, o que aumenta o risco de exposição dos seres humanos à aves infectadas. Quanto mais casos de influenza aviária H5N1 em humanos, maior a chance de ocorrer uma mutação no vírus que permita sua transmissão ampliada na população mundial. Até o momento a transmissão inter-humana desta cepa ainda não está confirmada.

26. As vacinas disponíveis atualmente são úteis para prevenir uma pandemia de influenza?

Não. Só será possível produzir uma vacina contra uma pandemia de influenza quando efetivamente surgir uma nova cepa do vírus que tenha capacidade de transmissão pessoa a pessoa. No entanto, o Ministério da Saúde vem aumentando os investimentos no Instituto Butantã/SP – que já vinha sendo preparado para a produção nacional de vacinas contra as cepas epidêmicas anuais de influenza – para que também seja possível a produção emergencial de vacinas contra uma cepa pandêmica. Os ensaios de produção desta nova vacina começarão a ser feitos já em 2006, utilizando-se como modelo a atual cepa H5N1.

27. Onde obter mais informações?

Para outras informações, acessar os sites a seguir:

Ministério da Saúde
www.saude.gov.br

Secretaria de Vigilância em Saúde
www.saude.gov.br/svs

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
www.agricultura.gov.br

Agência Nacional de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br

Organização Mundial de Saúde:
www.who.int

Organização Mundial de Saúde Animal
www.oie.int

Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
www.fao.org

28. Precisa falar conosco?

Pode enviar sua mensagem para o e-mail: gripe@saude.gov.br

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Influenza Aviária: perguntas e respostas

1. O que é influenza aviária?

A influenza aviária é resultado da infecção das aves por vírus da influenza cujas cepas são classificadas como de baixa ou de alta patogenicidade, de acordo com a capacidade de provocarem doença leve ou grave nesses animais. A cepa que está circulando de forma epidêmica atualmente entre as aves domésticas da Ásia e Europa é altamente contagiosa e grave, provocando a dizimação de milhares desses animais. A exposição direta a aves infectadas ou a suas fezes (ou à terra contaminada com fezes) pode resultar na infecção humana.

2. Como ocorre a transmissão da influenza aviária?

As aves migratórias (especialmente as aquáticas) disseminam os vírus da influenza aviária de baixa e de alta patogenicidade entre as criações de aves domésticas. A transmissão entre essas aves ocorre pelo contato direto com secreções de outras aves infectadas, especialmente com as fezes. A disseminação dos vírus da influenza aviária entre as criações desses animais ocorre com a contaminação da água, ração e equipamentos utilizados nos criadouros (incluindo caminhões e tratores). Ovos contaminados são outra fonte de infecção entre as aves, principalmente nos incubatórios, uma vez que o vírus pode ficar presente de 3 a 4 dias na casca dos ovos postos por aves contaminadas. Outra forma de introdução de vírus de influenza aviária é através da importação de material genético e do comércio de aves e seus produtos entre os países.

Excepcionalmente o homem pode se infectar com o vírus da influenza aviária, através da exposição à aves infectadas ou através da manipulação de aves mortas. Não foi evidenciada a transmissão para humanos pela ingestão de ovos ou pelo consumo de carne congelada ou cozida das aves.

Observação:
– o vírus da influenza é sensível ao calor (56ºC por 3 horas ou 60ºC por 30 minutos) e desinfetantes comuns, como formalina e compostos iodados;
– o vírus da influenza pode sobreviver, em temperaturas baixas, em esterco contaminado por pelo menos três meses;
– na água, o vírus pode sobreviver por até 4 dias a temperatura de 22ºC e mais de 30 dias a 0ºC;
– para as formas do vírus influenza de alta patogenicidade (variantes H5 e H7), estudos demonstraram que um único grama de esterco contaminado pode conter uma quantidade de vírus suficiente para infectar milhões de aves.

