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Beto Richa diz que não será oposição

Governador eleito no Paraná pelo PSDB afirma que não fará oposição ao governo da presidente eleita

Na primeira entrevista coletiva após o segundo turno da eleição presidencial, o governador eleito Beto Richa (PSDB), afirmou que não fará oposição ao governo da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT). Richa disse respeitar o resultado das urnas e esperar que o novo governo federal mantenha com o Estado a boa relação que tinha com ele quando era prefeito de Curitiba. “Não faço oposição. Meu partido faz oposição no Congresso Nacional, que é o local adequado para esse tipo de posicionamento. Papel do Executivo é governar e buscar parcerias com outras esferas de governo”, justificou.

“Espero que eles mantenham a coerência e que aja grandeza para que o Paraná não seja prejudicado”, disse, explicando que em seu plano de governo, diversas ações estão ligadas ao auxílio do governo federal. “Tentaremos garantir o crescimento do Estado. Muitas coisas dependem de parcerias, principalmente as obras em infraestrutura”, admitiu. Richa ainda criticou a situação dos aeroportos paranaenses e disse esperar que a “relação republicana” seja mantida para melhorias nos portos, aeroportos e rodovias.

O governador eleito garantiu também que tentará manter a melhor relação com os dois senadores eleitos da oposição, Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião, e com Alvaro Dias (PSDB), que apesar de ser do mesmo partido, apoiou o irmão, Osmar Dias (PDT) no primeiro turno eleição da governo do Estado. “Espero que os senadores tenham a mesma visão, mas caso não ocorra, tenho boa relação com senadores de outros estados e partidos, como o Delcídio Amaral do PT de Mato Grosso”.

Erros e acertos – Richa também aproveitou para analisar a campanha eleitoral do candidato derrotado José Serra (PSDB), que venceu no Paraná. Disse que depois da sua eleição, quando pôde se dedicar exclusivamente a campanha de Serra, sentiu um grande apoio da população paranaense. “Eu senti o clima nas ruas, o entusiasmo aqui era muito grande. Acreditei que a diferença ia ampliar aqui. Pedi votos até para prefeitos que não me apoiaram no primeiro turno”, contou.

O tucano comemorou o bom resultado no Paraná, onde Serra bateu Dilma com 55% a 44%. “É um bom número. Nós conseguimos mais que dobrar a votação do primeiro para o segundo turno. Fico agradecido aos paranaenses”, disse. Nos números finais, José Serra fez 3.226.216 votos no segundo turno. Ao todo, Serra teve um aumento de 618.552 votos. Já Dilma, que havia feito 2.311.239 votos no primeiro turno, aumentou seus votos para 2.593.086. Em Curitiba, cidade em que Beto Richa foi prefeito por um pouco mais de cinco anos, Serra fez 63% dos votos válidos.

Indecisão — Para ele, a indecisão do PSDB de definir o candidato não influenciou tanto na derrota. Richa avaliou que em alguns momentos faltou objetividade na campanha. “A sociedade brasileira não entendeu bem as propostas do Serra. Sabíamos que seria uma campanha muito difícil diante da popularidade do Lula”, disse.

O tucano também admitiu que agora o partido tem que começar a repensar o modo de fazer oposição e se organizar para 2014. Sobre o futuro, o governador eleito disse que o PSDB tem bons nomes para a próxima disputa presidencial, como Aécio Neves, eleito senador em Minas Gerais, Geraldo Alckmin, eleito governador em São Paulo, e o próprio José Serra. Dizendo ser um “soldado do partido”, Richa negou ser um dos nomes para 2014. “Eu não, o Paraná é um Estado com densidade eleitoral menor do que Minas Gerais e São Paulo”, alegou.

31/10/10 às 23:39 | Caio Augusto

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.bemparana.com.br.

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Pessuti contesta acusações e defende liberdade para continuar seu Governo – 29/10/2010 19:10

O governador Orlando Pessuti disse nesta sexta-feira (29), em entrevista a Rádio CBN, que não pretende invadir o período em que Beto Richa assumir o governo do Paraná e que, por isso, não permitirá que o governador eleito e seus assessores ditem o que deve fazer nesses meses em que permanece à frente do governo do Estado.

