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Trabalhadores brasileiros vão às urnas para País continuar mudando; neste domingo é dia de votar 13

Para presidente da CUT, processo democrático é irreversível, mas avanços dependem da eleição de um governo progressista

Os brasileiros e brasileiras com 16 anos, que optaram por tirar o título de eleitor e votar pela primeira vez em 2010, eram recém-nascidos em 1994, quando o Brasil passava pela segunda eleição direta para presidente da república após a redemocratização.

Do golpe militar, em 1964, até 1989, quando um operário chamado Luís Inácio Lula da Silva disputou pela primeira vez o cargo mais importante do executivo, muitos morreram para que pudéssemos exercer esse direito.

Diante do Estado repressor que censurava, perseguia e assassinava, os movimentos sociais resolveram inicar a luta por liberdade de expressão, ousadia que resultou no surgimento de organizações como a Central Única dos Trabalhadores.

Esse breve histórico demonstra a importância do voto consciente. Para o presidente da CUT, Artur Henrique, além de consolidar a democracia, no próximo domingo os brasileiros terão a oportunidade de escolher quem melhor representa a continuidade das mudanças sociais iniciadas pelo governo Lula nos últimos oito anos.

Em entrevista ao Portal da CUT, o dirigente destaca ainda a urgências de promovermos reformas como a política e a sindical no próximo governo e não deixa dúvidas: seja quem for escolhido, no início de 2011 a central estará em Brasília para cobrar a implementação da Plataforma da Classe Trabalhadora (clique aqui para ler).

Portal da CUT – Após a redemocratização no Brasil, esta é a sexta eleição com voto direto para presidente. A democracia já está consolidada no Brasil?

Artur Henrique – Acredito que sim, apesar de achar que precisamos avançar muito para fortalecer a participação social. Do ponto de vista daquilo que é mais importante, a possibilidade do povo votar nos seus representantes, isso não tem mais volta. Agora, precisamos atuar em outras frentes como a participação política do cidadão por meio da democracia direta e a democratização dos meios de comunicação.

Falando nisso, tivemos dois casos emblemáticos de censura recentemente, um sobre a Revista do Brasil, outro sobre o Jornal da CUT de outubro. Qual sua avaliação sobre isso?

Artur – É uma hipocrisia você manter uma revista como a Veja, que toma posição por um candidato e pode fazer isso tranquilamente toda semana, e a Revista do Brasil não pode circular, mesmo a matéria de dentro não tendo absolutamente nada a ver com o debate político partidário ou chamando voto. Fazia a comparação entre um governo e outro. Temos que definir qual é o papel da imprensa e trabalhar para que tenhamos liberdade de expressão, mas, ao mesmo tempo, a garantia de espaço para todos aqueles que querem se manifestar. Não dá para concentrar veículos de comunicação na mão de meia dúzia de poderosos que querem controlar tudo que a população ouve, vê e lê. Temos que priorizar esse debate no próximo período, só tivemos a primeira conferência de comunicação depois de sete anos de governo Lula, o que demonstra a necessidade de pressionarmos muito quem for eleito para a presidência.

O que avançou no governo Lula e o que precisa melhorar?

Artur – Podemos fazer um balanço muito positivo quando falamos da questão social. Tivemos o fortalecimento do mercado interno e a geração recorde de emprego e transferência de renda. Tudo isso foi motivado por polícias públicas e sociais que tiraram 30 milhões de brasileiros e brasileiras da pobreza e colocaram como meta para 2014 erradicar a miséria no País. Outros fatores fundamentais foram a a política de valorização do salário mínimo, negociada entre centrais sindicais e governo, a mudança na tabela no Imposto de Renda e o crédito consignado, importantes também para sairmos rapidamente da crise mundial financeira em 2009. Para o próximo período, as principais tarefas são a implementação da agenda do trabalho decente e discutir as reformas política e, tributária, além de continuar o debate sobre a reforma sindical, que permitirá garantir a organização no local de trabalho, o fim de leis e práticas antissindicais e a mudança no financiamento do movimento sindical.

A partir da eleição da próxima presidente, qual será a primeira ação da CUT?

Artur – Independente de quem seja eleito, dia 2 de janeiro estaremos cobrando a implementação da Plataforma da Classe Trabalhadora, aprovada por todos os dirigentes sindicais, sindicatos e entregue aos candidatos, sabendo que nós queremos colocar em práticas essas propostas que significam o aprofundamento das mudanças iniciadas no governo Lula.

Qual a manchete que você gostaria de ver estampada nos jornais desta segunda-feira?

Artur – Primeira mulher eleita presidente no Brasil irá erradicar a miséria até 2014.

Para ler a Plataforma da Classe Trabalhadora, acesse o endereço eletrônico http://www.cut.org.br/sistema/ck/files/agenda-da-classe-trabalhadora-1-de-junho.pdf

Por Luiz Carvalho.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cut.org.br.

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