A juventude enfrenta sérios problemas hoje, como a dificuldade de arrumar um emprego com carteira assinada, acesso à terra, permanência na escola, acesso à saúde, lazer, esportes, etc. E ainda somos as principais vítimas da violência urbana. Basta ler os jornais do início da semana que registram mais de uma dezena de mortes violentas em sua maioria envolvendo jovens até 29 anos de idade.
Os governos têm dado a sua resposta a esse problema: várias prefeituras indicam toque de recolher o que aumenta o preconceito contra o jovem e não resolve o problema. O Projovem, programa do Governo Federal, é uma iniciativa que aponta um outro caminho. No entanto, é pouco.
Nós, jovens trabalhadores e trabalhadoras organizados em sindicatos CUTistas, queremos outras respostas por parte dos governos. Sabemos que para poder pressionar o patrão para aumentar o salário e ter melhores condições de trabalho, temos que nos organizar. Da mesma forma, só poderemos mudar a realidade da juventude se tivermos o mínimo de organização, para ganharmos forças e pressionar os governos por melhores políticas para a juventude.
Reforçamos que a organização é fundamental para nossa estratégia. A juventude da CUT-PR esteve reunida no Sindicato da Construção Civil nos dias 19 e 20 de setembro, para planejar suas atividades para o próximo período. Estiveram presentes na construção desse planejamento 13 sindicatos (SINTRACON, SISMUC, FETRAF-SUL, SINDSERV-Ibiporã, SISMAC, SINDSÁUDE-PR, APP-Guarapuava, APP-Irati, APP- Fco Beltrão, APP- Ctba Norte, APP-Sindicato, SEEB-Curitiba) e 15 jovens além da participação de Gustavo Red Erwin (CMS) e Anderson Campos (assessoria da CUT Nacional) que auxiliaram na facilitação e sistematização dos trabalhos. Cabe ainda salientar a justificativa de algumas ausências como a dos Correios (SINTICOM) que estão na ação direta – greve – por melhorias para a categoria e de representantes da FETRAF, pois a data coincidiu com seu curso de Agroecologia.
Dentre as prioridades levantadas, destacamos que faremos um debate permanente sobre políticas publicas para a juventude. Também apontamos a necessidade de enraizamento da organização juvenil nos sindicatos. Precisamos, ainda, construir uma plataforma unitária com outros movimentos sociais que discutem a situação do jovem hoje.
Somos tão jovens, mas sabemos bem o que queremos, queremos transformar esse país desigual, que nos discrimina e criminaliza. Queremos sim, pintar esse país de negro, de amarelo e porque não de vermelho? Ou ainda transformar esse grande Brasil em um grande arco-íris em que seja permitido e garantido a todos e todas as mesmas possibilidades!
Somos tão jovens e convidamos a todos os jovens e as jovens para se sindicalizar e se juntar a nós. Pois ninguém conquista nada sozinho! Convidamos a juventude a construir um país de possibilidades!
Por Patrick Leandro Baptista, que é servidor público municipal e secretário da Juventude da CUT Paraná.
ARTIGO COLHIDO NO SÍTIO www.cut.org.br.