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Saúde abre consulta pública para atualizar diagnóstico e tratamento do acidente vascular cerebral

Brasília – O Ministério da Saúde abriu discussão para atualizar o diagnóstico e o tratamento de pacientes acometidos por acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame. O governo colocou hoje (29) em consulta pública proposta com orientações aos profissionais de saúde para o diagnóstico, tratamento e assistência aos pacientes com a doença. O objetivo é reduzir o número de mortes e sequelas. A iniciativa marca o Dia Mundial de Combate ao AVC.

O acidente vascular cerebral é a segunda maior causa de morte e a principal causa de incapacidade no mundo. De 2005 a 2009, foram registradas, por ano, cerca de 170 mil internações por AVC, com base em dados do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 17% dos casos, o paciente morreu. Cerca de 25% dos pacientes com AVC morrem depois de um mês, 60% após seis meses e metade deles depois de um ano.

No documento, o ministério propõe que seja usado o medicamento Alteplase por ele reduzir em 30% as chances de sequelas se aplicado quatro horas após os primeiros sintomas de AVC. O remédio age na dissolução dos coágulos responsáveis por obstruir o fluxo sanguíneo no cérebro.

A população pode enviar as sugestões à consulta pública do Ministério da Saúde sobre o tratamento do AVC para o e-mail pcdt.consulta2010@saude.gov.br. A consulta ficará aberta por 30 dias.

O AVC é causado pela interrupção brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral provocada por um coágulo, denominado isquêmico, ou o rompimento de um vaso sanguíneo provocando sangramento no cérebro, chamado hemorrágico. O AVC isquêmico é o mais comum, representando mais de 80% dos casos da doença.

Os sintomas de um AVC são fraqueza ou dormência súbita em um lado do corpo, dificuldade para falar, entender o interlocutor ou enxergar, tontura repentina e dor de cabeça muito forte sem motivo aparente. Os fatores que aumentam as chances de ocorrer um AVC são: hipertensão, diabetes, fumo, álcool, alta taxa de colesterol e sedentarismo. A doença atinge principalmente idosos com mais de 60 anos de idade, porém há registros de ocorrências em jovens e recém-nascidos.

Segundo os especialistas, é possível prevenir a doença com hábitos saudáveis no decorrer da vida, como prática de exercícios. No entanto, eles alertam que a maioria dos brasileiros ainda desconhece os sintomas do AVC e não procura o atendimento médico de emergência.

Por Carolina Pimentel – Repórter da Agência Brasil. Edição: Lana Cristina.

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Maioria dos brasileiros desconhece sintomas do AVC, alertam especialistas

Brasília – A cada cinco minutos, um brasileiro morre por causa de um acidente vascular cerebral (AVC), segundo dados da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), com base em informações do Ministério da Saúde. São quase 100 mil mortes por ano no Brasil. Hoje (29), no Dia Mundial de Combate ao AVC, especialistas alertam que a maioria dos brasileiros desconhece os sintomas da doença e não procura o médico.

Na maioria dos casos, o AVC, popularmente chamado de derrame, é causado pelo entupimento de uma artéria cerebral por um coágulo, impedindo o sangue de chegar a outras áreas do cérebro. “As pessoas esperam se vão melhorar e não procuram a emergência”, alerta a integrante do Departamento de Doenças Cerebrovasculares da ABN, Sheila Martins.

Em 2008, uma pesquisa do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), perguntou a 800 pessoas nas ruas das cidades de Ribeirão Preto, São Paulo, Salvador e Fortaleza quais os sintomas do AVC. Somente 15,6% dos entrevistados sabiam o significado da sigla. Ainda segundo a pesquisa, a maioria dos entrevistados confundiu a doença com paralisia, congestão, trombose ou nervosismo. Os sintomas de um AVC são fraqueza ou dormência súbita em um lado do corpo, dificuldade para falar, entender ou enxergar, tontura repentina e dor de cabeça muito forte sem motivo aparente.

Para o neurologista e coordenador da pesquisa, Octávio Marques Pontes, o brasileiro não encara o AVC como uma doença que necessita de imediato atendimento médico, porque acha que não existe tratamento. “A doença está presente na vida das pessoas, mas a maioria vê como sem tratamento”, disse. Pontes informou que, desde 2001, está disponível na rede pública e privada o tratamento trombolítico, que consiste na aplicação de remédios para desobstruir a artéria e restabelecer o fluxo sanguíneo, considerado o método mais eficaz.

A recomendação é que o paciente inicie o tratamento cinco horas após o aparecimento dos primeiros sintomas. O atendimento rápido aumenta em 30% as chances de sobrevivência, segundo Pontes. Um levantamento da Associção Internacional de AVC (ISS,em inglês) constatou que 15% dos pacientes que tiveram um acidente vascular cerebral podem morrer ou sofrer novo problema no prazo de um ano.

Os especialistas alertam ainda que é possível prevenir o acidente vascular, desde que sejam adotados cuidados no decorrer da vida – entre eles praticar exercícios físicos, ter alimentação saudável e evitar o fumo, o consumo de álcool, além de ficar em alerta com as taxas de pressão e do colesterol. A doença incide na população com mais de 65 anos, mas pode ocorrer em jovens e até recém-nascidos.

Além da prevenção, os médicos apontam a necessidade de ampliar a rede com tratamento específico para o AVC. Atualmente, 62 hospitais públicos e privados oferecem o tratamento adequado, contra 35 em 2008, segundo a neurologista Sheila Martins. “Temos ainda muito a fazer”, alertou.

Em um ranking nacional feito pela neurologista, o Rio Grande do Sul aparece com a maior taxa de mortalidade por AVC no país – 75 mortes por 100 mil habitantes. Em segundo lugar está o Rio de Janeiro, com 68 mortes por 100 mil habitantes, seguido pelo Piauí, por Pernambuco e pelo Paraná. O cálculo é baseado em estatísticas do Ministério da Saúde de 2007.

A Organização Mundial de AVC estima que uma em cada seis pessoas no mundo terá um acidente vascular cerebral na vida.

Por Carolina Pimentel – Repórter da Agência Brasil. Edição: Graça Adjuto.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br.

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