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Conta eletrônica ameaça trabalho bancário

Bancos podem oferecer opção em que cliente não paga tarifa, mas tem de fazer serviço bancário

São Paulo – Os bancos, com a anuência do Conselho Monetário Nacional (CMN), caminham a passos largos na criação de canais que extinguem o trabalho do bancário. A partir dessa terça-feira 1º de março, está em vigor medida autorizada pelo CMN que permite às instituições financeiras oferecer aos clientes uma conta-corrente movimentada exclusivamente por meios eletrônicos (internet, caixa eletrônico e celular). Com isso, o cliente fica isento da cobrança de tarifas.

Em aviso divulgado em 28 de fevereiro, o Banco Central esclarece que a medida é mais uma alternativa com vistas a promover a inclusão financeira em todos os níveis, a chamada “bancarização”. De acordo com o BC, os bancos podem decidir se oferecem esse tipo de movimentação a seus clientes sem cobrança, mas admite a cobrança de tarifa de cadastro para novos clientes.

“Mais uma vez, com a desculpa da bancarização, o BC autoriza uma medida que precariza o atendimento à população e o trabalho bancário. É a elitização do serviço para quem pode operar uma conta eletrônica”, afirma a secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas. “Os bancos têm condição de prestar bom atendimento, com agências e bancários a serviço dos clientes, mas economizam às custas dos cidadãos, com esse tipo de medida, como também acontece com os correspondentes bancários”, completa a dirigente, questionando a quem caberá a responsabilidade por qualquer furto virtual. “O banco vai se responsabilizar, como deveria, por eventuais problemas desses clientes que não pagam tarifa?”

Banco Postal – O Sindicato participou no dia 25 de fevereiro, de audiência pública, em Brasília, sobre a licitação do novo banco que estará responsável pelo Banco Postal, dos Correios. “Enfatizamos nossa preocupação com a bancarização em que não são levadas em conta questões como a segurança de clientes e funcionários, os direitos trabalhistas. Além disso, há a presença desses canais nos grandes centros e não onde são necessários, nas periferias das grandes cidades e nos rincões do país”, enfatiza Raquel, ressaltando que os bancos, com isso, transferem responsabilidades de serviços que deveriam prestar e economizam, enquanto veem seus lucros continuar crescendo.

Por Cláudia Motta – 01/03/2011

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.spbancarios.com.br

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