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Por 19:28 HSBC

Trabalhadores bancários preparam campanha por acordo global com os bancos HSBC e Santander

A Contraf-CUT e o Sindicato dos Bancários de São Paulo participaram nesta quinta-feira, dia 14, em Madri, na Espanha, da reunião da UNI Finanças, que visa preparar uma campanha por um acordo marco global com o Santander e o HSBC. A iniciativa foi definida em dezembro, durante a Conferência da UNI Europa Finanças, realizada nos dias 10 e 11 de dezembro, em Dublin, na Irlanda, que contou com a presença do presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, e do secretário-geral Marcel Barros.

Participam da reunião o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr, e a diretora do Sindicato e coordenadora da Rede Sindical do Santander nas Américas, Rita Berlofa.

“Vamos organizar o movimento, buscando fazer uma campanha internacional para negociar com o Santander e com o HSBC um acordo marco global que obrigue os dois bancos a respeitar as entidades sindicais e os direitos dos trabalhadores em todos os países onde eles atuam”, destaca Ademir.

O ponto central da campanha é formar uma aliança global entre todas as entidades sindicais dos países onde há trabalhadores dos dois bancos.

Lucro mundial, direitos desiguais

“Os bancos mulitinacionais têm práticas diferentes nos seus países de origem e nos outros países onde estão operando. Lá eles respeitam os trabalhadores, as entidades sindicais e a sociedade. Ficou claro na conferência que na maioria dos países da América Latina e da Ásia eles desrespeitam tudo: os direitos trabalhistas dos bancários, a representatividade dos sindicatos e a população, ao cobrarem spreads e juros muito altos e limitarem o crédito”, avaliou Carlos Cordeiro. “Por isso é importante a unidade dos trabalhadores em nível global.”

Na conferência foram definidos dois objetivos para a campanha internacional no HSBC e no Santander:

1. estabelecer um processo concreto de negociação entre as empresas e as entidades sindicais, seja em níveis locais ou global, e

2. garantir o direito de sindicalização dos trabalhadores desses bancos em todos os países e o compromisso de respeitar as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

“Queremos mostrar ao HSBC e ao Santander que as entidades sindicais filiadas à UNI estão unidas nessa campanha por um acordo marco global. Na segunda semana de fevereiro, todas as entidades sindicais dos países onde os dois bancos estão presentes entregarão documentos às empresas reivindicando a assinatura do acordo global”, disse na conferência Oliver Roethig, principal dirigente da UNI Finanças, que coordena a reunião desta quinta-feira.

Fonte: Contraf-CUT.

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Trabalhadores bancários no Santander e Real exigem PPR justo e marcam dia nacional de luta

A ampliação e fortalecimento da jornada, iniciada no dia 28 de dezembro, e a realização de um dia nacional de luta na próxima quarta-feira, dia 20 de janeiro, foram as principais decisões da plenária nacional de dirigentes sindicais do Santander e Real, realizada pela Contraf-CUT na terça-feira, dia 12, em São Paulo. O objetivo é reforçar a mobilização para que o Santander retome as negociações e apresente uma proposta digna para o aditivo à convenção coletiva de trabalho e o acordo do Programa de Participação nos Resultados (PPR).

Participaram mais de 60 dirigentes sindicais de todas as regiões do país, oriundos de diversos sindicatos e federações. Também compareceu um representante da Contec.Todos se manifestaram indignados com a proposta de PPR do banco, cobraram melhorias no aditivo e prometeram aumentar a pressão sobre o Santander.

“Vamos intensificar o processo de mobilização em todo país, levando o jornal para os bancários que ainda não receberam. Além disso, vamos fazer crescer as manifestações e protestos, pois, com os lucros que vem acumulando, o Santander possui todas as condições financeiras para melhorar a proposta de aditivo e pagar um PPR justo”, afirmou o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

Na plenária, o Dieese fez uma apresentação, mostrando dados sobre as isenções tributárias do banco, em função da assinatura de acordos com as entidades sindicais envolvendo participação nos lucros e resultados.

Os dirigentes sindicais exigem do banco um critério para o pagamento de PPR e decidiram pela continuidade da jornada. A proposta do Santander é firmar um acordo por dois anos, pagando R$ 1 mil de PPR, em fevereiro de 2010, e outros R$ 1 mil corrigidos pelo índice de reajuste a ser conquistado na campanha salarial deste ano, em fevereiro de 2011. Isso é inaceitável!

Enquanto isso, o banco aprovou na assembleia dos acionistas de 2009 o valor de R$ 223,8 milhões para remunerar seus 26 diretores executivos, o que significa uma média de R$ 8,26 milhões para cada um.

“Pagando mais de R$ 8 milhões a cada diretor executivo, o valor que sobra para os bancários não é ilegal, já que não existe nenhuma lei que restrinja a remuneração dos executivos. Mas essa distribuição tão desigual é, sem dúvida, imoral”, reiterou o diretor da Federação dos Bancários do RJ-ES, Paulo Garcez.

“Não podemos admitir um valor aleatório para o pagamento de PPR, quando o Santander paga milhões para seus diretores executivos e patrocina Fórmula 1 e Copa Libertadores. Vamos continuar com a mobilização até que o Santander atenda nossas reivindicações”, disse a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa.

Aditivo tem avanços e pendências

Já a proposta de aditivo também por dois anos à convenção coletiva contém avanços, como a manutenção dos incentivos à aposentadoria até 31 de agosto de 2010, a conquista da licença sem vencimentos de 30 dias e a extensão do prêmio de dois salários para os funcionários do Santander que completaram 25 anos de casa antes de 1º de janeiro de 2009.

Mas há várias pendências, como a garantia de emprego durante o processo de fusão, o termo de compromisso para manutenção do patrocínio do HolandaPrevi e Bandeprev, a criação de um grupo de trabalho para discutir o processo eleitoral do HolandaPrevi e Sanprev, a unificação do valor do auxílio-academia e a extensão de direitos dos bancários da Espanha.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo e Feeb-RJ/ES.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.contrafcut.org.br.

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Primeiro ato na Torre marca sequência da luta

Trabalhadores foram ao novo prédio para cobrar da direção do banco a retomada das negociações do aditivo e do PPR

São Paulo – O novo prédio do Santander, de mais de um R$ 1 bilhão, foi alvo do primeiro protesto dos bancários. A manifestação Bom Dia, Torre, organizada pelo Sindicato e outras entidades de representação dos trabalhadores na sexta 15, foi uma espécie de boas vindas aos bancários que estão sendo transferidos para lá.

A manifestação serviu, ao mesmo tempo, de alerta, pois apesar do novo espaço acomodar os trabalhadores de forma confortável, os velhos problemas de 2009 continuam. O Santander ainda não renovou o acordo aditivo e mantém proposta insuficiente de R$ 1 mil para pagar o Programa de Participação nos Resultados (PPR).

Para ilustrar a contradição do novo espaço e os velhos problemas – “nem tudo são flores” –, os representantes dos trabalhadores distribuíram rosas aos funcionários.

“Essa primeira atividade na Torre do Santander é um marco da continuidade da nossa luta. Expressamos que queremos a retomada das negociações para renovação do aditivo e a melhoria no valor da PPR. Vamos continuar visitando a Torre até que o banco volte a negociar”, afirma o funcionário do Santander e diretor do Sindicato Mario Raia.

Por Carlos Fernandes – 15/01/2010.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.spbancarios.com.br.

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