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Bancários do BB fazem greve de 24h nesta terça, 30

PARALISAÇÃO VISA PRESSIONAR O BANCO DO BRASIL A NEGOCIAR O NOVO PLANO DE FUNÇÕES

 

 Os bancários do Banco do Brasil estão de braços cruzados nesta terça-feira, 30 de abril. O movimento de paralisação no BB acontece em boa parte do Brasil e busca pressionar o banco a retomar as negociações sobre o novo Plano de Funções Gratificadas e de Confiança. O banco implantou o novo plano de maneira unilateral e ainda desmarcou as reuniões com o movimento sindical, que apresentaria suas propostas de mudança do plano.

Desde então, o funcionalismo está descontente com os prejuízos causados, com a eliminação de grande parte dos efeitos das conquistas de 36% de aumento real no piso e 16% de aumento real nas gratificações de funções e verbas da última década. Além disso, o plano reduz as gratificações de funções em até 80% e elimina a percepção da conquista da carreira de mérito.

“A greve de hoje é para evidenciar a insatisfação dos empregados do BB com a direção do banco. O que a gestão atual está fazendo é um verdadeiro ataque a conquistas e direitos históricos. Não vamos admitir que o BB não negocie”, afirma André Machado, diretor do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região e funcionário do BB.

Em Curitiba e região, são 45 agências fechadas, além da Central de Atendimento do Banco do Brasil (CABB/São José dos Pinhais), o Centro de Suporte Operacional (CSO) e o Centro de Suporte em Logística (CSL/Praça Tiradentes). Os terminais de autoatendimento funcionam normalmente. Também estão fechadas as agências de Paranavaí e Nova esperança,  a agência de Toledo funcionando com poucos funcionários.

O funcionamento do BB volta ao normal na quinta-feira, 02 de maio, devido ao feriado do Dia do Trabalho desta quarta-feira, 01.

 Leia também: Por que a greve de 30 de abril?

 *atualizado às 11h20

Por: Flávia Silveira
SEEB Curitiba

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Banco do Brasil: Por que a greve de 30 de abril?

Funcionários do Banco do Brasil param nesta terça-feira, 30 de abril, em protesto contra os prejuízos causados pelo novo Plano de Funções Gratificadas e de Confiaça. Mas não é só isso.  Sabe por que a greve de 24 horas no BB?

1) Os funcionários do BB são os maiores “clientes” da clínica Heindelberg de psiquiatria em Curitiba. Tudo em função de depressão e outras enfermidades decorrentes do clima de terror, desrespeito e assédio vividos no BB;

2)Hoje o BB é o 2º devedor no TST, só perdendo para a falida VASP, o que significa que a gestão é temerária e irresponsável, pois a atual diretoria não está preocupada em cumprir as leis trabalhistas do país, o que aumenta o passivo. O novo plano FC apenas é um capítulo a mais de desrespeito à legislação trabalhista brasileira (Saiba mais);

3) O assédio moral institucionalizado, com superintendentes regionais mandando mensagens de metas em pleno domingo à noite para os gerentes de agência, o que configura em violação da privacidade em dia de descanso, aumentando a possibilidade de ações trabalhistas e o passivo. Gerentes regionais passando por cima dos gerentes de agência e ligando direto para os gerentes de contas para cobrar a “entrega”;

4) O ritmo de trabalho não para de crescer nas áreas operacionais e há uma ameaça real de terceirização de parte significativa deste trabalho pela direção do Banco do Brasil, que aguarda somente a aprovação do PL 4330 do Deputado Sandro Mabel;

5) O BB é um barco à deriva, não tem comando. Prova disto é a desorientada fixação de metas que foram revistas para baixo, via “média Brasil”. Isso é normal? E que tal o vexame de ter de suspender a OPA porque alguns administradores foram “criativos” e violaram as normas;

6) O Banco do Brasil figura entre os 20 primeiros mais reclamados no PROCON nacional, seja em 2011, seja em 2012 e, quando se junta ao BV (que agora somos donos), saltamos de 11º para 5º lugar. Esta situação é reflexo do “empurrômetro” de produtos e serviços, do pisoteio sobre os valores éticos em nome do cumprimento das metas (Veja aqui);

7) O BB é o segundo em reclamações no Banco Central do Brasil (Confira aqui);

As ameaças que o BB está divulgando às vésperas da greve apenas refletem o desespero desta direção irresponsável da empresa, esperneando, ameaçando, intimidando através das IN (Intimidações Normativas ou Intimidações Neri).

Quanto vale a vida? Quanto vale a dignidade? Quanto vale sua saúde física e mental?

O banco irá descontar seu dia de salário e nós iremos cobrar a reversão deste desconto. Somente uma forte greve pode nos dar força para essa reversão. Faremos isso por via negocial e judicial, afinal de contas o banco está descumprindo o Acordo Coletivo e nossa greve é legal!

Não há perda da PLR, como ameaçam alguns administradores. Haverá apenas um desconto proporcional a esse dia de falta. Esse é o ônus que temos para reverter esse processo de pressão contra os trabalhadores e impedir novos cortes de direitos.

Amanhã vamos mostrar nossa indignação perante os desmandos, o desrespeito, a falta de reconhecimento. Não vá mais cedo, não ceda às ameaças. Guardem as provas da ameaça e vamos denunciar.

Por: Coletivo de Funcionários do Banco do Brasil
SEEB Curitiba

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