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Segurança bancária deve começar pela proteção dos trabalhadores bancários

Contraf-CUT cobra prevenção dos bancos contra sequestros de bancários

Crédito: Jailton Garcia – Contraf-CUT
Jailton Garcia - Contraf-CUT 3ª reunião da Mesa Temática de Segurança Bancária em 2012 com a Fenaban

A Contraf-CUT, federações e sindicatos cobraram nesta segunda-feira (30) prevenção da Fenaban contra os sequestros de bancários e vigilantes, durante a terceira reunião deste ano da Mesa Temática de Segurança Bancária, em São Paulo. Trata-se de um dos principais problemas de insegurança e os casos ocorrem em todo país, envolvendo diferentes bancos. Os dirigentes sindicais apresentaram um conjunto de propostas, e o representante da Fenaban solicitou um tempo para avaliação, a fim de aprofundar a análise das medidas.

“Propomos o fim da guarda das chaves dos cofres e das agências e dos postos de atendimento por bancários e vigilantes, a contratação de empresas de segurança para fazer a abertura e fechamento das unidades, a utilização de tecnologias de controle remoto para abrir e fechar os estabelecimentos e a instalação de câmeras para monitoramento de imagens em tempo real nas áreas internas e externas das agências e postos”, destaca Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária.

“Também defendemos medidas pós-sequestro, como o fim das demissões e uma estabilidade provisória de 36 meses para as vítimas e a comunicação dos sequestros ao sindicato local e à Cipa”, ressalta. “É inaceitável que o bancário seja duplamente penalizado: uma pelo terror e trauma do sequestro e outra pela perda do emprego, muitas vezes por justa causa”, denuncia o diretor da Contraf-CUT.

“Além disso, é preciso melhorar a assistência dos bancos à saúde dos bancários sequestrados, o que é objeto da Mesa Temática de Saúde do Trabalhador”, acrescenta.

Para Ademir, todas as propostas apresentadas são oportunas, necessárias e viáveis. “Os lucros gigantescos dos bancos permitem a ampliação dos investimentos em segurança, que têm sido insuficientes”, enfatiza. Ele salienta que várias medidas de prevenção já estão sendo implantadas por alguns bancos. “Não há motivo para não estendê-las aos demais e garantir mais segurança para bancários e vigilantes”, aponta.

“Esperamos que as propostas sejam analisadas pelos bancos, pois a segurança é uma das prioridades da Campanha Nacional dos Bancários 2012, cuja minuta de reivindicações será entregue nesta quarta-feira (1º de agosto) à Fenaban. Queremos avançar nas medidas de segurança previstas na convenção coletiva e a prevenção de sequestros é fundamental para proteger a integridade física e psicológica dos trabalhadores”, afirma o dirigente sindical.

Fenaban informa 200 assaltos a bancos no primeiro semestre

Na reunião, a Fenaban informou a ocorrência de 200 assaltos, consumados ou não, incluindo sequestros, envolvendo agências e postos de atendimento, em todo país, no primeiro semestre deste ano. Foi a primeira vez que os dados semestrais foram apresentados, resultado da cláusula 31ª (Segurança Bancária – Procedimentos especiais), da Convenção Coletiva de Trabalho de 2011/2012.

A Fenaban também reapresentou números anteriores de assaltos por ano:

. 2000 – 1.903
. 2001 – 1.302
. 2002 – 1.009
. 2003 – 885
. 2004 – 743
. 2005 – 585
. 2006 – 674
. 2007 – 529
. 2008 – 509
. 2009 – 430
. 2010 – 369
. 2011 – 422

“Como não temos o número dos primeiros seis meses do ano passado, não podemos comparar a evolução da violência. Mas, levando em conta o total de 422 assaltos verificados em todo o ano passado, é possível projetar que a realidade não mudou em 2012 e, por isso, há necessidade de mais investimentos dos bancos na melhoria das instalações de segurança dos estabelecimentos”, frisa Ademir.

“Não aceitamos conviver essa violência que ameaça a vida de trabalhadores e clientes”, alerta. No primeiro semestre deste ano, 27 pessoas foram mortas em assaltos envolvendo bancos em todo país, conforme pesquisa da Contraf-CUT e da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), com base em notícias da imprensa, o que representa uma média assustadora de quatro vítimas fatais por mês.