3. Quais os sintomas da doença em aves?

Assim como a gripe humana, causada pelos vírus de influenza humano, os vírus de influenza aviária causam nas aves sintomas respiratórios (como tosse e espirros), fraqueza e complicações como pneumonia. Há diferentes subtipos de vírus de influenza aviária, os quais determinam a gravidade da doença na ave. A doença causada pelos subtipos H5 e H7 (classificados como vírus de influenza aviária de alta patogenicidade) podem causar quadros graves da doença, com manifestações neurológicas (dificuldade de locomoção) e outras (edema da crista e barbela, nas juntas, nas pernas, bem como hemorragia nos músculos), resultando na alta mortalidade das aves. Em alguns casos, as aves morrem repentinamente, antes de apresentarem sinais da doença. Nesses casos, a letalidade pode chegar a 50 a 80% das aves de um determinado local. Nas galinhas de postura observa-se ainda a diminuição na produção de ovos, bem como alterações na casca dos mesmos, deixando-as mais finas.

4. Em quanto tempo aparecem os sintomas nas aves?

O tempo de aparecimento dos sintomas após a infecção pelo vírus da influenza depende do subtipo do vírus. Em geral os sintomas aparecem 3 dias após a infecção pelo vírus da influenza, podendo ocorrer a morte da ave nesse período. Em alguns casos esse tempo é menor que 24 horas e em outros pode chegar até 14 dias.

5. Após a infecção, por quanto tempo a ave alberga o vírus?

Após a infecção, as galinhas infectadas podem eliminar o vírus nas fezes por cerca de 10 dias. As aves silvestres podem eliminar os vírus da influenza por cerca de 30 dias. Depois desse período, as aves que não morreram pela infecção podem desenvolver imunidade contra a doença. As aves não permanecem portadoras do vírus por toda a vida.

6. A influenza aviária ocorre no Brasil?

A doença é exótica no Brasil, ou seja, não há evidências de circulação de influenza aviária de alta patogenicidade (FLU A/H5 e H7) nos granjas de aves comerciais brasileiras. No Brasil não foi identificado, até o momento, a doença pelo vírus influenza A/H5N1, responsável pelos surtos na Ásia e alguns países da Europa.

7. Os casos de influenza aviária são perigosos para humanos?

Sim. Os surtos de doença causados pelos vírus FLU A/H5N1 (de alta patogenicidade) representam risco potencial para a saúde humana, em particular para os trabalhadores de granjas e de abatedouros dessas aves, pelo nível maior de exposição. Outros subtipos do vírus de influenza aviária, tais como FLU A /H5N2, H7 e H9 já foram diagnosticados em humanos, mas não causaram doença grave nem óbitos em pessoas infectadas. Por isso é importante o diagnóstico de influenza, com identificação viral e caracterização antigênica, tanto nas infecções em aves quanto no homem, a fim de estudar os vírus circulantes, conhecer melhor os riscos para as pessoas e para as aves e pesquisar a viabilidade de desenvolvimento de vacinas em humanos.

8. Como o vírus de influenza aviária infectou pessoas?

Até recentemente, sabia-se que os tipos de vírus de influenza humana circulavam apenas entre humanos e suínos – de suíno para humano e de humano para os suínos. Os vírus da influenza aviária, normalmente, infectam suínos e estes infectam humanos. No entanto, em 1997 detectou-se pela primeira vez a transmissão direta da ave para o homem da cepa A/H5N1, que provocou 18 casos e seis óbitos. Este fenômeno voltou a ocorrer no sudeste asiático em dezembro de 2003, quando iniciou a mais recente epidemia de influenza aviária com transmissão direta das aves para humanos (até o momento ocorreram mais de 100 casos em quatro países daquela região, com elevada letalidade). Uma das hipóteses levantadas para essa mudança no comportamento do vírus é o contato freqüente e próximo entre diferentes espécies de aves com humanos.

