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Por 23:08 Sem categoria

Trabalhadores nas ruas para conquistar

Duas marchas e a certeza de que emprego e renda são os pilares da economia brasileira

São Paulo – Mal começava 2009, e a defesa do emprego e renda pelos trabalhadores e seus representantes já se destacava como um caminho alternativo em meio à enxurrada de projeções negativas para o “ano novo”, proclamadas juntamente com a defesa, por setores conservadores, de que o governo e as empresas brasileiras deveriam desenterrar as velhas medidas recessivas para combater a crise econômica, iniciada nos últimos meses de 2008. Um prato cheio para os oportunistas de plantão usarem a crise para fazer “ajustes” nas empresas. Até pesquisa no Fantástico, da TV Globo, foi feita com a população para saber se as pessoas prefeririam perder o emprego ou ter o salário reduzido, como se essas fossem as únicas opções dos trabalhadores.

A reação foi imediata. Os caminhos alternativos com a defesa do emprego e renda foram entoados na maior ato unificado de trabalhadores desde o inicio da crise, quando mais de 15 mil trabalhadores e estudantes disseram não às demissões em marcha realizada em São Paulo. E o dia 30 de março entrou para a história. Boa parte do movimento sindical, entre eles representantes do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e da CUT, mostraram que existiam outras alternativas e que não aceitariam a retiradas de direitos. E a resposta surtiu efeito, não só porque mesmo na contramão do que muitos países fizeram, o governo brasileiro diminuiu impostos, cobrou manutenção do emprego, reduziu compulsório, colocou os bancos públicos para ampliar o crédito e baixar juros. Também porque, na segunda marcha do ano, no dia 11 de novembro, a tradicional Marcha dos Trabalhadores em Brasília, não só as perspectivas economias já eram outras, como o grito que ecoava era para que os direitos conquistados se transformassem em lei – entre eles a política de recuperação do salário mínimo e a ratificação da convenção 158 da OIT, que inibe dispensas imotivadas.

“As duas marchas mostram dois momentos distintos, um divisor de águas. Num primeiro momento, o de crise, muitos defendiam a redução de salários e até as demissões como forma de passar por ela. No segundo, um país que mostrou que um outro caminho era possível para sair da crise. E nos dois momentos os trabalhadores se mobilizaram para deixar claro que não iriam pagar com demissões pela crise, mas muito pelo contrário: com seus empregos e renda poderiam ajudar o país a sair mais rápido dela”, diz Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato. “Essa postura contribuiu para que as campanhas salariais fossem vitoriosas, já que em quase todas as categorias os trabalhadores conquistaram aumento real de salários e outros importantes avanços que ajudam a mover e fazer crescer a economia brasileira”, destaca.

Por Elisângela Cordeiro – 24/12/2009.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.spbancarios.com.br.

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Brasil retoma fase de crescimento econômico, confirma estudo

Rio de Janeiro – Estudo divulgado hoje (28) pelo Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace) identificou o encerramento do ciclo de recessão no Brasil, provocado pela crise financeira internacional, e o retorno a uma fase de crescimento econômico.

O vice-diretor do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), Vagner Ardeo, que colabora como relator desse comitê independente, disse à Agência Brasil que a recessão durou do último trimestre de 2008 até o primeiro trimestre de 2009. “De lá para cá, a gente vive um período de expansão. Com certeza, estamos em crescimento, estamos em expansão.”

Ardeo esclareceu que o Codace não faz previsões para o futuro. O comitê acompanha a economia e faz adaptações. Apesar disso, Ardeo disse que “esse período de expansão está em pleno curso e não há no horizonte nada que possa indicar a ocorrência de uma nova recessão.”

O cenário de expansão leva em conta também uma retomada da economia mundial, assinalou ele. “A economia brasileira não é uma ilha. Então, evidentemente que o futuro vai depender de algumas variáveis”.

De acordo com o estudo, somente nos dois últimos trimestres de recessão houve uma queda de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas produzidas no país, superior à redução trimestral média de 0,8% do PIB brasileiro registrada nas sete recessões anteriores.

“Foi uma recessão forte, muito concentrada na indústria, e rápida”, enfatizou Ardeo. Ele destacou que no contexto global essa foi a crise mais importante desde a crise de 1929. “Então, se pode dizer que nenhuma economia do mundo deixou de ser afetada”.

Ele analisou, porém, que graças à política econômica adotada pelo governo federal, que conseguiu colocar de novo o país no rumo da expansão, o Brasil conseguiu sair da crise internacional melhor do que a maioria dos países. A partir do segundo trimestre deste ano, sublinhou, teve início o processo de retomada da economia brasileira. “E tudo indica que o quarto trimestre também caminha nessa mesma direção.”

Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil. Edição: João Carlos Rodrigues.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br.

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