Mesmo sem previsão na convenção coletiva, os dirigentes sindicais solicitaram os números de arrombamentos no período, bem como os dos crimes de “saidinha de banco” que começam dentro das agências. A Fenaban, porém, se negou a fornecer essas informações, alegando que tais dados não envolvem “relações de trabalho”.

“Não concordamos com essa desculpa da Fenaban, na medida em que arrombamentos e ‘saidinhas de banco’ mostram que as instalações são vulneráveis, geram sensação de insegurança e afetam a saúde de muitos trabalhadores”, disse Ademir. “A Fenaban deveria abrir também esses dados, avançar na transparência e seguir o bom exemplo da lei federal nº 12.527/2011, que regulamenta o direito constitucional de acesso dos cidadãos às informações públicas envolvendo os três poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios”, conclui o diretor da Contraf-CUT.

A próxima reunião da mesa temática será realizada após o final da Campanha Nacional.

Participação

Além da Contraf-CUT, participaram representantes da Fetec-SP, Feeb SP-MS, Fetraf-MG, Fetrafi-RS, FETEC-CUT-PR, Fetec-Centro Norte, Fetraf-Nordeste e Feeb RJ-ES.

Fonte: Contraf-CUT

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Oito bancos são multados em R$ 1,174 milhão por falhas na segurança

Crédito: Aguinaldo Azevedo – Contraf-CUT
Aguinaldo Azevedo - Contraf-CUT Banco do Brasil foi o campeão das multas na 94ª reunião da CCASP

A Polícia Federal multou nesta quarta-feira (18) oito bancos em R$ 1,174 milhão por descumprimento da lei federal nº 7.102/83 e normas de segurança,, durante a 94ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), em Brasília. Uma agência do Itaú, em Estação Experimental, no Acre, foi interditada. Os bancos foram punidos em processos abertos, na sua maioria em 2009, pelas delegacias estaduais de segurança privada (Delesp).

Agências e postos de atendimento foram multados por ter número insuficiente de vigilantes, alarmes e porta giratória inoperantes, planos de segurança não renovados e câmeras de vídeo sem funcionamento, além de impedir a fiscalização de policiais federais. Os bancos também foram condenados pela inauguração de agências sem a aprovação do plano de segurança.

Uma agência do Bradesco, em Bom Sucesso-MG, foi multada porque um gerente do banco transportava valores de R$ 15 mil a R$ 30 mil, durante mais de cinco anos, para abastecer correspondentes bancários de cidades próximas.

O Banco do Brasil foi o campeão das multas com R$ 332,1 mil, seguido pelo Itaú Unibanco com R$ 310,3 mil, Bradesco com R$ 239 mil e Santander com R$ 135,5 mil. Caixa Econômica Federal, HSBC, Banco Rendimentos e Mercantil do Brasil também foram punidos.

Confira o montante de multas por banco:

Banco do Brasil – R$ 332.198,19
Itaú Unibanco – R$ 310.378,82
Bradesco – R$ 239.072,41
Santander – R$ 135.504,62
Caixa Econômica Federal – R$ 74.844,54
HSBC – R$ 53.560,41
Banco Rendimentos – R$ 14.543,05
Mercantil do Brasil – R$ 14.187,64

Total de multas: R$ 1.174.289,68

Houve ainda aplicação de penalidades contra empresas de segurança, transporte de valores e cursos de formação de vigilantes. Foi a segunda reunião da CCASP em 2012.

A CCASP é integrada por representantes do governo, trabalhadores e empresários. A Contraf-CUT representa os bancários. Já a Febraban é a porta-voz dos bancos. A reunião foi presidida pelo coordenador-geral de Controle de Segurança Privada (CGCSP) da Polícia Federal, delegado Clyton Eustáquio Xavier.

“Essas multas comprovam outra vez que os bancos continuam tratando com negligência a segurança de trabalhadores e clientes, o que contribui para a onda de assaltos e sequestros, que tem ocasionado mortes, feridos e pessoas traumatizadas”, afirma Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa e representante da Contraf-CUT na CCASP e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária.

Recursos não faltam aos bancos para investir mais em segurança. Segundo o Dieese, os números dos balanços comprovam o desleixo. Os cinco maiores bancos do país lucraram mais de R$ 50,7 bilhões em 2011. Já as despesas com segurança e vigilância somaram R$ 2,6 bilhões, o que representa uma média de 5,2% em comparação com o lucro.

