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Banco quer prender dirigente sindical; episódio envolve o banco Itaú Unibanco em Brasília

Itaú Unibanco pede prisão do presidente do Sindicato para tentar enfraquecer greve

No nono dia da histórica greve dos bancários – que já é a maior dos últimos 20 anos – o Itaú Unibanco se utiliza de uma liminar judicial que pede a prisão do presidente do Sindicato, Rodrigo Britto, para tentar coibir a paralisação da categoria em Brasília. O instrumento jurídico impetrado pelo banco, antissindical e comum na época da ditadura militar (1964-1985), é amparado sob o inverídico argumento de que os trabalhadores estariam impedindo a entrada dos clientes e usuários nas agências da instituição financeira.

Além do mandado de prisão, emitido nesta quinta-feira (7), o Itaú Unibanco ameaça o Sindicato com uma multa diária por unidade fechada durante a greve. O direito de greve é assegurado legalmente na Constituição Federal ao trabalhador, a quem compete decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. “Não vamos baixar a cabeça para banco nenhum, principalmente para o Itaú Unibanco, que há anos vem se utilizando dos interditos proibitórios para enfraquecer a greve e forçar os bancários a trabalharem durante o movimento. Esse mandado de prisão dá mais ânimo e força para nossa greve”, afirma Rodrigo Britto.

O Sindicato informa ainda que os comitês de esclarecimentos estão presentes nas agências do Itaú Unibanco onde os bancários são favoráveis ao movimento grevista. “Não impedimos a abertura de unidades. Apenas esclarecemos os colegas sobre a importância da adesão à greve. Também pedimos a compreensão da clientela e informamos as alternativas para a utilização dos serviços bancários”, diz Sandro Oliveira, diretor do Sindicato e funcionário do Itaú Unibanco.

Força à greve

Diante da liminar, os bancários de Brasília estão convocados a reforçar ainda mais a greve em todos os bancos, públicos e privados. No Distrito Federal, mais de 70% das agências e PABs já aderiram ao movimento. A paralisação também segue forte e crescente nos prédios administrativos. Nesta quinta, os trabalhadores do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) aderiram em peso à greve. “É importante a participação de todos para o sucesso da greve”, exorta Rodrigo Britto.

Rodrigo Couto
Do Seeb Brasília

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Ato contra exploração e truculência do Bradesco marca décimo dia da greve

Os moradores e trabalhadores do centro de Taguatinga participaram nesta sexta-feira (8) de atividade promovida pelo Sindicato em frente à agência do Bradesco durante a qual foi servido um almoço em protesto contra a exploração e a truculência do Bradesco. A atividade demonstrou o descontentamento generalizado da categoria com a falta de proposta dos bancos e marcou o décimo dia de greve. Na ocasião, os dirigentes sindicais lembraram aos clientes sobre as enormes filas, juros e taxas exorbitantes cobradas pelo Bradesco e pelos outros bancos.

O ato também contou com a paralisação da agência até as 13h. “A população comeu com a gente o arroz carreteiro e se informou sobre os juros e taxas exorbitantes praticadas pelo banco. Os clientes e usuários têm que saber que aquele ‘Bradesco Presença’ das propagandas é mentira. A verdade é que os banqueiros abusam da população e agem com truculência com os bancários no seu legítimo exercício de greve, recorrendo inclusive à força policial”, frisa Garcia Rocha, diretor do Sindicato.

A manifestação teve transmissão ao vivo de uma rádio da cidade falando das reivindicações dos bancários e convidando a população para participar do almoço.

Imagem negativa

Além do Bradesco possuir um histórico negativo de violência contra os bancários que participam das greves, levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revela o quanto a instituição financeira explora clientes e usuários. Os dados mostram, por exemplo, que o banco arrecadou mais de R$ 11 milhões em 2009 apenas com a receita de prestação de serviços cobrados da clientela. Isso significa que somente com a cobrança desse serviço o banco já consegue pagar todos os seus funcionários e ainda sobra dinheiro.

Além disso, em junho de 2010 o Bradesco foi o terceiro banco com maior número de reclamações dos clientes, segundo o Instituto de Defesa do Consumidor.

A greve é 10

Os bancários entraram nesta sexta-feira (8) em seu décimo dia de greve nacional. Em Brasília, a mobilização permanece intensa, com cerca de 80% das agências e postos de atendimento parados. Nos prédios administrativos a greve também segue intensa.

“Nossa greve é 10. A disposição dos bancários na paralisação fez a diferença. A maior prova é que a Fenaban chamou o Comando Nacional dos Bancários para uma negociação neste sábado, em São Paulo”, afirma Rodrigo Britto, presidente do Sindicato.

Thaís Rohrer e André Shalders
Do Seeb Brasília

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.bancariosdf.com.br.

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Santander Real tenta impedir entrada de sindicalistas na agência Rio Branco

Banco fere direito “de ir e vir” dos bancários, contradizendo seus próprios argumentos utilizados nos interditos proibitórios

Ao entregar o novo crachá funcional aos seus funcionários, o Santander Real enviou material publicitário com o seguinte slogan: “todas as portas do Santander estão abertas para você. Com o crachá que está recebendo você vai ter acesso fácil a todos os prédios administrativos do banco”. Entretanto, na prática, a história é outra. Durante a greve na última sexta-feira (8), o banco, através de seus seguranças, tentou impedir a entrada de sindicalistas na agência Rio Branco, no Centro, inclusive de dirigentes que trabalham na unidade e portavam o crachá da empresa. O Sindicato ligou imediatamente para a Polícia Militar para garantir o direito dos bancários.

“Na quarta-feira (6), o advogado do banco veio com argumento de que nós, sindicalistas, estávamos impedindo os funcionários de entrarem na agência, infringindo o ‘direito de ir e vir’, mesmo discurso usado nos interditos proibitórios. Agora que queremos exercer nosso direito constitucional de dialogar com os funcionários sobre a importância de nossa greve o banco impede nossa entrada. São os banqueiros que atropelam as leis e ferem os nossos direitos”, critica a diretora do Sindicato Fátima Guimarães.

A diretora da Federação dos Bancários RJ/ES Luiza Maria ficou indignada com a postura do Santander Real. “Eu me senti discriminada e humilhada pelo banco enquanto funcionária, dirigente sindical e cidadã”, disse.

Registro policial

Ao chegar ao local e após ouvir os bancários, os policiais quiseram saber de quem foi a ordem para barrar os sindicalistas. A gerente do banco, Márcia Oliveira, alegou que a ordem teria sido dada na quarta-feira (6), à noite, pelo responsável do setor de relações trabalhistas e sindicais da empresa, Alberto Camacho. Segundo Fátima Guimarães, a decisão de barrar os sindicalistas foi uma retaliação do banco às denúncias feitas pelo Sindicato sobre as práticas anti-sindicais da direção da empresa. “Eles não se conformam com matéria publicada no Jornal Bancário da última quinta-feira (7), em que denunciamos o superintendente da Área Operacional do banco, Luiz Carlos de Freitas, que arrombou a porta do prédio vizinho ao Santander para furar a greve”, afirma a sindicalista.

O comando do 13º Batalhão da Polícia Militar entrou em contato, pelo rádio, com os sindicalistas para saber detalhes do problema. O policial preencheu o Talão de Registro de Ocorrência (TRO). Os bancos ferem os artigos 543 e 513 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e o artigo 8º da Constituição Federal, que prevêem os direitos dos sindicalistas, entre os quais, o de que eles não poderão “ser impedidos do exercício de suas funções e nem impossibilitados de desempenhar suas atribuições sindicais”.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.bancariosrio.org.br.

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