Trabalhadores bancários paralisam agências do Itaú Unibanco em protesto contra as demissões
As bancárias e bancários no Itaú Unibanco fizeram paralisações em diversas agências em todo o país hoje de manhã. As manifestações fazem parte do Dia Nacional de Mobilização da CUT. Os trabalhadores fecharam as agências em protesto contras as demissões que vêm ocorrendo no banco. Segundo Wanderley Crivellari, integrante da Comissão de Organização dos Empregados (COE) no Itaú Unibanco, os trabalhadores estão operando em condições muito ruins. “A insegurança e o medo do desemprego estão prejudicando os bancários. É preciso que o Itaú mude o comportamento imediatamente”, afirma.
No Paraná, 11 agências paralisaram durante toda a manhã. Em Curitiba, 3 agências da Rua XV não funcionaram. Para Márcio Kieller, representante da FETEC-CUT-PR na Comissão de Organização dos Empregados (COE) no Itaú Unibanco, os protestos são um recado para os bancos interromperem a onda de demissões de funcionários em todo país. “Os bancos só entendem a linguagem da paralisação. Nós temos tentado conversar com a direção nas mesas de negociação, mas eles não atendem nossas reivindicações. Não vamos permitir que um banco que não tem problemas estruturais e que tem alcançado os maiores lucros da história continue com esse processo de demissão”, afirma.
Na regional Pactu aderiram à paralisação 3 agências em Guarapuava, 2 em Paranavaí e 2 em Toledo.
Na regional Vida Bancária, as ações se concentraram em Londrina. Os sindicatos de Arapoti, Apucarana e Cornélio Procópio foram até a cidade e participaram da paralisarção de 2 agências no centro de Londrina, bem como, se integraram às atividades da CUT Regional Norte, relativas ao Dia Nacional de Mobilização. Ontem o Sindicato dos Bancários de Londrina e Região realizou um protesto no Posto de Atendimento (PAB) da Universidade Estadual de Londrina.
Segundo Wanderley Crivellari, presidente do Sindicato de Londrina, no protesto foi exigido do banco Itaú Unibanco providências para melhorar a segurança daquele PAB, mediante a instalação de câmeras de vídeo na área externa, colocação de divisórias entre o setor de caixas e a área de espera pelo atendimento, a contratação de mais vigilantes e tudo o que for necessário para evitar a ocorrência de novas ações dos bandidos. “O PAB da UEL é um local visado pelos assaltantes. No ano passado, durante um assalto uma pessoa perdeu a vida lá”, recorda Wanderley. No último dia 30, o PAB foi assaltado por quatro homens armados, que agiram com truculência e levaram o dinheiro do banco sem maiores dificuldades.
Cícero Bittencourt- Jornalista
FETEC-CUT-PR