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Ampliação do Porto de Paranaguá é prioridade para o Estado e a União

Os projetos de ampliação e modernização do Porto de Paranaguá estão sendo tratados como prioridade em âmbito federal e estadual. Apresentado em Brasília ao ministro de portos, Leônidas Cristino, e ao ministro das comunicações, Paulo Bernardo, o projeto está sendo discutido como prioridade para o Paraná.

“Tivemos uma boa receptividade em Brasília e agora estamos trabalhando no desenvolvimento dos projetos. Em quatro anos teremos um Porto de Paranaguá transformado e mais moderno”, disse o superintendente da Appa, Airton Vidal Maron.

Para o secretário Jose Richa Filho, o estreitamento do diálogo com o governo federal é importante para a busca de recursos e também para a resolução de questões ambientais, como a obtenção das licenças ambientais necessárias para a realização das dragagens de manutenção e aprofundamento do Canal da Galheta.

“Precisamos recuperar o tempo perdido e recolocar os portos de Paranaguá e Antonina no caminho do desenvolvimento e da eficiência”, disse.

Os projetos de ampliação somam investimentos na ordem de R$ 1,1 bilhão. Com isso, o porto passará de 20 para 32 berços de atracação, permitindo aumentar a capacidade de movimentação de cargas da Appa em até 60%, passando dos atuais 38 milhões de toneladas/ano para 60 milhões de toneladas/ano. “Esta é uma obra para ser concluída em até quatro anos. Já estamos em fase de contratação e elaboração dos projetos básicos”, disse.

Boa parte das obras será paga com recursos próprios da Appa – com a receita gerada pelas tarifas portuárias arrecadadas pelos portos. Outra parte será custeada com recursos federais que ainda dependem de negociação.

DRAGAGENS – A dragagem emergencial de manutenção dos berços de atracação foi realizada em fevereiro e já está impactando nas operações, uma vez que os navios que carregam em Paranaguá estão saindo com carga plena. Isso graças à campanha de dragagem de manutenção dos berços de atracação. Ela custou R$ 2,5 milhões e foi paga com recursos próprios.

A próxima campanha a ser realizada é a dragagem de manutenção do Canal da Galheta e da bacia de evolução. A intenção é que a obra seja iniciada em julho deste ano e deve custar cerca de R$ 100 milhões, a serem pagos com recursos do caixa da Appa.

Com a obtenção de todas as licenças necessárias, a expectativa da Appa é iniciar imediatamente após a dragagem de manutenção, a campanha de dragagem de aprofundamento. Esta, que ainda não tem custo final estimado, será paga em partes com verbas do Governo Federal, que destinará R$ 53 milhões à Appa, através de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Conheça os projetos da ampliação dos Portos Paranaenses

Novos projetos

Reestruturação do Corredor de exportação

Construção de um sistema de píers para a atracação de quatro navios – maiores dos que os que atualmente embarcam no Porto – formando um “T” perpendicular ao atual cais. Com isso, o corredor de exportação passará a ter uma capacidade de embarque de 16 mil toneladas/hora e o Porto ganhará três berços para a movimentação de outras cargas, já que os seis shiploaders existentes serão removidos.

Corredor de exportação de granéis sólidos oeste

Na parte oeste do cais comercial será construído mais um sistema de piers para granéis, sendo este em forma de “F” perpendicular ao atual cais, com capacidade para atracação de quatro navios.

Substituição dos armazéns horizontais do Corredor de Exportação

S substituição de quatro armazéns de carga geral que existem hoje no cais de Porto de Paranaguá e juntos somam capacidade estática de 54 mil toneladas. A obra de modernização prevê a construção, na mesma área, de dois armazéns graneleiros com capacidade estática de 195 mil toneladas e rendimento operacional de duas mil toneladas por hora.

Ampliação do cais de inflamáveis com dois berços

O cais de inflamáveis também será ampliado com um píer de 300 metros de comprimento que abrigará dois berços de atracação e será ligado ao atual cais por uma ponte de acesso de 250 metros.

Novo berço e pátio para terminal de contêineres

O projeto de expansão também contempla a construção de um berço complementar – na parte leste do cais – para a movimentação de contêineres. Esta complementação será de 120 metros e contará com uma retroárea de 60 mil metros quadrados.

Novo berço para PCC e navios de passageiros com terminal

A face leste do cais do Porto de Paranaguá ganhará mais um berço – após o novo berço para navios de contêineres. Serão construídos 300 metros de cais para atracação compartilhada de navios de veículos e passageiros. Fora isso, a obra contempla uma retroárea de 30 mil metros quadrados para a construção de um receptivo para turistas.

Revitalização dos acessos ao Porto de Paranaguá

Implantação de duas vias marginais à BR 277, com o objetivo de organizar o fluxo de tráfego portuário e urbano.

Ampliação do Pátio de Triagem

Ampliação de aproximadamente 250 mil metros quadrados do atual Pátio de Triagem, de forma a abrigar mais mil caminhões.

Derrocagens submarinas

Derrocagens submarinas para a retirada de formações rochosas localizadas na transição do canal de acesso e a bacia de evolução do Porto de Paranaguá. Esta formação limita a profundidade do canal em aproximadamente 12 metros. Com a derrocagem, será possível ampliar a profundidade para 16 metros naquele trecho.