9. Quais são as medidas de controle para aves?

As medidas de controle mais importantes são: a rápida destruição (através do extermínio) de todas as aves infectadas ou expostas, o descarte adequado das carcaças, quarentena e desinfecção rigorosa das granjas. Além de restrições ao transporte de aves domésticas vivas, tanto no próprio país como entre países.

10. Que medidas podem ser tomadas para evitar o risco ou a transmissão para humanos da influenza aviária?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda aos países afetados pela influenza humana e aviária devido ao vírus da influenza aviária FLU A/H5N1, as seguintes medidas:

1. Utilização de equipamento adequado para proteção pessoal dos abatedores e transportadores de aves:
– roupas de proteção, de preferência macacões e aventais impermeáveis ou roupas cirúrgicas com mangas longas e aventais impermeáveis;
– luvas de borracha, que possam ser desinfetadas;
– máscaras N95 de preferência ou máscaras cirúrgicas ;
– óculos de proteção;
– botas de borracha ou de poliuretano que possam ser desinfetadas ou proteção descartável para os pés.

2. Lavagem freqüente das mãos com água e sabão. Os abatedores e transportadores devem desinfetar suas mãos depois de cada operação.

3. A limpeza do ambiente deve ser realizada nas áreas de abate, usando equipamento de proteção individual (EPI) descritos anteriormente.

4. Todas as pessoas expostas a aves infectadas ou a fazendas sob suspeita devem ser monitoradas pelas autoridades sanitárias locais.
– Recomenda-se o uso de antivirais para o tratamento de suspeitas de infecções respiratórias causadas pelo vírus FLU A/H5N1 em abatedores e trabalhadores rurais envolvidos no sacrifício das aves infectadas. O uso dessas drogas depende da avaliação e indicação médicas
– Recomenda-se o uso da vacina contra a influenza atualmente indicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) visando evitar a infecção simultânea de influenza humana e influenza aviária, minimizando a possibilidade de uma recombinação dos genes do vírus.
– Deve ser feito o monitoramento sanitário de trabalhadores envolvidas no abate de aves e dos membros de suas famílias. É importante que comuniquem imediatamente ao serviço de saúde o aparecimento de sintomas tais como dificuldade de respirar, conjuntivite, febre, dor no corpo ou outros sintomas de gripe. Pessoas com alto risco de complicações graves de influenza (imunodeprimidos, com 60 anos e mais de idade, com doenças crônicas de coração ou pulmões) devem evitar trabalhar com aves infectadas.

5. Devem ser coletados, para investigação do vírus da influenza, os seguintes espécimes clínicos de animais (inclusive suínos): sangue e post mortem (conteúdo intestinal, swab anal e oro-nasal, traquéia, pulmão, intestino, baço, rins, fígado e coração).

11. Como os surtos de influenza aviária se disseminam?

– A doença pode se espalhar facilmente de uma granja para outra. Um grande número de vírus é eliminado nas fezes das aves, contaminando a terra e o esterco. Os vírus respiratórios, quando inalados, podem propagar-se de ave para ave, causando infecção.
– Os equipamentos contaminados, veículos, forragem (pasto, alimento), viveiros ou roupas -principalmente sapatos – podem carrear o vírus de uma fazenda para outra.
– O vírus também pode ser carreado nos pés e corpos de animais, como roedores, que atuam como “vetores mecânicos” para propagar a doença. As fezes de aves selvagens infectadas podem introduzir o vírus nas aves comerciais e domésticas (de quintais).
– O risco de que a infecção seja transmitida de aves selvagens para aves domésticas é maior quando as aves domésticas estão livres, compartilham o reservatório de água com as aves selvagens ou usam um reservatório de água que pode tornar-se contaminado por excretas de aves selvagens infectadas;
– Outra fonte de disseminação são as aves vivas, quando comercializadas em aglomerados sob condições insalubres.

