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Economista do DIEESE prevê conjuntura favorável para campanha salarial dos trabalhadores bancários em 2010

O economista do Dieese, Sérgio Mendonça, debateu a conjuntura política, econômica e social durante o 26º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef) e disse acreditar que haverá um ambiente favorável de negociação para os bancários em setembro, mês de data-base da categoria. “Os indicadores apontam para crescimento entre 6 e 7% neste ano; caso aconteça, atingiremos o melhor resultado desde 1986, período da implantação do plano cruzado”, afirma Mendonça.

Papel dos bancos públicos

Para Mendonça, não fossem os bancos públicos durante a crise financeira mundial, estaríamos hoje vivendo um período de recessão. “O país vinha crescendo 6,7% e com a crise foi reduzido para zero. Se dependêssemos dos privados, o país não teria voltado a crescer, certamente teríamos menos 3,4%”, diz.

Segundo o economista do Dieese, a Caixa, o Banco do Brasil e o BNDES estimularam a economia, com programas de habitação, saneamento, crédito etc. “A retomada só foi possível com ação do governo e participação dos bancos públicos, com distribuição da renda e valorização do trabalho”, diz.

O coordenador do Dieese ainda destacou a importância de termos voltado a discutir no país o tema do desenvolvimento. “Esta é uma tarefa histórica e muito relevante. Até meados dos anos 2000 isso não era possível, entrando em pauta nesses últimos oito anos em função do crescimento econômico. Os movimentos sindicais e os bancários tiveram papel fundamental nessa discussão”, aponta Mendonça.

Para Sérgio Mendonça, a saída da crise que atinge atualmente a Europa e a continuidade do desenvolvimento econômico que há no Brasil só é possível com uma política de elevação dos níveis salariais, formação dos trabalhadores e de educação. “A proposta europeia baseada no mercado com os cortes fiscais está levando os países há uma recessão profunda, uma vez que visa a redução dos direitos e salários para sair da crise. Isso irá representa uma enorme regressão social, com efeitos em todo mundo”, analisa Mendonça.

Para ele, temos que atuar com a proposta do capitalismo regulado, que traz aprofundamento do papel do estado, baseado em modelo de desenvolvimento que inclui as pessoas, distribui a renda e busca acabar com a pobreza. “É como disse Celso Furtado, a política social mais importante é a da habitação”, diz.

“Para isso, precisamos construir projetos como o de transferência de renda, que beneficia 12 milhões de pessoas e gera efeitos reais na economia”, conclui.

Fonte: Júnior Barreto – Rede de Comunicação dos Bancários.

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Congresso dos trabalhadores bancários no Banco do Brasil começa com chamamento à unidade nacional

Começou na noite desta sexta-feira, 28, em São Paulo, o 21º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil. O evento, que definirá a pauta de reivindicações específicas dos trabalhadores do banco para a Campanha Nacional dos Bancários 2010, reúne 329 delegados e observadores de todo o Brasil.

“A unidade no movimento sindical será ainda mais importante na campanha salarial desse ano e a Contraf vai continuar perseguindo a criação de uma mesa única com todas as forças, para não termos mais duas mesas de negociação”, afirmou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. Estavam presentes na cerimônia representantes de quase todas as centrais sindicais que têm representação de bancários, inclusive CTB, Conlutas e Intersindical.

O dirigente destacou o contexto em que será realizada a campanha salarial deste ano. “Não podemos pensar que vamos fazer uma campanha pensando apenas no aspecto corporativo. Somos parte da classe trabalhadora, da CUT e teremos que pensar no todo da sociedade brasileira”, disse. “Há um debate colocado sobre o modelo de desenvolvimento que queremos. Defendemos desenvolvimento com crescimento econômico e distribuição de renda e para isso é fundamental pensarmos o papel do sistema econômico nesse desenvolvimento”, defende Cordeiro.

Representando a CUT nacional, o secretário de Organização Jacy Afonso defendeu a unidade a exemplo da história de luta dos bancários. “Todas as categorias do Brasil têm o sonho de ter database unificada e uma convenção coletiva de trabalho nacional e para todas as empresas como é a CCT dos bancários. Essa é a luta que a CUT vem travando: trabalhar as campanhas salariais de modo articulado com o conjunto dos trabalhadores, assim como aconteceu no início da década de 90, quando os bancários conquistaram o acordo coletivo válido para todo o Brasil”, disse.

Jacy Afonso também lembrou do ataques sofridos pelos bancários do BB durante o governo FHC e o papel de destaque desempenhado pela categoria, ao lado de outros trabalhadores, na mobilização contra o projeto neoliberal de privatizações. “Foram os funcionários do BB, da Caixa, Petrobras que impediram as privatizações. Se os bancos públicos tivessem sido vendidos, não teríamos saído da crise econômica. Isso não elimina as mazelas dessas instituições, que precisam ser resolvidas”, lembrou Jacy Afonso.

Por Nicolau Soares e Renato Alves – Rede de Comunicação dos Bancários.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.contrafcut.org.br.

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