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Faturamento bruto da safra de 2010 deve atingir R$ 43 bilhões – 20/04/2011 17:00

O aumento de produção e a recuperação nos preços das comodities no mercado internacional refletiram positivamente na economia paranaense. O Valor Bruto da Produção (VBP), um dos índices que reflete a geração de renda na agropecuária aponta para um total de R$ 43 bilhões em 2010, o segundo melhor resultado dos últimos 10 anos e cerca de 10% maior em relação ao VBP anterior (2009) que atingiu R$ 39,3 milhões.

O VBP de 2010 só não superou o de 2008, que atingiu R$ 43,8 bilhões, também em função dos bons preços das commodities atingidos no mercado externo naquele ano que refletiram no mercado interno e beneficiaram o produtor rural com a elevação no faturamento bruto com a venda da safra e da produção pecuária.

O valor do VBP de 2010 é resultante de pesquisa feita pela divisão de Estatística do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) e corresponde a uma estimativa referente ao desempenho das vendas da safra 2009/10, cujo fechamento definitivo deverá ocorrer até setembro de 2011.

Entre os produtos que mais contribuíram para o VBP em 2010 estão os grãos, carnes e leite, os mesmos produtos que tiveram melhora de preços no mercado externo e interno. O produto campeão em faturamento foi a soja que atingiu um VBP de R$ 8,1 bilhão, um aumento de 13% em relação ao faturamento do ano anterior.

O VBP da soja foi melhor em 2010 porque refletiu a recuperação da produção que no ano anterior (2009) registrou quebra de safra. Na safra 2009/10 a produção de soja aumentou 50% em relação à anterior (2008/09).

O segundo produto que teve melhor faturamento em 2010 foi o frango com um VBP de R$ 5,3 bilhões, uma ligeira queda em relação ao VBP do ano anterior que atingiu R$ 5,5 bilhões. Em 2010 a produção de frangos foi maior, mas a queda de preços do produto justifica a redução do VBP, disse o engenheiro agrônomo Hugo Godinho, chefe da divisão de Estatística Básica do Deral.

O faturamento com as duas safras de milho cultivadas no Paraná atingiu R$ 3,7 bilhões em 2010, um aumento de 21% em relação ao faturamento do ano anterior que registrou um VBP de R$ 3 bilhões. No ano passado, o aumento na produção de milho e a recuperação nos preços a partir do segundo semestre resultou num faturamento de R$ 700 milhões a mais em relação à safra anterior.

A expansão da pecuária leiteira no Paraná também está refletindo num faturamento maior do setor. O VBP do leite de 2010 foi de R$ 2,9 bilhões, que correspondeu a um aumento de R$ 500 milhões em relação ao ano anterior, quando o VBP atingido foi de R$ 2,4 bilhões.

Produtos derivados da madeira oriundos de serraria e laminação contribuíram com um VBP de R$ 1,9 bilhões. A bovinocultura de corte foi outro produto beneficiado com a recuperação de preços da carne nos mercados externo e interno e também em função do aumento no número de abates. Em 2010, o faturamento bruto do setor atingiu R$ 2,4 bilhões, um aumento de R$ 600 milhões em relação ao ano anterior quando a bovinocultura de corte rendeu R$ 1,8 bilhão aos pecuaristas paranaenses.

Apesar da queda na produção, a cana de açúcar registrou aumento de preços o que refletiu num VBP de R$ 1,7 bilhão em 2010, 7% maior em relação ao ano anterior quando o faturamento do setor atingiu R$ 1,6 bilhão. O VBP correspondente á produção de suínos aumentou 24%, passando de R$ 1,6 bilhão em 2009 para R$ 1,7 bilhão em 2010. A produção de suínos se manteve estável no período analisado, mas houve recuperação nos preços o que está refletindo num faturamento bruto maior para os produtores.

O trigo foi outro produto que registrou faturamento maior em 2010 quando o VBP atingiu R$ 1,5 bilhão, um aumento de 30% sobre o VBP do ano anterior que foi de R$ 1,1 bilhão. De acordo com o Deral, houve recuperação na produção do grão naquele ano.

O feijão é um do poucos produtos cultivados no Estado a registrar retração no VBP, caindo de R$ 1,1 bilhão correspondente ao faturamento obtido com as três safras cultivadas no Paraná em 2009 para R$ 1 bilhão em 2010. A queda no VBP do feijão foi provocada pela queda nos preços do feijão da primeira safra e depois queda na produção, como reflexo dos preços menores. O preço do feijão subiu no segundo semestre do ano, mas a produção não conseguiu se adequar a essa movimentação, explicou Godinho.

FPM – A primeira versão do Valor Bruto da Produção 2010 será concluída no final de junho e publicada definitivamente 60 dias após a primeira publicação. O índice final do VBP é um dos componentes do Fundo de Participação dos Municípios, que é um recurso repassado pelo governo estadual às prefeituras.

O resultado final do VBP de 2010, correspondente ao desempenho da safra 2009/10, pesquisado no decorrer da comercialização em 2011, passa a valer para efeito de repasse do FPM em 2012, ou seja sempre dois anos após concluída e vendida a safra.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.aenoticias.pr.gov.br

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