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Por 23:23 Sem categoria

Desemprego na Europa bate novo recorde

O desemprego na zona do euro aumentou dentro das margens esperadas em julho, atingindo o maior patamar desde maio de 1999. A taxa nos 16 países usando o euro subiu para 9,5%, ante 9,4% em junho. O número de desempregados aumentou em 167 mil em julho, para 15,09 milhões. Na União Europeia como um todo, que engloba 27 países, o desemprego subiu para 9% em julho, contra 8,9% em junho. O total de desempregados teve alta de 225 mil, para 21,794 milhões.

Na Alemanha, o índice de desemprego chegou a 8,3% em agosto, com um aumento de 0,7 ponto com relação ao mesmo mês do ano anterior. A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo presidente da Agência Federal do Emprego, Frank-Jürgen Weise, que indicou que em agosto foram sentidas as repercussões da crise econômica sobre o mercado de trabalho. No entanto, Wiese assinalou também que o efeito da crise continua sendo moderado.

– As repercussões da crise econômica foram sentidas em agosto no mercado de trabalho, mas em geral os efeitos da recessão continuam moderados – disse.

Em agosto, 3,372 milhões pessoas estavam registradas como desempregadas, 276 mil a mais que no mesmo mês de 2008. Em comparação com julho, o número de desempregados subiu em 9.000 pessoas e o índice de desemprego em 0,1 ponto.

Na indústria automobilística, um dos setores que mais emprega na Alemanha, mais de 90 mil postos de trabalho estão em risco, apesar da ajuda estatal. O término do programa que prevê um bônus para o sucateamento de veículos deverá aumentar o número de falências ao longo de todos os processos da cadeia de valor acrescentado, segundo publica o diário alemão Die Welt, na edição desta terça-feira.

O jornal cita um estudo feito pela empresa de consultoria Roland Berger, segundo o qual as mais atingidas serão as revendedoras, que poderão perder 30 mil postos de trabalho. Graças ao bônus de sucateamento, que não deverá ser prolongado pelo governo federal, em 2009 elas já venderam, até agora, mais veículos do que em todo o ano passado.

No varejo, as vendas aumentaram ligeiramente mais que o esperado em julho, em 0,7% sobre junho, informou a agência federal de estatísticas nesta terça-feira. Analistas consultados pela agência inglesa de notícias Reuters previam um avanço de 0,6%. Os economistas disseram que o aumento do mês é positivo, mas ressaltaram que ele segue dois meses seguidos de fortes declínios, enfatizando que as perspectivas para o setor continuam fracas na Alemanha.

Reino Unido

A atividade manufatureira da Grã-Bretanha inesperadamente retraiu-se em agosto, quando o setor reduziu empregos e estoques e o ritmo de crescimento das novas encomendas perdeu força, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira. O índice caiu para 49,7 em agosto, ante a leitura revisada para baixo de 50,2 em julho. O dado marcou a primeira queda desde fevereiro e ficou abaixo da previsão de analistas de 51,5.

Premiê do Reino Unido, Gordon Brown divulgou, nesta terça-feira, uma série de medidas anticrise, entre elas a adoção de parâmetros contra as remunerações excessivas de banqueiros, como parte de um esforço internacional para retificar os problemas do sistema financeiro que levaram à crise global. Brown afirmou, em entrevista publicada na última edição do diário econômico britânico Financial Times (FT), que os salários e gratificações dos banqueiros deveriam estar baseados nos sucessos conseguidos a longo prazo e não em lucro rápido obtido a partir da especulação.

– Temos que atuar mais rápido – disse, ressaltando que o Reino Unido não atuaria de forma unilateral para acabar com estes problemas.

Ao mesmo tempo, Brown assinalou que é ainda prematuro abandonar as medidas de estímulo fiscal e monetário adotadas pelos Estados Unidos, o Reino Unido e outros países industrializados. O premiê disse esperar que na reunião do G20 (grupo que reúne representantes de países desenvolvidos e dos principais emergentes), que acontecerá no final de mês em Pittsburgh (EUA), se possa chegar a um acordo para conseguir o crescimento econômico. Segundo ele, a crise global evidenciou que os governos podem cooperar em matéria econômica.

– Definitivamente, há provas que quando o mundo se une pode dar resultados – acrescentou.

Comissão Europeia

Na semana passada, o presidente da Comissão Europeia, o órgão executivo da União Europeia (UE), José Manuel Durão Barroso, elogiou a iniciativa de líderes europeus na proposição de regulações para bônus de executivos. Barroso disse estar “muito feliz” com o compromisso de alguns líderes agora com a regulação do sistema de gratificações a altos executivos, em referência à iniciativa que Alemanha e França levarão à reunião do G20.

Ele lembrou, no entanto, que a comissão já havia apresentado no fim de 2004 uma recomendação nesta linha, à qual “quase ninguém prestou atenção”. A proposta de direção para regular as gratificações de julho deve ser analisada pelo Conselho e pelo Parlamento da UE, e estabelece que as políticas de remuneração dos diretores não fomentem ou recompensem os riscos excessivos.

O retorno da confiança no sistema financeiro europeu, segundo Barroso, apoiará a retomada do crescimento após o pior período de recessão experimentado pela zona do euro desde a Segunda Guerra Mundial. Nesta terça-feira, divulgado os últimos números da economia europeia, o índice de atividade no setor manufatureiro do continente contraiu-se em agosto em ritmo inferior ao previsto, aproximando-se da marca da estabilidade.

O índice Markit subiu para 48,2 na leitura final de agosto, ante 47,9 no dado preliminar do mês e contra 46,3 em julho. Apesar da alta, o número segue abaixo da marca de 50 que divide a contração do crescimento.

Por Redação com agências internacionais – de Londres e Berlim.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.correiodobrasil.com.br.

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