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A porta que traz segurança nos bancos

Nas instituições financeiras, diante da onda de assaltos e seqüestros e da necessidade de eliminar riscos, bancários e vigilantes têm procurado soluções. A lei federal n° 7.102/83, que trata da segurança nos estabelecimentos bancários e que vários bancos vêm descumprindo, precisa ser atualizada para que haja um ambiente seguro e agradável.

Uma das medidas que os trabalhadores defendem é a instalação da porta individualizada de segurança com detectores de metais em todos os acessos destinados ao público. Trata-se de um equipamento já implantado em diversos países, com bons resultados, aumentando a segurança e contribuindo para evitar ataques de quadrilhas.

Tal porta contribuiu na redução dos assaltos a bancos desde que foi implantada. Dados da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) mostram que em 2000 aconteceram 1.901 roubos em todo país, que caíram para 430 em 2009. Esses números ainda preocupam e revelam a necessidade de ampliar medidas de prevenção.

Desta forma, é inconcebível a remoção das portas giratórias, que foi anunciada recentemente pelo Itaú Unibanco, que pretende retirar esse equipamento em até 70% das cerca de 5 mil agências, mantendo-a somente em praças onde há legislação e em regiões mais perigosas ou próximas de rotas de fuga.

A intenção do banco é que as agências ganhem cada vez mais ares de loja, de vitrine. A retirada das portas seria compensada com novo sistema de cofre. O banco deveria saber que possui a mercadoria mais cobiçada na face da terra. O que deve ser feito é a melhoria das instalações de segurança, além de contratar mais funcionários e praticar a venda responsável de produtos.

Nada justifica a retirada das portas giratórias, que precisam ser colocadas antes da sala de autoatendimento das agências. Conforme dados do Banco Central, 29% das transações ocorrem hoje nos caixas eletrônicos. Essa parte da agência não pode ficar desprotegida. A Polícia Federal já obriga a presença de um vigilante armado nesse espaço. Além disso, equipamentos de prevenção devem ser instalados em lotéricas, cooperativas de crédito, agências do banco postal e correspondentes bancários, onde hoje não têm segurança.

Conforme a legislação federal, os bancos devem ter vigilantes armados, alarme operante e outro equipamento. Além dessas portas, são importantes as câmeras de filmagem com monitoramento em tempo real, vidros blindados nas fachadas e divisórias individualizadas na bateria de caixas e nos caixas eletrônicos. Tais procedimentos são também fundamentais para combater o crime de “saidinha de banco”.

Os bancos lucraram R$ 37,4 bilhões no ano passado. Dados do Banco Central revelam que hoje 31% das operações são realizadas pela internet, reduzindo ainda mais os seus custos. Parte desses ganhos precisa ser repassada para a melhoria da segurança, a geração de empregos, a redução de juros e tarifas e a valorização dos trabalhadores, como forma de responsabilidade social.

A porta giratória não é um equipamento para barrar clientes e usuários, mas sim um instrumento para trazer segurança. No primeiro semestre deste ano, 11 pessoas morreram em ataques a bancos no País. O maior patrimônio que existe é a vida das pessoas e ela precisa ser colocada em primeiro lugar.

Por Carlos Cordeiro, que é trabalhador bancário e presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

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Este artigo foi publicado no jornal Correio da Paraíba e contou com a seguinte apresentação:

O jornal Correio da Paraíba publicou na edição de domingo, dia 1º de agosto, o artigo do presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, sob o título “A porta que traz segurança nos bancos”. O texto defende a instalação do equipamento em todos os acessos destinados ao público nas instituições financeiras, como forma de proteger a vida de bancários, vigilantes e clientes.

O dirigente sindical destaca que “a porta giratória não é um equipamento para barrar clientes e usuários, mas sim um instrumento para trazer segurança”. Carlos Cordeiro denuncia que no primeiro semestre deste ano 11 pessoas foram mortas no país em função de ataques a bancos. Para ele, “o maior patrimônio que existe é a vida das pessoas e ela precisa ser colocada em primeiro lugar”.

Fonte: Contraf-CUT com Correio da Paraíba.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.contrafcut.org.br.

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