Objetivo é formar educadores populares, agentes de desenvolvimento, gestores públicos, conselheiros de políticas públicas de geração de trabalho e renda e formadores para atuar em Economia Solidária
Brasília, 14/05/2009 – Foi inaugurado nesta quarta-feira o Centro Nacional de Formação em Economia Solidária (CFES Nacional), com o objetivo de formar educadores populares, agentes de desenvolvimento, gestores públicos, conselheiros de políticas públicas de geração de trabalho e renda e formadores que atuam com economia solidária.
Durante a mesa de abertura, o Secretário Nacional de Economia Solidária Substituto, Fábio Sanchez, afirmou que “o lançamento desse CFES representa a consolidação da construção de políticas públicas na área da formação”. Esse lançamento representa também uma consolidação da primeira prioridade extraída da Conferência Nacional de Economia Solidária: a criação de uma rede de formadores.
Nos próximos três anos os centros têm como meta formar aproximadamente vinte mil gestores por meio de cursos que serão realizadas em âmbito nacional, regional, estadual e municipal. Os CFES terão também a função de identificar, sistematizar e disseminar metodologias de formação apropriadas à Economia Solidária.
Após abertura, foi proferida aula inaugural pelo Professor Moacir Gadoti, que teve como tema “A Economia Solidária como práxis pedagógica”. O Professor Moacir Gadotti fez um paralelo entre a inauguração do CFES e a atual crise vivida em todo mundo. “Estamos vivendo um momento histórico com a inauguração desse Centro, assim como estamos enfrentando um momento histórico diante dessa crise. Isso porque a economia solidária representa a alternativa a essa crise globalizada”.
Participaram ainda da mesa de abertura a representante da Secretaria Geral da Presidência da República, Quenes Gonzaga; a representante do Fórum Brasileiro de Economia Solidária, Márcia de Lima; o representante do Instituto Marista de Solidariedade, Vicente Falqueto; e a representante da Cáritas Brasileira, Cristina dos Anjos.
O CFES Nacional é executado pela Cáritas Brasileira, entidade selecionada na chamada pública realizada em 2007. O projeto CFES é composto ainda por cinco Centros de Formação, um para cada região do país. Quatro já foram conveniados com a Universidade Federal do Pará (UFPA) que vai operar na região Norte; Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), para atuar na região Nordeste; União Brasileira de Educação e Ensino / Instituto Marista de Solidariedade (IMS) que vai desenvolver atividades na região Sudeste; e Escola Centro-Oeste de Formação Sindical (ECO/CUT) que vai operar na região Centro-Oeste.
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MTE lança no Sul núcleo de Assistência para Empreendimentos Econômicos Solidários
Será investido no Rio Grande do Sul cerca de R$ 715 mil e 120 empreendimentos econômicos solidários serão atendidos. Até 2010, a Secretaria Nacional de Economia Solidária pretende implantar pelo menos mais oito núcleos
Brasília, 10/03/2009 – Os investimentos do Ministério do Trabalho e Emprego em benefício do trabalhador são constantes e, desta vez, o secretário Nacional de Economia Solidária, Paul Singer, irá a Porto Alegre lançar o Núcleo Estadual de Assistência Técnica (Neates) para Empreendimentos Econômicos Solidários do Rio Grande do Sul. A cerimônia será esta quarta-feira (11), às 15h30, no auditório da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no estado. Em dois anos, a pasta do Trabalho vai investir cerca de R$ 715 mil no Rio Grande do Sul e 120 empreendimentos econômicos solidários devem ser atendidos no período.
Por meio de edital público, foi selecionada a Organização Não-Governamental Guayí para implementar o Neates no estado. Com oito anos de experiência em Economia Solidária, a ONG executará o projeto com a colaboração da Superintendência local: “Acreditamos nesta iniciativa e a apoiaremos, pois é um segmento econômico prioritário do Ministério do Trabalho e Emprego”, confirma o superintendente Heron de Oliveira.
Segundo o diretor de Fomento a Economia Solidária do MTE, Dione Manetti, esta política está sendo implantada com base no Mapeamento da Economia Solidária, realizado pelo Ministério entre 2005 e 2007 e que mostrou que, para sua consolidação e crescimento, os empreendimentos econômicos solidários necessitam de muita formação e assessoria técnica.
No Brasil existem 21.857 empreendimentos solidários já mapeados, que envolvem 1,751 milhão de trabalhadores associados. O Rio Grande do Sul é o estado que possui o maior número desse tipo de organização, são 2.085. Um exemplo é a Cooperativa dos Trabalhadores Metalúrgicos de Canoas na qual um grupo de trabalhadores se uniu e recuperou uma indústria falida.
Para promover a economia solidária e fazer com que o dinheiro circule no país como um todo, o Governo Federal está investindo mais de R$ 5 milhões nos Núcleos de Assistência Técnica. Inicialmente implantados nos estados de São Paulo, Rio Grande do Norte e, agora Rio Grande do Sul, até o final de 2010, a Secretária Nacional de Economia Solidária pretende implantar pelo menos mais outros oito Núcleos.
Alternativa à crise – Empreendimentos solidários se caracterizam pela autogestão, cooperação, solidariedade, respeito à natureza e valorização do ser humano. Neles, os trabalhadores de forma autônoma produzem e administram o próprio negócio coletivamente, impulsionando a economia brasileira. Para Paul Singer, a economia solidária é uma alternativa à crise financeira, pois o sistema de finança solidária não é especulativo. Por ser autogerido, os trabalhadores administram o próprio negócio, não havendo demissão, visto que todos são sócios. “Os empreendimentos de economia solidária são atingidos pela crise, mas eles repartem os lucros do que produzem entre todos”, explica o secretário.
Funcionamento – Os Empreendimentos de Economia Solidária interessados na obtenção de assistência técnica deverão encaminhar requisição, justificando a necessidade, ao Núcleo Estadual de Assistência Técnica ou ainda à Superintendência Regional de Trabalho solicitando o apoio.
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