Brasília – Ao receber hoje (29) o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem posição semelhante a do colega em relação à reintegração de Honduras à Organização dos Estados Americanos (OEA), afirmou que os dois países buscam respeito aos processos democráticos na região, sem retrocessos.
Para Lula, o golpe ocorrido em Honduras no ano passado não pode ser um incentivo a novas aventuras antidemocráticas na região.
“Não podemos permitir que o golpe de junho de 2009, em Honduras, se torne um incentivo a novas aventuras antidemocráticas. A posição dos demais países centro-americanos sobre o assunto é vital”, disse Lula, antes de almoço oferecido ao presidente da Nicarágua, no Palácio do Itamaraty.
Como o Brasil, a Nicarágua impõe exigências ao governo do presidente de Honduras, Porfirio “Pepe” Lobo, para que o país seja reintegrado à OEA. O país foi suspenso do grupo desde a deposição do então presidente Manuel Zelaya do poder, em 28 de junho de 2009.
Nos próximos dias, a comissão especial da OEA, que examina a situação política de Honduras, deve concluir um relatório e encaminhá-lo à secretaria-geral do órgão. Para a reintegração à OEA, o governo do presidente Porfírio “Pepe” Lobo, precisa obter, no mínimo, 22 dos 33 votos dos integrantes da organização.
Para o Brasil e outros países latino-americanos, o que houve em Honduras foi um golpe de Estado, porque um movimento militar retirou do poder um governante que foi eleito pelo voto direto, o então presidente Manuel Zelaya. A interpretação vem gerando polêmica porque opositores de Zelaya afirmam que ele pretendia mudar a Constituição para se beneficiar com o direito à reeleição, o que não é permitido pela legislação hondurenha.
Por Yara Aquino e Renata Giraldi – Repórteres da Agência Brasil. Edição: Antonio Arrais.
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