Avaliação

A 94ª reunião da CCASP foi acompanhada pelos integrantes do Coletivo Nacional de Segurança Bancária. Para eles, os bancos não priorizam os investimentos em segurança.

“É inadmissível que o Banco do Brasil, uma empresa pública, seja o campeão das multas por descumprir a lei de segurança e, pior, vem inaugurando agências sem portas giratórias, mostrando que não zela pela proteção da vida de trabalhadores e clientes”, declara Leonardo Fonseca, representante da Fetraf de Minas Gerais.

“Além de campeão de demissões, o Itaú Unibanco foi novamente vice-campeão de multas, o que revela a falta de responsabilidade do banco com os seus funcionários e clientes”, salienta André Spiga, diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.

“Essas multas, decorrentes de processos abertos em 2009, revelam a necessidade de agilizar os trabalhos da Polícia Federal, através da ampliação da equipe e de reuniões mais frequentes da CCASP”, aponta Daniel Reis, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

“Todas essas multas provam que os bancos seguem mais preocupados em gastar milhões de reais em campanhas de marketing do que na segurança de trabalhadores e clientes”, avalia Valdir Machado, diretor da Fetec de São Paulo.

“Essas multas revelam o descaso dos bancos, não cumprindo os planos de segurança, deixando bancários, vigilantes e a população insegura e vulnerável”, afirma Samuel Nicolette, diretor do Sindicato dos Bancários de Campinas.

“Um avanço foi o enquadramento como pena máxima de multa a inauguração de agências e postos de atendimento sem a aprovação do plano de segurança pela Política Federal”, destaca Lupinha Moretto, representante da FETEC-CUT do Paraná.

“Notamos que um dos temas relevantes que afeta a categoria, que é o transporte de valores, continua sendo desrespeitado pelos bancos, reincidindo nessa prática ilegal e que coloca em risco a vida dos bancários”, ressalta Sandro Mattos, diretor da Fetec Centro-Norte.

“O movimento sindical precisa continuar verificando se a legislação federal de segurança está sendo cumprida em agências e postos de atendimento e, ao identificar irregularidades, deve encaminhar denúncias para a Delesp mais próxima”, destaca Lúcio Paz, diretor da Fetrafi do Rio Grande do Sul.

Fonte: Contraf-CUT

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Polícia Federal multa bancos em R$ 808,9 mil por falhas na segurança

Crédito: Aguinaldo Azevedo – Contraf-CUT
Aguinaldo Azevedo - Contraf-CUT Bradesco foi o campeão das multas na 93ª reunião da CCASP

A Polícia Federal multou nesta quarta-feira (18) seis bancos em R$ 808,9 mil por descumprimento da lei federal nº 7.102/83 e normas de segurança, durante o julgamento de 89 processos abertos pelas delegacias estaduais de segurança privada (Delesp) na 93ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), em Brasília.

Entre as principais falhas de segurança dos bancos destacaram-se o número insuficiente de vigilantes, alarmes inoperantes, planos de segurança não renovados e utilização de bancários para fazer transporte de valores, dentre outras.

O Bradesco foi o campeão das multas com R$ 318,1 mil, seguido pelo Itaú Unibanco com R$ 160,5 mil, Santander com R$ 156,4 mil e Banco do Brasil com R$ 120,6 mil. Mercantil do Brasil e Banco do Nordeste do Brasil (BNB) também foram punidos.

Houve ainda aplicação de penalidades contra empresas de segurança, transporte de valores e cursos de formação de vigilantes. Foi a primeira reunião da CCASP em 2012.

A CCASP é integrada por representantes do governo, trabalhadores e empresários. A Contraf-CUT representa os bancários. Já a Febraban é a porta-voz dos bancos. A reunião foi presidida pelo coordenador-geral de Controle de Segurança Privada (CGCSP) da Polícia Federal, delegado Clyton Eustáquio Xavier.

“Essas multas comprovam que entra ano, sai ano e os bancos continuam tratando com descaso a segurança de trabalhadores e clientes, o que contribui para a onda de assaltos e sequestros, que tem ocasionado mortes, feridos e pessoas traumatizadas”, disse Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Contraf-CUT.

