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Dilma diz que Brasil vai atuar forte para frear especulações financeiras e proteger a moeda

Brasília – Em seu primeiro pronunciamento como presidente eleita, Dilma Rousseff, disse que o Brasil atuará de maneira forte nas instâncias internacionais para frear especulações financeiras e proteger a moeda brasileira. “É preciso, no plano multilateral, estabelecer regras mais claras e mais cuidadosas para a retomada dos mercados de financiamento, limitando a alavancagem e a especulação desmedida, que aumentam a volatilidade dos capitais e das moedas”.

Dilma disse que não será uma tarefa fácil fazer com que o país continue crescendo a altas taxas e reconheceu a necessidade de “qualificar” o desenvolvimento econômico do Brasil. “Reconheço que teremos um duro trabalho para qualificar o nosso desenvolvimento econômico. Essa nova era de prosperidade criada pela genialidade do presidente Lula e pela força do povo e de nossos empreendedores encontra seu momento de maior potencial numa época em que a economia das grandes nações se encontra abalada”.

A presidente eleita deu sinais de que vai conduzir a economia do país voltada para o mercado interno. Ela avaliou que as condições externas ainda são adversas e que no curto prazo, não poderá contar com “pujança” das economias dos países desenvolvidos.

“No curto prazo, não contaremos com a pujança das economias desenvolvidas para impulsionar nosso crescimento. Por isso, se tornam ainda mais importantes nossas próprias políticas, nosso próprio mercado, nossa própria poupança e nossas próprias decisões econômicas”, disse a petista ao defender o que ela própria chamou de “nova era de prosperidade”.

A petista, no entanto, fez questão de rechaçar a ideia de que a fará um governo fechado para as grandes economias mundiais. “Longe de dizer, com isso, que pretendamos fechar o país ao mundo. Muito ao contrário, continuaremos propugnando pela ampla abertura das relações comerciais e pelo fim do protecionismo dos países ricos, que impede as nações pobres de realizar plenamente suas vocações”.

“Mas é preciso reconhecer que teremos grandes responsabilidades num mundo que enfrenta ainda os efeitos de uma crise financeira de grandes proporções e que se socorre de mecanismos nem sempre adequados, nem sempre equilibrados, para a retomada do crescimento”, disse a presidente eleita.

Outro ponto enfatizado por Dilma diz respeito à responsabilidade fiscal. No entanto, ela deixou claro que não aceitará ajustes que representem menos investimentos em programas sociais. “Faremos todos os esforços pela melhoria da qualidade do gasto público, pela simplificação e atenuação da tributação e pela qualificação dos serviços públicos. Mas recusamos as visões de ajustes que recaem sobre os programas sociais, os serviços essenciais à população e os necessários investimentos”.

“Cuidaremos de nossa economia com toda responsabilidade. O povo brasileiro não aceita mais a inflação como solução irresponsável para eventuais desequilíbrios. O povo brasileiro não aceita que governos gastem acima do que seja sustentável”.

A ideia de melhorar a qualidade do gasto pública, de acordo com a presidente eleita, passa pela adoção de critérios de méritos para as promoções na carreira pública. “Zelaremos pela meritocracia no funcionalismo e pela excelência do serviço público”.

Por Luciana Lima e Luana Lourenço – Repórteres da Agência Brasil. Edição: Rivadavia Severo.

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Educadora defende que Dilma combata o analfabetismo e universalize a educação básica

Rio de Janeiro – A especialista em educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Mirian Paura vê com grande expectativa a eleição de Dilma Rousseff para a Presidência da República. A pesquisadora acredita que o novo governo trará mudanças positivas para a educação brasileira.

Para garantir transformações efetivas no cenário educacional brasileiro, Mirian Paura defende que Dilma invista em questões como o combate ao analfabetismo e a universalização da educação básica, principalmente com o aumento de matrículas nos ensino médio.

“É preciso que haja alfabetização para todos e que o país tenha a oportunidade de ter todos os alunos nas escolas. Isso vai requerer um número maior de escolas e que essas escolas sejam um espaço que leve os alunos a uma formação devida”, disse.

A educadora também defende que se invista numa formação dos alunos voltada para a cidadania e a construção do sujeito. Outra necessidade do Brasil, segundo a especialista, é que haja um programa de formação continuada para os professores e que esses profissionais recebam salários dignos.

“Que eles tenham salários que representem e dignifiquem o seu trabalho. E também defendo um levantamento sobre a falta de professores, que está muito grande no Brasil.”

Segundo a especialista, Dilma também deveria fazer um levantamento em todas as unidades da Federação, para conhecer as principais demandas e necessidades de cada local. “Eu faria um levantamento para que tenhamos um diagnóstico, ou seja, se precisa fazer creche, se precisa de cotas etc., são muitos os problemas. Se ela não tiver uma organização das prioridades, não vai conseguir uma melhoria na educação do nosso país”, disse.

Por Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil. Edição: Juliana Andrade.

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CNBB cumprimenta Dilma e eleitos pela vitória e pede atenção às promessas de campanha

Brasília – A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota de saudação a todos políticos eleitos no primeiro e segundo turnos das eleições concluídas ontem (31) e cumprimentou “de maneira especial” Dilma Rousseff, candidata do PT eleita primeira presidente do país. A entidade espera dela e dos demais eleitos “fidelidade no cumprimento das promessas apresentadas durante a campanha eleitoral”.

“Pesa sobre os ombros de cada um dos eleitos a responsabilidade de corresponder plenamente às expectativas e à confiança, não só de seus eleitores, mas de toda a nação brasileira”, diz a carta da CNBB que pede “a intercessão de Nossa Senhora Aparecida para os que foram eleitos e para todo o povo brasileiro”.

No segundo turno das eleições, Dilma Rousseff assinou carta se comprometendo a garantir a liberdade de culto religioso e a não enviar ao Congresso Nacional projeto de lei para descriminalizar o aborto. A CNBB é historicamente contrária à descriminalização e foi uma das principais críticas à versão do terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3) que previa a medida.

Por Agência Brasil. Edição: Talita Cavalcante.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br.

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