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Ricos gastam em três dias o que pobres levam um ano para gastar

Brasília – No Brasil, o que um pobre gasta em um ano é o mesmo gasto por um rico – que faz parte de 1% da população – em três dias. A constatação é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que divulgou hoje (24) uma análise com base nos dados apresentados na semana passada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) relativa ao ano de 2008.

“Apesar de estar registrando desde 2001 queda da desigualdade social num ritmo realmente bom, o Brasil ainda é um monumento à desigualdade. Aqui, uma família considerada pobre leva um ano para gastar o mesmo que o 1% mais rico gasta em apenas três dias”, informa o pesquisador do Ipea, Sergei Soares.

Para medir o índice de desigualdade do país, o Ipea adotou o chamado índice de Gini, que varia de zero a um. Quanto mais próximo de um for esse índice, menos justa é a distribuição de renda da sociedade.

Em 2001, o índice de Gini no Brasil estava em 0,594. Desde então, vem caindo ano a ano, e chegou a 0,544 em 2008.

Sergei explica que mantendo essa tendência recente de redução da desigualdade registrada nos últimos anos, que em média foi de -0,007, “o Brasil levará 20 anos para chegar a um patamar que pode ser considerado justo”. Segundo ele, isso corresponde a um valor de 0,40 no índice de Gini.

O pesquisador sugere que o governo “continue fazendo mais do mesmo”, estimulando programas como o Bolsa Família e o aumento do salário mínimo, e invista em educação e estimule a formalidade no mercado de trabalho.

“Para acelerar esse processo é necessário que façamos mais do que apenas olhar as coisas positivas que têm sido feitas. O indicado é que o país atue de forma a melhorar o sistema educacional e a reduzir a informalidade”, afirmou. “E, claro, isso envolve também medidas que objetivem também a redução da desigualdade racial e regional do país”.

Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil. Edição: Tereza Barbosa.

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Empregado com carteira assinada representa 44,5% das pessoas ocupadas, revela IBGE

Rio de Janeiro – Os empregados com carteira assinada representavam em agosto 44,5% da população ocupada no país. Esse patamar é o mais alto para um mês de agosto desde 2002, quando teve início a série histórica da Pesquisa Mensal do Emprego (PME), divulgada mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados do levantamento foram divulgados hoje (24) e apontam, ainda, que na comparação com julho, o nível de formalidade dos empregos teve queda de 0,7%, mas foi considerado estável pelos técnicos do órgão. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve alta de 2,8%.

Para o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo, trata-se de um dado positivo que vem acompanhado de outras notícias favoráveis, como a elevação do rendimento da população ocupada, que teve alta de 0,9% em relação a julho, e de 2,2% na comparação com agosto de 2008. Em agosto, a média salarial foi de R$ 1.336,80.

“Esse dado recorde para o mês de agosto revela que o patamar de carteira assinada foi mantido apesar da crise financeira internacional e acaba deixando sem muito brilho a taxa de desocupação, que pelo segundo mês está estável. De maio para junho teve redução expressiva, mas em seguida ficou estável”, ressaltou.

De acordo com a pesquisa, a taxa de desemprego em agosto foi de 8,1%, após ter registrado 8,0% um mês antes. Já em relação a agosto de 2008, quando a taxa chegou a 7,6%, a alta foi de 0,5 ponto percentual.

O gerente da pesquisa destacou que o número de desocupados em agosto (1,9 milhão de pessoas) teve alta de 1,9% em relação a julho, o que segundo ele “estatisticamente representa estabilidade”. Ele atribuiu esse aumento, no entanto, à maior procura por emprego motivado pelas notícias de reaquecimento da economia.

“Tantas notícias dadas por diversas instituições mostrando o fim da crise e fatores econômicos favoráveis causam estímulo àqueles que antes não estavam procurando trabalho e agora, com este panorama, voltam a buscar emprego porque acreditam ter mais chances de conseguir”, acrescentou Azeredo.

É o que está acontecendo com a vendedora carioca Adriana Martins, que decidiu retomar a procura por um emprego na área de comunicação social.

“Esta é a minha área de formação, mas é muito difícil encontrar uma vaga, então acabei trabalhando no comércio. Mas, agora, com a economia um pouco melhor, acredito que muitas empresas podem querer ampliar o setor e vou voltar a procurar”, disse.

Por Thaís Leitão – Repórter da Agência Brasil. Edição: Lílian Beraldo.

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Renda do trabalho foi decisiva para redução das desigualdades em 2008

Brasília – De 2007 a 2008, a renda do trabalho foi “avassaladoramente” o fator que mais contribuiu para a redução da desigualdade social no Brasil, segundo estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) relativa a 2008, e divulgado hoje (24).

“Se a gente escolher o período entre 2001 e 2008, veremos que as transferências promovidas pelo Bolsa Família e pelas aposentadorias vinculadas ao salário mínimo foram muito importantes para essa redução da desigualdade social no Brasil”, explica o pesquisador do Ipea, Sergei Soares.

“Mas entre 2007 e 2008 isso mudou e, de forma avassaladora, a renda do trabalho passou a ser o principal responsável, correspondendo por cerca de 90% da queda da desigualdade social registrada no período”, completa.

O estudo do Ipea mostrou que o comportamento da renda do trabalho, quando diferente do valor salário mínimo, foi responsável por 75% da queda da desigualdade, enquanto o aumento do salário mínimo responde por uma queda de 16% da desigualdade.

Segundo o pesquisador, essas constatações são muito positivas, “porque depender apenas de transferências de renda para diminuir as desigualdades significaria um custo cada vez maior [para o Estado], do ponto de vista orçamentário”.

Sergei disse acreditar que quando saírem os resultados da Pnad 2009 – que contabilizará mais expressivamente os efeitos da crise no Brasil – , o Bolsa Família e tudo que está indexado ao salário mínimo voltarão a deter mais importância.

“Veremos, daqui a um ano, um efeito possivelmente ainda importante do mercado de trabalho. Mas veremos um efeito ainda mais importante das transferências do que vimos em 2008”, prevê o pesquisador.

Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil. Edição: João Carlos Rodrigues.

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