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Por 22:48 Sem categoria

Agência de Desenvolvimento Solidário da CUT cria agência de comercialização e realiza mostra com 160 expositores em São Paulo

A Agência de Desenvolvimento Solidário (ADS), criada pela CUT em 1999, promove, a partir do próximo dia 28 e até o dia 31, a 1ª Mostra Nacional de Comercialização dos Produtos e Serviços da Economia Solidária. A mostra acontece em São Paulo, no Centro de Exposições Imigrantes, e vai reunir 160 expositores – todos empreendimentos fundados e geridos por grupos de trabalhadores, em forma de cooperativas ou associações, nascidos a partir do movimento sindical e do movimento social.

Para a abertura são aguardadas as presenças do presidente Lula e de ministros de Estado. No dia 29, a partir das 20h, acontece um desfile de moda com criações de 13 cooperativas de costureiras, rendeiras e artesãs da região Nordeste.

Com a realização da mostra, a ADS também lança sua Conexão Solidária, agência de comercialização dos produtos dos empreendimentos coletivos. O principal objetivo da Conexão Solidária é fazer com que esses produtos cheguem às prateleiras do grande comércio varejista das regiões Sul e Sudeste, e que as receitas sejam aplicadas na geração de renda para os integrantes das cooperativas e associações e para o fomento de novos empreendimentos coletivos.

Oficinas

Os 160 empreendimentos participantes são ligados à ADS e dela recebem apoio em diversas etapas, desde a organização dos trabalhadores e trabalhadoras em cooperativas ou associações, até a busca por financiamento e orientação técnica. Com o surgimento da Conexão Solidária, completa-se o tripé necessário para dar competitividade e agregar valor aos produtos da economia solidária.

Ao longo dos quatro dias de mostra, sempre a partir das 9h, além da exposição dos produtos dos 160 empreendimentos – movelaria, confecção, artesanato e decoração e reciclagem – serão realizadas oficinas com representantes de empreendimentos coletivos já consolidados, dirigentes sindicais, acadêmicos e empresários e dirigentes sindicais, para troca de experiências e estudo de perspectivas.

O coordenador geral da ADS e da Conexão Solidária, Ari Aloraldo do Nascimento, explica que há duas condições essenciais para que um empreendimento seja considerado solidário: ser gerido por um grupo de trabalhadores, com distribuição equitativa dos dividendos, e trabalhar em rede com outros empreendimentos coletivos. Sobre o mercado-alvo da Conexão, ele diz: “Neste momento, a maior parte dos empreendimentos que nós representamos está localizada nas regiões Norte e Nordeste. E o mercado consumidor até agora mais habituado aos produtos com cunho ecológico, solidário e baseado no conceito de comércio justo está no Sul e Sudeste. Será nossa primeira etapa”.

Antonio Carlos Spis, coordenador administrativo da ADS e da Conexão antecipa que a nova agência também funcionará como um “observatório de oportunidades de negócios”, no qual a ADS poderá indicar segmentos de mercado para a atuação de cooperativas ou associações. “Organizar os trabalhadores e trabalhadoras dentro da ideia de economia solidária é uma ação política bastante importante, já que pode criar meios de emancipação, de fortalecimento da consciência do trabalho coletivo e de autoestima do grupo e do indivíduo”, diz Spis.

No conjunto dos representados pela ADS e pelo Conexão, existem desde forjarias de grande porte – como a Uniforja, da região do Grande ABC – até cooperativas de produção de botões para roupas. Na sede da ADS, localizada no bairro do Tatuapé, São Paulo, está sendo montado um espaço de exibição dos produtos dos empreendimentos.

Segundo a Agência, a economia solidária gera trabalho para mais de 1 milhão e 500 mil brasileiros e já movimenta R$ 6,8 bilhões por ano.

Para conhecer a programação completa da mostra, acesse http://www.mostraconexaosolidaria.org

Por Isaías Dalle.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cut.org.br.

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