Em reunião realizada ontem, em Brasília, o Fórum de Dirigentes de Entidades com Representantes Eleitos na Funcef firmou posição favorável à criação de Ouvidoria na fundação, ideia que vinha sendo amadurecida em debates travados nas instâncias do movimento dos empregados e aposentados da Caixa, ao longo dos últimos anos.
O fórum concluiu que a criação da Ouvidoria contribuirá para o processo de modernização da gestão e para a melhoria do relacionamento com os associados à Funcef. O objetivo é, entre outros, dinamizar e qualificar cada vez mais o serviço de recebimento de reclamações e de sugestões, em busca da satisfação dos participantes. “Sendo implantada, a Ouvidoria se somará aos avanços que conquistamos nos últimos anos, como a eleição de diretores e conselheiros pelos associados, a paridade na gestão e a criação dos comitês de assessoramento”, ressalta a conselheira eleita Fabiana Matheus, que também é vice-presidente da Fenae.
Ouvidoria: histórico
No Brasil, a existência de Ouvidorias remonta ao Império, mas, com o conceito que se tem hoje, a mais recente é a da cidade de Curitiba (PR), criada em 1988. Em 1992, surgiu a primeira em esfera federal, vinculada ao Ministério da Fazenda.
No setor financeiro, a resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN), de 2007, estabelece a criação de Ouvidoria, de forma segregada da auditoria interna, para tratar das reclamações dos clientes que não forem solucionadas pelo atendimento habitual. A da Caixa surgiu antes dessa resolução, em 2002, com a tarefa de “atuar como última instância de intermediação entre o consumidor e a empresa, na mediação de conflitos, analisando e solucionando junto às áreas da Caixa cada ocorrência que lhe é encaminhada”.
Entre as entidades fechadas de previdência complementar, a única que já instituiu Ouvidoria foi a Petros, fundo de pensão dos trabalhadores da Petrobrás.
O Fórum de Dirigentes de Entidades com Representantes Eleitos destacou três pessoas para o detalhamento da proposta de criação da Ouvidoria na Funcef, incluindo a definição do papel a ser atribuído a essa instância, a estrutura para funcionamento e as normas regimentais. Na próxima reunião, o documento deverá ser aprovado e encaminhado à Funcef.
REG/Replan
O fórum reforçou posicionamento em defesa da melhoria do REG/Replan não-saldado e dos direitos dos participantes. As entidades e os representantes eleitos passarão a dar ênfase ainda maior à exigência de mudança do método de custeio, para redução das contribuições, assim como à adoção de outras medidas que possam se traduzir em sustentabilidade para o plano de benefícios.
NOTÍCIA COLHIDA N O SÍTIO www.fenae.org.br.