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Por 14:45 Sem categoria

Bancos públicos mostram autoritarismo nas reuniões de negociações específicas

Enquanto o Banco do Brasil negou a rever sua posição sobre as travas para remoções, a CAIXA demonstra irresponsabilidade em relação ao PCC. No BB houve avanços na questão dos gerentes de módulos

As posturas adotadas pelas comissões de negociação do BB e da Caixa nas reuniões desta semana demonstraram que será necessária muita mobilização nos bancos públicos para que existam avanços nas especificidades de cada instituição financeira.

Na reunião com o BB na última segunda-feira, dia 24, além da prorrogação do acordo, o movimento sindical bancário conseguiu a não redução dos salários dos gerentes de módulo que não obtiveram as certificações exigidas. O banco concordou em ampliar o prazo para as certificações e se comprometeu a devolver os valores já descontados no próximo dia 20 de setembro. Por outro lado, as negociações sobre a trava para remoções ou concorrer a cargo comissionado não avançaram. Os trabalhadores querem a redução do prazo de dois para um ano. O banco se manteve irredutível.

A próxima reunião será dia 1º de setembro. Houve consenso entre os negociadores em organizar as negociações em três blocos, sendo que esta próxima rodada tratará dos temas referentes a saúde e condições de trabalho. Na avaliação do movimento sindical, um dos pontos positivos da negociação foi a participação dos gerentes de GEPES. A reunião foi realizada no Rio de Janeiro, para aproveitar um encontro destes profissionais que ocorria na cidade. Os representantes dos trabalhadores puderam demonstrar que a atuação sindical é feita também de proposições e não apenas de críticas pouco construtivas ou de atendimentos pontuais.

Caixa Econômica Federal – Já na Caixa, a rodada de negociação foi na quarta, dia 26. Para Antonio Fermino, secretaria de finanças do Sindicato e membro da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, a reunião demonstrou que a Caixa está criando dificuldades para a negociação. Fermino comenta que a não apresentação de uma proposta para o PCC, a tentativa frustrada da empresa de se esquivar da continuidade da comissão paritária que discute a promoção por mérito e sua postura em relação ao tíquete para os aposentados, são fatos que comprovam a sua avaliação. “A Caixa chegou impondo a ‘sua’ solução para a questão dos tíquetes dos aposentados. Ou seja, apenas comunicou, não houve negociação sobre este tema”, lamenta Fermino.

A Caixa informou às representações dos empregados sua decisão de oferecer aos aposentados a opção de receberem indenização pelo fim do direito ao auxílio-alimentação. A indenização anunciada pela Caixa não contempla a cláusula 35ª do Acordo Coletivo 2008/2009. A CEE, que conta com a participação de representante dos aposentados, criticou a iniciativa unilateral da empresa e anunciou que mantém a reivindicação de restabelecimento do auxílio-alimentação na aposentadoria para todos, como benefício mensal continuo e extensivo a pensionistas.

Os representantes da Caixa informaram que a opção pela indenização poderá ser feita já a partir desta quinta-feira, dia 27 de agosto. Pelas regras estabelecidas pela empresa, a quitação do direito ao tíquete se dará por acordo judicial ou extrajudicial, conforme a situação de cada aposentado. O cálculo será com base na expectativa de vida apontada pela tábua AT 1983, a mesma utilizada no momento pela Funcef em seus cálculos atuariais. O resultado será trazido a valor presente. A indenização pelo fim do direito ao tíquete é oferecida a quem ingressou na Caixa até 1995, mas com restrições, porque há grupos específicos nesse contingente que não foram contemplados.

Nas medidas anunciadas pela Caixa há uma grande diferenciação entre os aposentados pré-95 e pós-95, esta última faixa inclui quem já se aposentou e quem ainda vai se aposentar. Ou seja, as medidas criam diferenças e não abrangem a todos.

Outro descumprimento de acordo diz respeito à Comissão Paritária. O banco defende a extinção da comissão, levando o assunto para as negociações específicas. O movimento sindical insiste na permanência da comissão.

Em relação ao PCC, os representantes da empresa informaram que ainda há questões em discussão e alguns entraves jurídicos. A proposta da Caixa deverá ser fechada nos próximos 15 dias.
Duas próximas negociações ficaram agendadas. Uma para dia 4 e outra para 11 de setembro.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região. Com informações da FENAE, Contraf/CUT e SP Bancários.

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Banqueiros só querem lucro, para bancário o olho da rua!

Na segunda rodada de negociação entre representantes dos bancários e comissão da Fenaban, banqueiros se negam a discutir as cláusulas sobre emprego

Ontem (27), na segunda rodada de negociação da Campanha Salarial 2009, a Federação dos Bancos rejeitou todas as reivindicações dos trabalhadores relacionadas ao emprego.

Em resumo, os banqueiros consideram que cada banco deve ter sua própria política relacionada ao emprego, se recusam a dar garantias de preservação aos postos de trabalho e não querem debater a contratação de mais trabalhadores ou mecanismos para garantir o cumprimento da jornada de seis horas.

Eles também estão “se lixando” para o cumprimento da Lei das Filas. A Lei, com algumas variações locais, defende os clientes bancários, punindo os bancos que os deixam mais de 15 ou 20 minutos nas filas das agências a espera de atendimento.

“Mesmo com a apresentação de estatísticas que comprovam as reduções dos postos de trabalho nos bancos, não apenas por meio de demissão, mas também um alto índice de desligamentos — que evidenciam as péssimas condições de trabalho com que convivem os trabalhadores bancários –, os banqueiros se mostraram irredutíveis”, avalia Otávio Dias, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região e membro do Comando Nacional. “Mais uma vez, eles demonstram que só se importam com os lucros. Não há a mínima preocupação com o trabalhador.”

Para Otávio, a postura dos banqueiros, ontem, na mesa de negociação evidencia que só com muita mobilização os bancários vão conquistar avanços nesta Campanha Salarial 2009.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.bancariosdecuritiba.org.br.

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