12. Como a influenza aviária se propaga de um país para outro?

A doença pode propagar-se de um país para outro das seguintes formas:
– Por meio do comércio internacional de aves domésticas vivas ou seus produtos contaminados;
– Também o vírus pode ser propagado por aves migratórias que podem carrear o vírus por longas distâncias. Aves aquáticas migratórias – principalmente patos selvagens – são o reservatório natural dos vírus da influenza aviária e são mais resistentes à infecção. Eles podem carrear o vírus por grandes distâncias e eliminá-los nas fezes, ainda que desenvolvam apenas doença leve e auto-limitada. No entanto, os patos domésticos são suscetíveis a infecções letais, bem como os perus, os gansos e diversas outras espécies criadas em granjas comerciais ou quintais.

13. Qual é a situação atual da influenza aviária?

Desde meados de dezembro de 2003 alguns países asiáticos notificaram surtos de influenza aviária de alta patogenicidade em galinhas e patos, a saber: Cambodja, China, Coréia do Sul, Indonésia, Japão, Laos, Paquistão, Taiwan, Tailândia, Vietnã, e mais recentemente na Rússia, Kazakistão e Turquia. Infecções em outras espécies (aves selvagens e suínos) também foram notificadas. A rápida propagação da influenza aviária de alta patogenicidade, com ocorrência de surtos em vários países ao mesmo tempo, é historicamente inédita e de grande preocupação para a saúde humana e animal. Especialmente alarmante, em termos de riscos para a saúde humana, é a detecção da cepa de alta patogenicidade conhecida como FLU A/H5N1, como a causa da maioria desses surtos.

14. Neste momento há evidência de transmissão pessoa-a-pessoa da influenza aviária?

Há apenas uma fraca evidência de que isto tenha ocorrido na Ásia uma única vez durante a atual epidemia de gripe aviária. Isto significa que o vírus H5N1 ainda não adquiriu condições biológicas de se propagar diretamente entre a população de seres humanos.

15. As infecções humanas com a cepa aviária H5N1 são freqüentes?

Não. A primeira infecção humana documentada com a cepa aviária FLU A/H5N1 ocorreu em Hong Kong em 1997. Nesse primeiro surto, 18 pessoas foram hospitalizadas e 6 delas morreram. A transmissão deu-se a partir de aves comercializadas vivas em mercados (17 casos) e a partir de aves de granja (1 caso). Em fevereiro de 2003, registrou-se em Hong Kong casos de influenza aviária por (FLU A/H5N1) em duas pessoas de uma mesma família (pai e filho), com história de viagem ao sul da China, onde ocorreu a infecção. O pai evoluiu para óbito. Um terceiro membro da família (irmã do menino) foi a óbito, na China, por doença respiratória grave e nenhuma amostra estava disponível para determinar a causa de sua morte. Atualmente, 20/10/2005, contamos com 115 casos humanos de influenza aviária H5N1 com uma taxa de letalidade em torno de 52%.

16. Os surtos atuais de influenza aviária são perigosos para o homem?

Sim. Todos os surtos de influenza aviária – mesmo quando causados por uma cepa de baixa patogenicidade – são de extrema importância. Pesquisa tem mostrado que certas cepas do vírus da influenza aviária, inicialmente de baixa patogenicidade, podem produzir mutações (dentro de 6 a 9 meses) para uma cepa de alta patogenicidade, se houver a circulação em populações de aves domésticas.

17. É possível prevenir uma pandemia de influenza aviária?