“Tenho que ter um mínimo de liberdade para poder continuar governando o Estado do Paraná. Vou continuar governando com o respeito que merece o futuro governador, mesmo que não tenhamos sido companheiros de uma campanha eleitoral, mas tenho por ele amizade e respeito”, afirmou Pessuti ao rebater as críticas feitas por deputados oposicionistas contrários à criação da Defensoria Pública, bem como ao BOPE – Batalhão de Operações Policiais Especiais, e ao Grupamento Aéreo da Policia Militar.

Pessuti disse que “Beto Richa e o vice-governador eleito, Flávio Arns, podem ter certeza absoluta de que vão receber, em janeiro de 2011, um governo melhor estruturado e arrumado, tanto no aspecto financeiro quanto administrativo, do que o governo que eu e o Requião recebemos do Jaime Lerner, em janeiro de 2003. Tenham certeza absoluta que Orlando Pessuti, nos dois meses que ainda faltam, trabalhará dia e noite para organizar o Estado para que o Beto tenha todas as condições de realizar um bom governo”.

O governador negou que o processo de transição, que será instalado oficialmente no próximo dia 3, vive um período de crise, justamente em função das críticas feitas por pessoas ligadas ao futuro governador. “Não vejo crise ou qualquer outro problema no processo de transição, que será feito num ambiente de paz e tranquilidade. Portanto, qualquer afirmação que esteja sendo feita neste sentido por pessoas ligadas ao futuro governador é extemporânea, porque vai muito bem o processo de transição, mesmo que não tenha sido instalado oficialmente”.

TRANSIÇÃO – Sobre a queixa de que o processo de transição estaria atrasado, Pessuti revelou que propôs ao governador eleito iniciar os entendimentos depois do segundo turno da eleição presidencial para não politizar o assunto. “Estamos em meio a um processo eleitoral. O nosso grupo político tem uma candidata, que é a Dilma Rousseff, e o futuro governador tem um outro candidato: o José Serra. Ainda há pouco ouvi alguém dizer que iria fazer um pedido de proteção policial para a caminhada que o Serra pretende fazer. De minha parte, posso dizer que sou amigo do Beto Richa desde 1966 quando ia à casa de seu pai, José Richa, em Londrina. Ele sabe que temos um estilo totalmente diferente de fazer política em relação ao nosso antecessor, porque procuramos através do diálogo e do entendimento de conduzir as questões. Tanto que fizemos uma reunião e convidamos todos os deputados da atual legislatura para verificar o andamento das votações”.

Pessuti garantiu ainda que todos os pedidos de informação feitos pela equipe de transição de Beto Richa foram atendidos. “Até mesmo de pessoas que não integram a equipe de transição, mas que tem procurado as secretarias de Estado em busca de informações; temos atendidos a todos. Nenhuma pessoa que se apresentou em nome do futuro governador deixou de ser atendida. A transição não atrasou. O que ajustamos no dia em que o governador eleito esteve aqui, no Palácio das Araucárias, foi que os trabalhos seriam oficialmente iniciados no dia 3. Aquilo que combinados será cumprido. Ele concordou. Assim, a partir do momento que concordou, está combinado e, se está combinado, não deve ser cobrado. Não estamos atrasando nada. Vamos começar a transição na data combinada”.

CONTRATO COM A CAIXA – Para Pessuti, algumas críticas são feitas sem nenhum conhecimento dos fatos. É o caso do deputado Ademar Traiano, que criticou o governo pela renovação do contrato com a Caixa Econômica Federal e a ParanaPrevidência. “Não assinamos contrato nenhum com a Caixa. Estamos em processo de conversação com a Caixa, que é nossa parceira na construção de casas, na implantação do PAC da Habitação no Paraná e na cidade de Curitiba e nas obras de saneamento. A Caixa está nos procurando porque tem interesse na renovação do contrato que mantém com a ParanaPrevidência, para continuar cuidando de suas contas”.