Os números dos balanços, segundo o Dieese, também comprovam o desleixo com a segurança. Os cinco maiores bancos do país lucraram mais de R$ 50,7 bilhões em 2011. Já as despesas com segurança e vigilância somaram R$ 2,6 bilhões, o que representa uma média de 5,2% do lucro. “Isso mostra que os bancos gastam muito pouco com segurança, expondo ao risco a vida de trabalhadores, clientes e usuários”, aponta diretor da Contraf-CUT.

Confira o montante de multas por banco:

Bradesco – R$ 318.164,83
Itaú Unibanco – R$ 160.565,20
Santander – R$ 156.432,28
Banco do Brasil – R$ 120.601,91
Mercantil do Brasil – R$ 42.564,00
Banco do Nordeste do Brasil – R$ 10.642,06

Total de multas: R$ 808.970,28

Transporte ilegal de valores

A utilização de bancários para o transporte de numerário foi uma das principais ilegalidades punidas pela Polícia Federal. O Bradesco foi novamente condenado por essa prática ilegal. Uma mesma agência do banco em Rio Branco, a capital do Acre, foi multada em nove processos, totalizando R$ 127,6 mil.

O chefe da Divisão de Controle e Fiscalização de Segurança Privada, delegado Henrique Silveira Rosa, orientou os sindicatos a fazer denúncias por escrito para a Delesp mais próxima sobre transporte ilegal de valores e outros procedimentos que infringem a lei federal nº 7.102/83 e as portarias da Polícia Federal.

Clique aqui para ver os endereços da Polícia Federal em todo Brasil.

Retirada de portas giratórias e abertura de unidades sem segurança

Ao final da reunião, a Contraf-CUT e a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) entregaram uma carta ao coordenador da CCASP, “manifestando a grande preocupação dos bancários e vigilantes de todo Brasil, diante da política adotada por alguns bancos de retirada das portas giratórias de segurança com detectores de metais em seus estabelecimentos. Um deles é o Itaú Unibanco, que vem fazendo reformas em sua rede de agências, priorizando a estética das unidades e descuidando da segurança”.

Clique aqui para ler a íntegra da carta.

“Verificamos também que vários bancos estão abrindo agências e postos de atendimento, o que é positivo como forma de estender a prestação de serviços bancários para milhões de brasileiros que ainda não possuem conta corrente. O banco que mais inaugurou unidades em 2011 foi o Bradesco, sobretudo em função da perda do Banco Postal para o Banco do Brasil. No entanto, diversos estabelecimentos foram abertos sem portas giratórias e até mesmo com apenas um ou nenhum vigilante, descumprindo a lei federal nº 7.102/83, e ainda sem guichês para os caixas, fragilizando a segurança dos trabalhadores”, denunciam as entidades.

“Solicitamos que a Polícia Federal realize uma operação especial para fiscalizar o plano de segurança dos estabelecimentos bancários, sobretudo do Itaú Unibanco e Bradesco, observando principalmente a instalação de portas giratórias, a presença de vigilantes e o transporte de valores”, propõem a Contraf-CUT e a CNTV.

Bancos não priorizam segurança

“Apesar das multas, os bancos continuam infringindo as leis de segurança e, com a estratégia de retirar portas giratórias e abrir unidades sem vigilantes, eles causarão ainda mais insegurança para trabalhadores e clientes”, alerta André Pires (Spiga), diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.

“A ganância impera no Itaú Unibanco, pois, em vez de investir na segurança de trabalhadores e clientes, retira portas giratórias em estabelecimentos, visando tão somente a redução de despesas para bater novos recordes de lucros e atingir índices de eficiência que não levam em conta a proteção da vida das pessoas”, salienta Valdir Machado, diretor da Fetec de São Paulo.

“A negligência dos bancos com a segurança é tão grande que estão abrindo agências sem planos de segurança e até postos de atendimento sem nenhum vigilante, colocando em risco a vida das pessoas”, aponta Danilo Anderson, diretor da Federação dos Bancários de SP-MS.

“Os bancos, apesar dos lucros abundantes, continuam desrespeitando o cumprimento do plano de segurança nos estabelecimentos e investindo pouco em equipamentos que serviriam de proteção para dar tranquilidade aos bancários, vigilantes, clientes e usuários do sistema financeiro”, conclui Sandro Mattos, diretor da Fetec Centro Norte.

Fonte: Contraf-CUT

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