Sim. Algumas ações podem ser feitas para impedir a disseminação de epidemias de influenza entre os países, a partir da identificação de uma nova cepa circulante: a principal linha de defesa é reduzir as oportunidades para a exposição humana ao maior reservatório do vírus FLU A/H5N1 – aves domésticas infectadas. Isso é possível pela rápida detecção de surtos em aves domésticas e a introdução emergencial de medidas de controle, incluindo a destruição de todas as aves infectadas ou expostas e o descarte adequado das carcaças. A Organização Mundial de Saúde (OMS) enfatiza a necessidade da ação rápida para a contenção desses focos. A vigilância e controle da influenza animal no Brasil é de responsabilidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Outra medida é a vacinação, nos países com surtos de influenza aviária de alta patogenicidade (FLU A/H5N1), dos trabalhadores da avicultura com as vacinas atualmente disponíveis contra a influenza humana, para redução da chance de co-circulação de cepas humanas e animais. Muitos especialistas em influenza consideram que o desencadeamento rápido das ações de controle previna uma pandemia de influenza em humanos.

Chama-se a atenção ainda para a importância do esclarecimento dos comerciantes e à fiscalização da comercialização de aves vivas ou recém abatidas nos mercados locais, como forma de evitar a disseminação e a co-circulação de cepas dos vírus influenza.

18. As medidas de controle da influenza aviária estão sendo aplicadas?

Sim. A Organização Mundial de Saúde (OMS) está ciente de que os governos de diversos países com surtos em aves domésticas não têm recursos necessários para introduzir medidas de proteção recomendadas aos trabalhadores envolvidos na destruição e descarte das aves infectadas. Em alguns desses países, a prática de criar aves domésticas em quintal compromete a eliminação rápida e sistemática dos reservatórios animais. A OMS, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) publicaram, em conjunto, um apelo à comunidade internacional para disponibilizar rapidamente recursos adequados e outras formas de apoio disponíveis no interesse de proteger a saúde pública internacional.

No caso do Brasil, o MAPA têm adotado várias medidas para evitar a entrada da doença no Brasil, tais como: a restrição do ingresso de material genético avícola aos aeroportos de Cumbica (São Paulo) e Viracopos (Campinas) e nos postos de fronteira com os países do Mercosul; a implantação de detectores de matéria orgânica para controlar bagagens e passageiros; o credenciamento de laboratórios para diagnósticos sorológicos; a implementação do cadastro nacional informatizado de granjas avícolas; e a elaboração de normas técnicas para registro e produção de aves de corte e postura. Além disso o MAPA também está elaborando o seu plano de contingência para a gripe do frango no Brasil.

19. Além do vírus FLU A/H5N1, outros vírus de influenza aviária já infectaram humanos?

Sim. Duas outras cepas aviárias causaram doença em humanos, mas os surtos não foram tão graves como os causados pela FLU A/H5N1.
A FLU A/H9N2 (de baixa patogenicidade em aves) causou doença leve em crianças de Hong Kong: duas em 1999 e uma em dezembro de 2003.
A FLU A/H7N7 (de alta patogenicidade em aves) foi responsável por um surto de influenza aviária, na Holanda em fevereiro de 2003, causando a morte de um veterinário e doença leve em 83 trabalhadores de granjas e em membros de suas famílias.

20. Existe vacina para humanos contra FLU A/H5N1?

Ainda não. As vacinas disponíveis atualmente não protegem contra a doença causada pelo FLU A/H5N1 em humanos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) está trabalhando em conjunto com a Rede de Vigilância Global da Influenza para desenvolver um protótipo de uma vacina contra a cepa do FLU A/H5N1, como preparação para a produção ampliada de vacina para humanos, caso esta cepa origine uma nova pandemia.

21. Onde obter mais informações?

Para outras informações, acessar os sites a seguir:

Ministério da Saúde
www.saude.gov.br

Secretaria de Vigilância em Saúde
www.saude.gov.br/svs

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
www.agricultura.gov.br

Agência Nacional de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br

Organização Mundial de Saúde:
www.who.int

Organização Mundial de Saúde Animal
www.oie.int

Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
www.fao.org

22. Precisa falar conosco?

Pode enviar sua mensagem para o e-mail: gripe@saude.gov.br

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Influenza A (H1N1): Perguntas e Respostas

1. Há casos de Influenza A (H1N1) no Brasil?

Não. Até o momento, não há evidências da circulação do vírus da influenza A (H1N1) em humanos no Brasil.

