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Sindicatos discutem metas e condições de trabalho com o Banco do Brasil

Reunião aconteceu em Londrina, entre os Sindicatos da região e a representação estadual do banco


A reunião com a gerente Estadual da Gepes foi realizada na sede do Sindicato de Londrina

Na última quinta-feira (24/11) os Sindicatos do VIDA BANCÁRIA receberam a visita da gerente Estadual da Gepes (Gestão de Pessoas do BB), Sandra Navarro, na sede do Sindicato de Londrina.

Na ocasião foi discutida a forma como a cobrança de metas tem sido feita no BB. “Os gerentes gerais e de contas têm recebido correios eletrônicos, chamadas telefônicas e vários SMS por dia, inclusive em horários de descanso, como à noite e nos finais de semana. Esse modelo de cobrança de metas é abusivo, prejudica a vida pessoal e a saúde do funcionário”, afirma Gisa Bisotto, diretora do Sindicato de Londrina.
Ela conta que também em relação à discussão sobre as metas, foi alertado para a Gepes que, embora conste na cláusula 35 da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) 2011/2012 a proibição da divulgação de ranking de resultado dos funcionários, ainda têm agências do BB utilizando esse método de pressão.

“Pedimos que a Gepes reoriente os gestores para impedir essa prática. Além disso, destacamos que alguns gestores continuam a realizar reuniões com os funcionários fora do ponto eletrônico, burlando a legislação e desafiando a fiscalização do Ministério do Trabalho”, acrescenta Gisa. A Gepes informou que o banco, além de sempre orientar os gestores sobre como o trabalho deve ser realizado dentro da jornada de cada funcionário, está criando mecanismos para controlar esse tipo de situação e coibi-la mais incisivamente.

Outro ponto muito importante da reunião abordou a última greve e seus desdobramentos. “Foi uma greve surpreendentemente muito difícil no Banco do Brasil. A postura que o banco adotou, em especial a Superintendência Regional de Londrina, foi de confronto e truculência, chegando ao ponto de ´armar` um conflito físico que pudesse se constituir em prova para algum pedido na Justiça”, recorda Wanderley Crivellari, presidente do Sindicato de Londrina.

Passados estes problemas e sendo vitoriosa a greve com avanços para a categoria bancária, o BB, através de sua Regional, continua com a mesma intransigência dos dias de greve. “Denunciamos à Gepes as atitudes que demonstram clara perseguição aos funcionários que aderiram à greve e informamos os nomes dos gestores que estão adotando essas práticas. Esperamos que os excessos sejam coibidos pelo banco”, defende Wanderley.

Entre outros desmandos, os diretores do VIDA destacaram as seguintes atitudes tomadas por gestores: cancelamento de férias ou folgas que já estavam programadas; determinação aos funcionários para que cumpram rigorosamente duas horas diárias de compensação, focando a venda de crédito (para melhorar o desempenho e concorrer com o Itaú), impedindo com isso que os funcionários que estudam a noite possam chegar a tempo na escola ou faculdade; punição dos funcionários, colocando-os para trabalhar naquilo que eles menos gostam ou têm aptidão; impedimento na participação de cursos oferecidos pelo banco e até em concorrências internas, dificultando a progressão da carreira do funcionário.

Mais uma vez foi cobrado da Gepes reorientação de alguns gestores, em especial de dois de agências de Londrina e de três outros lotados em Cornélio Procópio, Apucarana e Arapoti. “Esse tipo de comportamento assediador é constante, independe de greve e, além das conseqüências negativas individuais, prejudica demais o clima organizacional e o rendimento da equipe”, observa José Ubiraci de Oliveira, presidente do Sindicato de Arapoti.

Para ele, alguns péssimos gestores têm o dom de destruir o ambiente de trabalho. “Falta a eles o conhecimento de técnicas de liderança. Definitivamente não é com terror e ameaças que se motiva uma equipe”, ressalta.

Falta de segurança

Em relação à estrutura das agências, foi solicitada a intervenção da Gepes para que o banco reveja a instalação (permanente) de mesas para atendimento a clientes no hall eletrônico. “Denunciamos esse problema mais uma vez e esperamos que isso seja levado à Superintendência Estadual para que seja tomada providência no sentido de extinguir esse atendimento precário. Agindo assim, sem preocupação, o banco coloca em risco a segurança dos clientes e funcionários e também a proteção do sigilo bancário”, avalia Dirceu Casa Grande Junior, presidente do Sindicato de Apucarana.

Ainda sobre o trabalho no auto-atendimento, foi sugerido à Gepes implantar um sistema de rodízio de funcionários que ficam diretamente no atendimento ao cliente, como, por exemplo, na orientação de filas e ajuda na utilização dos terminais. “Trata-se de um serviço extremamente desgastante – o funcionário permanece em pé por várias horas, atende, muitas vezes, duas ou três pessoas ao mesmo tempo, recebe todo tipo de reclamação, às vezes sendo ofendido ou até mesmo agredido fisicamente”, argumenta Antonio Pereira da Silva, diretor do Sindicato de Apucarana.

Segundo ele, se a mesma pessoa desempenhar esta função diariamente por um período muito longo terá prejudicada sua saúde física e mental e também seu desempenho profissional. “Muitos funcionários que atuam há muito tempo no auto-atendimento reclamam, além do grande cansaço, do não reconhecimento do seu trabalho e conseqüente falta da valorização do mesmo” relata.

Os diretores dos Sindicatos do VIDA solicitaram ainda a mediação da Gepes com os setores responsáveis nas questões de estrutura das agências e PABs da região. “Diversos PABs, como o de Pinhalão, Congonhinhas, Nova Fátima, Lupionópolis e Cambira, têm promessas de melhorias há muito tempo, mas na prática nada acontece. Embora as demandas de estrutura não sejam de responsabilidade da Gepes, ambientes inadequados de trabalho interferem diretamente na vida do funcionário e este sim é o foco da gestão de pessoas do Banco do Brasil”, aponta Damião Rodrigues, presidente do Sindicato de Apucarana.

Na opinião de André Ruas, diretor do Sindicato de Londrina, a reunião com a Gepes foi muito importante para estreitar o contato com os sindicalistas e discutir as demandas da Região. “Contamos com o empenho da gerente Sandra Navarro para encaminhar as questões levantadas pelos Sindicatos do VIDA BANCÁRIA para que a Gepes cumpra sua tarefa, buscando melhores condições de trabalho para os funcionários do Banco do Brasil”, finaliza André.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.vidabancaria.com.br

 

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