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Juventude e organização sindical

Secretária da Juventude da CUT reafirma compromisso da Central com a organização das trabalhadoras e dos trabalhadores rurais

Oficinas e mesas de debates abordaram durante o II Festival da Juventude Rural as principais reivindicações e desafios da juventude do campo, como o acesso ao crédito, reforma agrária, educação, formação profissional, limite de propriedade da terra, trabalho assalariado, sustentabilidade sócio-ambiental.

A organização sindical foi tema da mesa de debate na manhã desta quinta-feira (29), com a presença da secretária da Juventude da CUT que reafirmou ao iniciar sua fala o compromisso da Central com a organização do trabalhador e da trabalhadora rural. “Nós temos como principal desafio disputar os rumos do país e organizar a juventude brasileira para formulação de um modelo alternativo, democrático e popular com horizontes transitórios para a sociedade socialista”, conclama Rosana.

A construção em 1997 do Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário – PADRSS da Contag é apenas um dos exemplos da importância da CUT no que diz respeito a organização dos trabalhadores/as rurais. Hoje, conforme lembrou Rosana, cinco secretários estaduais de Juventude da CUT (PA, RN, PB, TO e AC) são jovens rurais, dois dirigentes jovens da Contag (William Clementino, secretário de Política Agrária e Elenice Anastácio, secretária de Jovens) fazem parte da direção nacional da CUT e 17 membros da Comissão Nacional de Jovens da Contag são filiados a CUT, além do presidente da CUT-PE, Carlos Veras, que é um jovem trabalhador rural.

Para construção de uma sociedade igualitária, inclusiva e com condições dignas de vida no campo, a secretária da Juventude da CUT citou algumas ações como prioritárias, como a promoção do trabalho decente do jovem do campo, reforma agrária massiva, igualitária e com terra para o/a jovem rural, apoio para organização da produção familiar e camponesa sustentável e participação social e política.

O atual desafio da Juventude da CUT é consolidar o Plano Nacional de Promoção do Trabalho Decente para a Juventude, em especial, para a Juventude Rural. A Juventude CUTista já participa de espaços importantes de discussão das demandas da juventude rural como o Subcomitê de Juventude da Agenda Nacional de Trabalho Decente e do GT Juventude do CONDRAF – Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar.

Responsável por contextualizar a organização sindical dos jovens do campo nos dias de hoje, o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia (Fetagro), Fábio Menezes, afirmou que é preciso ter um espaço político sindical que pense na agricultura familiar, mas que não deixe de lado as políticas específicas para a juventude.

Neste sentido, ele reafirmou a importância da atuação da CUT, desde os departamentos rurais, na discussão e criação das Federações e Sindicatos. “A juventude não tinha uma base para a formulação destas políticas. Ter uma central que pensasse nisso e organizasse o processo foi fundamental para a organização sindical no campo.”

A mesa teve como mediador o secretário de Formação Sindical da Contag, Juraci Moreira, e contou também com a participação da secretária geral da Coprofam e vice-presidente da Contag, Alessandra Lunas e do secretário da Juventude da CTB, Paulo Vinicius.

Por William Pedreira.

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CUT presente na Marcha da Juventude Rural

Cinco mil jovens do campo ocupam Esplanada dos Ministérios em Brasília e mostram disposição de luta por melhores condições de vida

Nem o sol forte e o calor diminuíram o espírito de luta dos milhares de jovens presentes à Marcha da Juventude Rural e ao ato político com ocupação da Esplanada dos Ministérios na manhã desta quarta-feira (28). Unidos e organizados, eles pressionaram e reivindicaram do governo e ministros compromisso com as propostas que dialogam com a efetivação da sucessão rural. A Marcha dos Rurais é parte da programação do II Festival da Juventude Rural que termina nesta sexta-feira (30).

No inicio da manifestação, a secretária da Juventude da CUT, Rosana Sousa, fez questão de parabenizar a organização do ato, afirmando que a juventude urbana precisa se espelhar na juventude rural no que diz respeito a disposição de luta por melhores condições de vida e por políticas públicas que atendam as necessidades de todos/as. Ela lembrou também que a juventude conquistou nestes últimos anos espaços importantes de articulação e deliberação de políticas públicas, como a Secretaria e o Conselho Nacional da Juventude. “O que nós precisamos agora é fortalecer a sociedade civil nestes espaços e lutar para que cada vez mais estas políticas sejam implementadas de forma efetiva e isso só acontecerá com a eleição de um governo que esteja compromissado com a democracia e com a continuidade dos avanços.”

Durante a caminhada, foram realizadas paradas estratégicas nos ministérios que tratam das políticas específicas do campo. No Ministério do Desenvolvimento Agrário, que tem como uma das funções principais organizar e executar a reforma agrária conforme lembrou o secretário de Política Agrária e representante CUTista na Contag, Willian Clementino, os manifestantes reivindicaram o acesso ao crédito, assistência técnica, entre outras questões. “O ministério tem que ter posição para enfrentar esses desafios com medidas concretas que resolvam o problema da sucessão rural. Mas para que o ministério efetive estas ações é preciso que o governo federal disponibilize um orçamento que responda às demandas dos agricultores familiares.”

Outro ponto pautado por Willian em sua intervenção foi a estrangeirização das terras. Para ele, é inadmissível que ainda hoje a distribuição de terra seja realizada por um sistema capitalista, excluindo e dificultando o acesso dos trabalhadores brasileiros às terras. “Um importante instrumento na luta contra a estrangeirização e que ajudará no processo igualitário e justo de distribuição é o Plebiscito Popular pelo limite da propriedade da terra que limitará o tamanho máximo da propriedade em 35 módulos fiscais. É fundamental que toda a sociedade esteja engajada nesta luta, porque só com a mobilização popular que nós consigueremos alcançar este objetivo”, finaliza Willian.

No Ministério do Trabalho, os jovens reivindicaram a aprimoração do ProJovem, desburocratização do acesso ao crédito, trabalho decente, criação do Programa Nacional de Qualificação profissional, seguro-desemprego, maior fiscalização nos locais de trabalho com investimentos nas superintendências regionais e priorização dos jovens resgatados do trabalho escravo, ou precário, na inserção em políticas públicas de formação, geração de renda, trabalho.

Já no Ministério da Educação, que cuida de uma das principais demandas dos jovens rurais que é o acesso a educação pública, gratuita e de qualidade, os manifestantes reivindicaram a consolidação de uma Política Nacional de Educação no Campo que considere as especifidades do campo, ampliação e fortalecimento do Programa Nacional de Educação em Assentamentos da Reforma Agrária, consolidação do Programa Saberes da Terra, criação de políticas de Bolsas de Estudos para jovens rurais, garantia da criação de escolas Famílias Agrícolas nas áreas que não existem e colaborar na manunetenção das que já existem, ampliação do Orçamento Público, fortalecimento dos comitês da Educação do Campo através de ações e acompanhamentos prioritários do MEC.

Por William Pedreira.

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