2. Que medidas o governo brasileiro adotou frente ao aparecimento de casos de influenza A (H1N1)?

Na mesma data em que foi declarada Emergência de Saúde Pública pela Organização Mundial de Saúde, dia 25 de abril, o governo brasileiro acionou o Gabinete Permanente de Emergência de Saúde Pública para orientar ações de monitoramento da situação. O grupo é coordenado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e integrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e pelos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Relações Exteriores e Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

Todas as Secretarias Estaduais de Saúde foram acionadas para intensificar o processo de monitoramento e detecção oportuna de casos suspeitos de doenças respiratórias agudas. O Ministério da Saúde ressalta que o País conta, desde 2005, com um Plano de Preparação para Enfrentamento de Pandemia de Influenza articulado com as secretarias estaduais e municipais de saúde.

3. Houve alguma medida com relação aos voos internacionais?

Sim.

Dentro da aeronave em voo: Todas as providências estão sendo adotadas para que as tripulações das aeronaves orientem os passageiros, ainda durante o voo, sobre sinais e sintomas da influenza A (H1N1). Adicionalmente, a tripulação solicitará que passageiros com esses sintomas se identifiquem à tripulação. Esses passageiros identificados serão encaminhados para os postos da Anvisa ainda no aeroporto.

Ao desembarcar, todos os viajantes procedentes das áreas afetadas, recebem folder educativo com informações, em português, inglês e espanhol, sobre os sinais e sintomas, medidas de proteção e higiene e orientações para procurar assistência médica. Complementarmente, a Infraero veicula, nesses aeroportos, informe sonoro.

Todos os passageiros vindos de países com ocorrência de casos de influenza A (H1N1) tem sua Declaração de Bagagem Acompanhada (DBA), documento obrigatório preenchido em viagens internacionais, retidas pela ANVISA, desde 24 de abril. A DBA atua como fonte de informações para eventual busca de contatos se for detectado caso suspeito na mesma aeronave.

Se o passageiro procedente de áreas afetadas sentir os sintomas em casa ele deve procurar a unidade de saúde mais próxima e informar o seu roteiro de viagem ao profissional de saúde.

Além disso, foram adotadas as seguintes medidas:
• Folders trilíngues (português, inglês e espanhol) estão sendo distribuídos para os aeroportos do país, com informações sobre a gripe;

• A Infraero está veiculando nos aeroportos avisos sonoros sobre os sintomas da doença e os procedimentos a serem adotados pelos passageiros que chegam e se destinam às áreas afetadas;

• A partir de 29 de abril, os principais aeroportos do país passam a reproduzir informações sobre a gripe A (H1N1) em seu sistema de televisão;

• O Ministério da Saúde está contratando os pontos de mídia indoor nos aeroportos disponíveis para a replicação de informações aos viajantes;

4. Como é transmitida a influenza A (H1N1) humana?

Este novo subtipo do vírus da influenza A(H1N1) é transmitido de pessoa a
pessoa principalmente por meio da tosse ou espirro e secreções respiratórias de pessoas infectadas. Os sintomas podem iniciar no período de 3 a 7 dias após contato com esse novo subtipo do virus e a transmissão ocorre principalmente em locais fechados.

5. Há uma vacina que possa proteger a população humana contra essa doença?

Não. Não existe vacina contra esse novo subtipo de vírus de influenza A (H1N1).

6. Há tratamento para Influenza A (H1N1) no Brasil?

Sim. Há um medicamento antiviral indicado pela OMS e disponível no Ministério da Saúde que será usado se necessário. O Ministério da Saúde recomenda não ser indicado tomar qualquer medicamento sem orientação médica.

7. O Brasil tem estoque de medicamento para tratamento de pacientes?

Sim. O Ministério da Saúde conta com estoque estratégico suficiente para tratamento de casos de influenza A (H1N1).