“Portanto, não há o que criticar. Quer dizer que como governador não posso conversar com a presidente da Caixa? Não posso discutir um contrato que temos de parceria com representantes do banco? Lógico que posso, sou governador eleito como vice-governador e, com a renúncia do governador Requião, assumi o cargo em sua plenitude, até 31 de dezembro de 2010. Assim, sou responsável por todos os atos do governo do Estado neste período. Se não for feito o pagamento dos servidores, de quem vão cobrar? Do futuro governador ou do atual governador? Isto vale para as demais coisas em discussão no momento”, destacou.

DEFENSORIA PÚBLICA – Em relação ao projeto de criação da Defensoria Publica, Pessuti nega que esteja criando uma despesa acima da prevista como alega a oposição. “O tamanho da Defensoria, no período de 2011 a 2014, para o qual o Beto Richa foi eleito governador, será aquele que ele estabelecer. Estamos propondo apenas criar a Defensoria este ano.

Não vejo que, ao propor a criação da Defensoria Pública, estamos nos precipitando. É um compromisso que está na Constituição estadual de 1989. Eu era deputado estadual e ajudei a fazer a Constituição. Quando assumi a presidência da Assembléia em 1983, com o então governador Mario Pereira, iniciamos o processo de criação da Defensoria. Eu disse a todos que, ao assumir o governo, que enviaria o projeto à Assembleia Legislativa. Portanto, aquilo que o Requião não fez em 7 anos e o Lerner em oito, estamos fazendo agora, porque é um compromisso que temos. Agora, se os deputados estaduais entenderem que não devem votar o projeto, cabe a eles decidir. A mim, quando governador, coube enviar o projeto. A defensoria está prevista inclusive no orçamento do Estado”.

Em sua opinião, os deputados contrários à criação da Defensoria Publica deveriam ter se manifestado antes do processo eleitoral. O mesmo deveria ser feito por aqueles que criticam a criação do Grupamento Aéreo da Policia Militar e o Bope. “Em relação ao Grupamento Aéreo, estamos apenas oficializando aquilo que, na informalidade, já existe. O Grupamento possui três helicópteros e estamos providenciando a compra de uma quarta unidade. O Grupamento está em processo de implantação. Ele se implantará aos poucos, na medida das possibilidades financeiras do Estado do Paraná. Todos os deputados estaduais aprovaram a criação do Grupamento. Todos ficaram felizes com a aprovação. Assim, como ficaram felizes pela aprovação do Bope. O Paraná é um dos poucos estados que não possuía o Bope. Não estamos criando despesas adicionais nenhuma. Não estamos criando nenhum tipo de dificuldade para o futuro governador. Estamos criando o Bope em cima de uma estrutura já existente no “Choque”. Só que a partir da transformação dele em batalhão, vamos passar a estruturá-lo melhor, dentro de um ou dois anos, mesmo porque em 2013 teremos aqui em Curitiba os jogos da Copa das Confederações e, no ano seguinte, a Copa do Mundo. Vamos precisar, além do BOPE e do Grupamento Aéreo da Policia Militar, de um batalhão de eventos. Precisamos ter esta estrutura se quisermos fazer um bom trabalho na frente. Não há nada de exagero de nossa parte”.

Pessuti acredita que existe uma preocupação desnecessária por parte de companheiros do futuro governador Beto Richa. “Só para se ter uma idéia de nossa boa vontade, dias atrás vi num blog uma reclamação de que nos não deveríamos renovar o contrato para o fornecimento de refeições para os presos do Paraná, sob a alegação de que estaríamos entrando no período do novo governo. Agora, imagine se eu não renovasse o contrato e que no dia 1º de janeiro os 15 mil presos ficassem sem refeição. Eu com certeza seria criticado. Renovamos o contrato por um ano, com parecer favorável da Procuradoria e das Secretarias da Casa Civil, Planejamento, Fazenda e Justiça. Mas se o governador eleito, ao assumir, não quiser manter este contrato e só fazer a rescisão e uma nova licitação”.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.aenoticias.pr.gov.br.

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