fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 20:58 Sem categoria

Brasil deverá fazer novas captações de recursos externos, diz secretário do Tesouro

Brasília – O Brasil deverá fazer novas captações externas no segundo semestre, afirmou hoje (28) o secretário do Tesouro, Arno Augustin. Ele não descartou uma emissão de títulos públicos em reais no exterior, o que não ocorre desde junho de 2007. O anúncio foi feito um dia depois da captação de US$ 825 milhões no mercado internacional com a menor taxa de juros da história.

Segundo o secretário, o mais provável é que a captação seja feita em papéis mais longos que os títulos emitidos ontem, que têm prazo de dez anos. “Fizemos uma excelente emissão ontem e pretendemos mesclar os títulos que lançamos no exterior com vários tipos de papéis.”

Para Augustin, a taxa de juros de 4,547% ao ano obtida na emissão de ontem reflete a confiança dos investidores estrangeiros na economia brasileira. “Os juros representam o reconhecimento dos fundamentos fiscais do Brasil, que muitas vezes não chegam a ser valorizados dentro do país.”

Por meio dos títulos da dívida externa, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores internacionais com o compromisso de devolver os recursos com juros. Taxas menores indicam menor grau de dúvida de que o Brasil não conseguirá pagar a dívida. Outro sinal de confiança ocorre quando o país deixa de lançar títulos em dólares e emite papéis em moeda local no exterior, como nas emissões em reais.

De acordo com o Tesouro, a emissão foi qualitativa porque o governo já tem quase todos os dólares de que precisa para pagar os vencimentos da dívida externa neste ano, estimados em cerca de US$ 7 bilhões. O lançamento do título com vencimento em dez anos, segundo o Ministério da Fazenda, serviu para aproveitar as melhores condições do mercado para reduzir o custo e melhorar o perfil da dívida externa.

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil. Edição: João Carlos Rodrigues.

==================================

Secretário do Tesouro Nacional descarta superaquecimento da economia

Brasília – A acomodação da economia observada no segundo trimestre dispensa a necessidade de medidas adicionais para conter o seu aquecimento, disse hoje (28) o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. Segundo ele, a desaceleração da inflação e da atividade industrial indicam que as expectativas de superaquecimento da economia brasileira em 2010 não estão se cumprindo.

“Seguramente, não há superaquecimento da economia, o que mostra que as projeções do Ministério da Fazenda não estavam erradas”, afirmou o secretário. De acordo com ele, o objetivo do governo agora é monitorar as condições da economia para que o crescimento não fique abaixo do previsto.

“A gente tem de acompanhar a atividade econômica para que o crescimento seja o previsto, ou seja, nem acima nem abaixo. Isso exige uma atenção redobrada. Crescer menos, na nossa opinião, seria bastante negativo”, disse Augustin.

O secretário evitou comentar se a desaceleração da economia terá impacto nas receitas fiscais em julho. Ele, no entanto, reconheceu que a expansão da arrecadação será menor nos próximos meses. “A receita não será tão positiva, mas a gente não tem de olhar apenas a arrecadação, mas todo o conjunto da economia”, acrescentou.

Augustin evitou comentar se as medidas para sustentar o crescimento incluem a diminuição do ritmo de aumento de juros pelo Banco Central. Apenas afirmou que o Tesouro pode agir pelo lado fiscal, atendo-se à programação financeira divulgada pelo Ministério do Planejamento no último dia 20.

“Não estamos crescendo além do previsto e não temos de tomar medidas que segurem a economia, mas manter as coisas andando. Esperamos que o crescimento seja sustentável, de forma que o Brasil continue sem superaquecimento, mas também sem crescimento menor que o esperado”, disse Augstin.

Oficialmente, o Ministério da Fazenda projeta expansão de 6,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Há duas semanas, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o crescimento pode chegar a 7%. A estimativa, no entanto, foi divulgada antes dos indicadores que mostram desaceleração da atividade industrial em junho.

No primeiro semestre, o superávit primário – economia de recursos para pagar os juros da dívida pública – somou R$ 24,7 bilhões. Para atingir a meta de R$ 40 bilhões para o segundo quadrimestre (até agosto), o Governo Central (Tesouro, Previdência Social e Banco Central) precisa economizar R$ 15,3 bilhões nos próximos dois meses.

Apesar disso, Augustin afirma que o governo fechará o ano cumprindo a meta cheia, de R$ 75 bilhões até dezembro. “Estou confiante de que não haverá necessidade de usar o mecanismo que permite o abatimento dos gastos do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] da meta de superávit.”

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil. Edição: João Carlos Rodrigues.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br.

Close