8. É seguro comer carne de porco e produtos derivados?

Sim. A Organização Mundial de Saúde Animal e o Ministério da Agricultura não relataram casos de transmissão da influenza A (H1N1) para pessoas por meio da ingestão de carne de porco.

9. Quais os sintomas que definem um caso suspeito de influenza A (H1N1)?

• Apresentar febre alta de maneira repentina (maior que 38ºC) e tosse podendo estar acompanhadas de algum dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dificuldade respiratória; E
• Ter apresentado sintomas até 10 dias após sair de área afetada pela influenza
A (H1N1); ou
• Ter tido contato próximo nos últimos dez dias com pessoa classificada como caso suspeito de infecção humana pelo novo subtipo de influenza A (H1N1).

Observação: São áreas afetadas os locais com casos confirmados e divulgados pela OMS ou governos dos países afetados. Contato próximo: indivíduo que cuida, convive ou teve contato direto com secreções respiratórias ou fluidos corporais de um caso confirmado.

NÃO EXISTE A PERGUNTA 10.

11. O que o viajante de voos internacionais deve fazer se apresentar os sintomas?

Dentro do voo: se apresentar algum sintoma durante o voo, deve comunicar à tripulação para que o comandante da aeronave informe as autoridades de saúde em solo. Nesses casos, o passageiro com sintoma será recebido, no aeroporto de desembarque, por funcionários da ANVISA e será encaminhado para Hospitais de Referência do respectivo estado, indicados pela Secretaria Estadual de Saúde.

Após chegar ao Brasil: se o passageiro apresentar algum sintoma depois de chegar ao país, quando estiver em casa, não devem tomar medicamentos por conta própria e devem procurar a unidade de saúde mais próxima e informar o roteiro de viagem ao profissional de saúde.

12. Quais recomendações do Ministério da Saúde para os viajantes internacionais?

a) Aos viajantes que se destinam às áreas afetadas:

• Usar máscaras cirúrgicas descartáveis, durante toda a permanência nas áreas
afetadas. Substituir sempre que necessário.
• Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente
descartável.
• Evitar locais com aglomeração de pessoas.
• Evitar o contato direto com pessoas doentes.
• Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
• Evitar tocar olhos, nariz ou boca.
• Lavar as mãos freqüentemente com sabão e água, especialmente depois de tossir
ou espirrar.
• Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato
com doentes e roteiro de viagens recentes a esses países.
• Não usar medicamentos sem orientação médica.

Atenção! Todos os viajantes devem ficar atentos também às medidas preventivas
recomendadas pelas autoridades nacionais das áreas afetadas.

b) Aos viajantes que estão voltando de áreas afetadas:

Viajantes procedentes das áreas afetadas pela influenza A (H1N1) que apresentarem, até 10 dias após sair dessas áreas, febre alta de maneira repentina (> 38ºC) e tosse podendo estar acompanhadas de algum dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dificuldade respiratória, devem:
• Procurar assistência médica na unidade de saúde mais próxima.
• Informar ao profissional de saúde o seu roteiro de viagem.

NÃO EXISTE A PERGUNTA 13.

14. Qual o agente causador da influenza humana?

São conhecidos 3 tipos de vírus da influenza: A, B e C. Esses vírus são altamente transmissíveis e podem sofrer mutações (transformações em sua estrutura genética).

15. Como o vírus da influenza se manifesta na natureza?

Os vírus existem naturalmente em diversas espécies animais, como aves (especialmente as aquáticas, como os patos), mamíferos e herbívoros. Em geral, os vírus são específicos de cada espécie animal e só raramente se observa transmissão cruzada entre espécies diferentes, como da ave para o homem, por exemplo. No entanto, o porco pode se infectar tanto com vírus humanos como com vírus de aves.

