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Bancos abusam de cobranças e criam tarifas

Instituições financeiras já mudaram muito os pacotes e tipos de serviços desde a regulamentação do Banco Central, em 2007. Idec quer novo debate para impedir abusos

São Paulo – Mesmo com a regulamentação das tarifas bancárias feita pelo Banco Central em 2007, os bancos estão criando novas tarifas e achando brechas nas normas para cobrar por serviços não contratados pelos clientes.

Reportagem da Folha de S. Paulo afirma que as reclamações contra os bancos somente por custos que não foram acordados já somam o equivalente a dos dois anos anteriores juntos. Os dados foram compilados pela Secretaria de Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça e batem com as informações do Banco Central, que apontam cobranças irregulares de serviços não contratados. A queixa é destaque constante no ranking de reclamações do BC.

> Itaú, Bradesco e Santander lideram reclamações

A economista Ione Amorim, do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), aponta na mesma reportagem que “as instituições financeiras estão usando os pacotes para validar a cobrança de outras tarifas”. Para ela, o intuito é se esquivar das normas e que os principais problemas estão com nos chamados serviços diferenciados, que incluem desde aluguel de cofres a envio de mensagens automáticas e administração de fundos de investimento. Esses serviços, não estão classificados com nomes iguais para que o cliente possa comparar.

> BC critica falta de transparência com cobranças

Tarifas irregulares – Algumas cobranças por serviços considerados diferenciados pelas instituições financeiras são, na verdade, proibidas. É o caso do Bradesco, que cobra R$ 2 desde julho pela visualização da imagem dos cheques emitidos nas consultas pela internet. O chefe do Departamento de Normas do BC, Sérgio Odilon, disse à Folha que a cobrança é irregular e orientou os clientes a denunciar ao BC sempre que identificarem custos que fogem a regra, já que o cliente deve ser informado sobre novas taxas.

Segundo o Idec, o Santander criou novos tipos de extratos, chamados de “inteligentes”. A tarifa do serviço chega a custar R$ 4,90. A economista do instituto protesta contra os novos serviços e também sobre reajustes praticados pelos bancos de pacotes e tarifas. “os reajustes configuram um verdadeiro desrespeito com o consumidor. As irregularidades e mecanismos para driblar as normas que foram criadas em abril de 2008 para padronizar a cobrança dos serviços bancários”, alerta Ione, que exige um novo debate para evitar determinadas cobranças e impedir manobras e abusos.

Redação, com informações da Folha de S. Paulo e do Idec – 25/10/2012

Notícia colhida no sítio http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=2975

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Idec reprova política dos bancos em três quesitos

Seis maiores instituições no Brasil receberam classificação “Ruim” ou “Muito Ruim” para atuação com consumidores, trabalhadores e critérios socioambientais

São Paulo – As seis maiores instituições financeiras do país (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú e Santander) receberam – nas políticas referentes aos consumidores, trabalhadores e critérios socioambientais – a classificação “Ruim” (48%) ou “Muito Ruim” (24%). O resultado está em pesquisa organizada pelo Idec, divulgada nesta quarta-feira, 31.

> Vídeo: Idec lança Guia dos Bancos Responsáveis

Em questões relacionadas ao funcionalismo, como o item “Direitos e Benefícios aos trabalhadores”, exceto o BB (“Regular”), todos foram considerados ruins.

O ranking foi baseado na avaliação de questionários respondidos pelos bancos. O resultado do Guia dos Bancos Responsáveis (GBR) vai ajudar o consumidor a conhecer, analisar e comparar as políticas e práticas dos bancos no relacionamento com clientes e funcionários, e os critérios socioambientais adotados na concessão de financiamentos.

“Mobilizar a sociedade em defesa do Código de Defesa do Consumidor é uma medida importante. Fizemos este ano uma cartilha e um seminário para explicar à população o significado de alguns produtos oferecidos pelas instituições financeiras. O GBR vai contribuir não só em relação aos serviços oferecidos, mas teremos mais transparência na relação que os bancos têm com os trabalhadores”, afirmou Juvandia Moreira (foto), presidenta do Sindicato, durante evento de lançamento do GBR.

Diante dos resultados, a advogada do Idec e coordenadora da pesquisa, Mariana Ferraz, afirma que é necessária uma exposição das demandas da sociedade civil para trazer mudanças e avanços das políticas bancárias de responsabilidade social empresarial. “Nossa principal preocupação foi garantir aos consumidores um estudo mostrando como cada banco age. Para que cada cliente possa escolher a instituição mais adequada e cobrar mudanças”, completou Fúlvio Giannella, coordenador executivo do Idec.

Ranking – No www.gbr.org.br/www.guiadosbancosresponsaveis.org.br internauta pode conferir os resultados completos dos bancos, entender o por quê de cada nota, e compará-los com os demais. Além disso, o cliente pode manifestar sua insatisfação com as políticas e práticas socioambientais enviando um “Cartão Amarelo” à instituição.

A pesquisa foi realizada com apoio da organização holandesa Oxfam Novib, e a metodologia desenvolvida em parceria com as seguintes entidades: Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Central Única dos Trabalhadores (Contraf-CUT), Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade (CEERT), Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), e Instituto Observatório Social (IOS).

Cecilia Negrão – 31/10/2012

Notícia colhida no sítio http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=3021

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