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Por 21:36 Bradesco

Campanha de valorização dos funcionários do Bradesco prossegue no Pactu

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Nesta quarta-feira, 15/05, os sindicatos de bancários do Pactu deram seguimento à Campanha Nacional de Valorização dos Funcionários do Bradesco. A campanha é coordenada em todo o Brasil pela COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Bradesco, vinculada à Contraf/CUT. Os sindicatos distribuíram panfletos aos clientes e usuários de diversas agências, em diversas cidades, criticando as demissões e o assédio moral.

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Segundo Jucilene de Bortoli, secretária de Finanças do Sindicato dos Bancários de Toledo, o objetivo das manifestações é pressionar o Bradesco a agendar reuniões de negociação com os sindicatos. “Entregamos nossa pauta de reivindicações para o Bradesco em 17/04 e até o momento o Bradesco não abriu discussões sobre as demandas dos funcionários”, afirmou a dirigente.
O que os bancários do Bradesco reivindicam:
□ Por um Plano de Cargos, Carreiras e Salários 
Reivindicação antiga, o PCCS é o conjunto de regras e normas que estabelece critérios claros, objetivos e transparentes de promoção, escalonamento e de responsabilidades dos bancários, de forma a garantir a igualdade de oportunidades para todos e a valorização profissional.
Hoje o banco privilegia os altos escalões com milionárias bonificações de resultados. E funcionários com o mesmo cargo e função ganham salários diferentes, há estagnação na carreira, vigora o apadrinhamento e o famoso QI (“quem indica”).
Essa ausência de transparência causa insatisfação no ambiente de trabalho e faz com muitos talentos deixem a empresa por falta de perspectivas profissionais.
□ Saúde, condições de trabalho e reabilitação
A pressão por obtenção de metas cada vez maiores e abusivas leva ao assédio moral e aos crescentes casos de adoecimentos, tanto físicos quanto psíquicos, na categoria bancária. Queremos acabar com as metas abusivas e com o assédio moral e estabelecer relações de trabalho mais humanas.
Em relação à reabilitação profissional, o Bradesco discrimina os bancários que retornam da licença-médica, muitas vezes colocando em atividades totalmente alheias à sua função ou até mesmo em isolamento. Os bancários querem que o banco construa um programa próprio de reabilitação com base no que já existe na Convenção Coletiva, pondo fim a todas essas distorções.
□ Parcelamento do adiantamento das férias
Essa é uma cláusula nova que os bancários estão trazendo para a sua pauta de reivindicações. O que se quer é o parcelamento do adiantamento das férias em até 10 vezes mensais, de forma facultativa, sem acréscimo de juros ou encargos. Isso evitaria que os bancários recorressem a empréstimos para se recompor financeiramente quando retornam de férias.
A reivindicação pode ser perfeitamente atendida, pois os demais bancos, inclusive da rede privada, já concedem esse benefício aos seus trabalhadores.
□ Auxílio-educação
Entre os principais bancos que atuam no país, o Bradesco continua sendo o único sem nenhum incentivo educacional para o funcionalismo, apesar de exigir que os trabalhadores tenham cada vez mais qualificação.
É inconcebível um banco que apresenta lucro líquido de quase R$ 3 bilhões no primeiro trimestre do ano, com a maior rentabilidade dentre todos os bancos das Américas e da Europa segundo a consultoria Economática, não ter uma política de auxílio-educação.
O banco argumenta que já investe na qualificação por meio do Treinet. Mas ele é voltado somente aos interesses do banco e não supre a necessidade de uma formação de nível superior. Afinal, em sua propaganda o Bradesco usa muito a Fundação Bradesco para tentar demonstrar seu compromisso com a educação. Mas ele não faz esse investimento em seus próprios funcionários.

Fonte: Pactu, com Contraf/CUT

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