16. O que a população pode fazer para evitar a influenza?

Alguns dos exemplos de cuidados para a prevenção e controle de doenças de transmissão respiratória são:
– higiene das mãos com água e sabão (depois de tossir ou espirrar; depois de usar o banheiro, antes de comer, antes de tocar os olhos, boca e nariz);
– evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies;
– usar lenço de papel descartável;
– proteger com lenços a boca e nariz ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis;
– orientar para que o doente evite sair de casa enquanto estiver em período de transmissão da doença (até 5 cinco dias após o início dos sintomas);
– evitar aglomerações e ambientes fechados (deve-se manter os ambientes ventilados);
– é importante que o ambiente doméstico seja arejado e receba a luz solar, pois estas medidas ajudam a eliminar os possíveis agentes das infecções respiratórias;
– restrição do ambiente de trabalho para evitar disseminação;
– hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e atividade física.

17. Quais foram as ações de comunicação adotadas pelo Ministério da Saúde?

A comunicação com a população tem sido uma das prioridades do Ministério da Saúde para disseminação de informações sobre a ocorrência de casos em humanos de gripe causada pelo vírus A (H1N1) e orientação aos viajantes. O objetivo é que haja o correto esclarecimento sobre a situação da doença no país, que seja evitada a automedicação e que todos estejam seguros sobre os procedimentos adotados pelas autoridades sanitárias brasileiras.

A gripe por influenza A (H1N1) no Brasil está sendo monitorada pelo Gabinete Permanente de Emergências do Ministério da Saúde e a situação da doença é acompanhada 24 horas por dia pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS). A partir deste trabalho, diariamente está sendo disponibilizada uma nota oficial sobre a situação da doença no país.

Além dessas iniciativas, o Ministério da Saúde desenvolveu as seguintes ações:
• A população tem acesso pelo Disque Saúde (0800 61 1997) a esclarecimentos sobre a gripe por influenza A (H1N1). Os profissionais da central telefônica receberam treinamento específico sobre o tema;
• Na televisão, estão sendo veiculadas 53 inserções de letering (comunicado em que uma voz narra um texto) em 8 emissoras de televisão, até o dia 30 de abril;
• Para as rádios, são cerca de 2.700 inserções de comunicado nas duas principais rádios de cada capital e duas redes nacionais (uma média de 50 em cada uma das 56 emissoras);
• Os dois jornais de maior circulação em cada estado publicarão 3 comunicados sobre o assunto (162 inserções, na soma total);
• O Ministério da Saúde disponibilizou um hotsite sobre a doença, com link no portal www.saude.gov.br;
• Foram confeccionados 300 mil folders trilíngues (português, inglês e espanhol), que estão sendo distribuídos para 46 aeroportos de maior movimento no país, com informações para os viajantes;
• A Infraero está veiculando avisos sonoros sobre os sintomas da doença e os procedimentos a serem adotados pelos passageiros em 67 aeroportos do país.
• Todas as providências estão sendo adotadas para que as tripulações das aeronaves de voos internacionais orientem os passageiros, ainda durante o voo, sobre sinais e sintomas da influenza a (H1N1).
• A partir do dia 29 de abril, os principais aeroportos do país passam a reproduzir informações sobre a gripe por influenza A (H1N1) em seu sistema de televisão;
• O Ministério da Saúde está contratando os pontos de mídia indoor nos aeroportos disponíveis para a replicação de informações aos viajantes;
• Está sendo patrocinado um link no site de pesquisa Google. Ou seja, quem buscar informações sobre o tema terá como uma das primeiras opções de respostas a página do Ministério da Saúde.

Mais informações:
WWW.saude.gov.br
No site da Organização Mundial da Saúde (em inglês) – http://www.who.int/csr/disease/swineflu/en/index.html
No site da Organização Pan-americana de Saúde (em espanhol)
http://new.paho.org/hq/index.php?lang=es

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.saude.gov.br.

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