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Confira como foi o Dia Nacional de Lutas

Dia Nacional de Lutas: mobilização pela nossa pauta

Empresas paradas, pedágios abertos e muitos trabalhadores e trabalhadoras nas ruas.

Escrito por: CUT-PR

O Dia Nacional de Lutas no Paraná foi intenso. Empresas paradas, rodovias com bloqueios temporários, praças de pedágio abertas e trabalhadores e trabalhadoras nas ruas pela pauta da classe trabalhadora. As manifestações ocorreram simultaneamente em todas as regiões do Estado.

“Nossa unidade mostrou a vontade de implantar pautas que há muito tempo estão paradas. A retirada do projeto de lei 4330 das terceirizações, o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas, a definição de uma política permanente para o reajuste do mínimo regional e contra as tarifas de pedágio no Paraná”, enumera a presidenta da CUT-PR, Regina Cruz.

Pela manhã, a Central acompanhou a movimentação na Repar, em Araucária, que ficou totalmente fechada pelos trabalhadores e trabalhadoras. Sindipetro, Sindiquímica e Sindimont mobilizaram sua base com sucesso.  Enquanto isso, alguns quilômetros de distância, as rodovias estavam paradas pelos metalúrgicos e 21 praças de pedágios estavam sendo abertas para o trânsito livre dos motoristas. Em Curitiba, outras manifestações ocorriam no Centro da cidade com o mesmo objetivo: levar a pauta da classe trabalhadora para as ruas.

A tarde mais de duas mil pessoas reuniram-se na Praça Rui Barbosa, no centro da capital, onde foi realizado o ato unificado das centrais. Sindicalistas e representantes de movimentos populares participaram da atividade. “Há muito tempo que lutamos por estas pautas. Os bancários estão se juntando a este ato em todo o País. Hoje pela manhã conversamos com trabalhadores do HSBC, do Banco do Brasil, socializando todas estas pautas”, relatou o presidente da FETEC, Elias Jordão.

“Conseguimos retirar da pauta, em Brasília, o Projeto de Lei das Terceirizações. Temos que ficar atentos, pois depois da terceirização, vem a quarteirização”, enfatizou o representante o diretor do Sintracon e um dos fundadores da CUT, David Vasconcelos. “Se nós queremos tudo isso (as pautas do Dia Nacional de Lutas) nós temos que levantar nossas bandeiras. Nós queremos a retirada deste projeto de lei, nós queremos o fim do fator previdenciário e nós queremos a jornada de trabalho de 40   horas”, referendou o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, João Soares.

As mulheres também marcaram presença no ato, reivindicando igualdade na participação nos espaços de decisão. “Nós mulheres queremos a redução da jornada de trabalho sem redução de salário. Também queremos a reforma política que possibilite a participação das mulheres nos espaços públicos, de poder e que atendam nossas demandas”, afirmou a representante da Marcha Mundial das Mulheres, Marilda Ribeiro.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas, reforçou a importância da democratização da comunicação e denunciou a terceirização na TV Educativa do Paraná. “Queremos uma TV que seja colocada para defender o interesse público. A RTVE, comandada pelo Governador Beto Richa, tem precarizado as condições de trabalho dos jornalistas”, afirmou.

Reforma política-  Durante o ato, que também apoiou o plebiscito para a reforma política, a representatividade dos trabalhadores no Congresso também foi tema da manifestação. “Temos 49% de empresários no legislativo federal, enquanto 6% apenas são sindicalistas. Precisamos, também, fazer a nossa reforma política com o voto”, disse a presidenta da CUT-PR, Regina Cruz. “Cade a classe trabalhadora neste congresso? Parem e pensem qual é a responsabilidade nossa nesse processo? “, completou a presidenta da Sindicato dos Trabalhadores na Saúde Privada (Sindesc), Isabel Cristina Gonçalves.

Petróleo – O diretor da CUT Nacional e petroleiro, Roni Barbosa, reforçou a importância estratégica do petróleo para o Brasil falando sobre os leilões. “Quando descobrimos o pré-sal o presidente Lula retirou toda esta área dos leilões do petróleo, criando a partilha, cujos recursos serão enviados para questões importantes como saúde, educação e ciência e tecnologia. Mas as outras áreas correm risco”, alertou. De acordo com ele, a venda da matéria prima está lesando os cofres públicos. “Foram vendidos 30 bilhões de barris e o Estado arrecadou apenas R$ 2 bilhões. Embora seja uma quantia grande, digo apenas porque se fizermos a conta de 30 bilhões de barris por US$ 100 esta riqueza passa dos trilhões de dólares. E as empresas só vão pagar royalties e impostos, que é muito pouco perto do lucro que pode dar”, afirmou.

Interior – Em Maringá a manifestação teve início às 9h e diversos atos foram realizados, como a coleta de assinaturas para um abaixo assinado pedindo a reforma política e distribuição de materiais informativos sobre a pauta da classe trabalhadora. O ato unificado começou às 16h no terminal urbano e depois os manifestantes saíram em caminhada pelas ruas da cidade. Em Apucarana, a CUT e seus sindicatos filiados, fizeram diversas atividades no período da manhã em parceria com os movimentos sociais.

Em Toledo, cidade com 120 mil habitantes na região Oeste do Estado, as centrais reuniram 10 sindicatos e realizaram manifestações em diversos pontos do município. Terminais de ônibus, comércio, hospitais, postos de saúde, empresas e vias públicas foram utilizadas pelo mutirão que levou a pauta da classe trabalhadora para a população da cidade.

Outras manifestações ocorreram em grandes cidades, como Pato Branco, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Guarapuava e Londrina.

Para ver a galeria de imagens do Dia Nacional de Lutas clique aqui.

 *Esta matéria será atualizada conforme os relatos do interior forem chegando. 

Notícia colhida no sítio http://www.cutpr.org.br/destaques/1134/dia-nacional-de-lutas-mobilizacao-pela-nossa-pauta

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Revista Fórum fez a cobertura em tempo real das manifestações que aconteceram em diversas cidades do país

Por Redação. Foto de capa: Mídia Ninja.

21h00 – Do Mídia Ninja: Em Poços de Caldas (MG), mobilização nas ruas do centro continua. Organizado, o grupo com dezenas de representantes de organizações sociais fecha agora a rua Assis Figueiredo, principal centro comercial da região. Estão presentes na mobilização, crianças, familiares, estudantes, representantes de conselhos e profissionais de vários segmentos.

20h57 – Manifestantes que protestavam em frente ao prédio da Globo de São Paulo se dispersaram após uma hora e meia de manifestação. Um grupo menor se concentra na avenida Berrini, mas a maioria já segue para as estações de trem (Via Terra).

20h54 – Manifestações no Paraná são marcadas por questionamento ao preço dos pedágios. Na Agência Brasil.

20h50 – Do Mídia Ninja: Repressão policial contra manifestantes no Rio de Janeiro durante Dia Nacional de Luta.

20h38 – A ponte estaiada, que tem o nome de “Ponte Octávio Frias de Oliveira” ganhou um novo nome. Manifestantes que protestavam em frente ao prédio da Globo colocaram um adesivo na placa em homenagem a Frias com os dizeres: Ponte Vladimir Herzog. (Via Terra)

20h29 – Milhares de pessoas na porta da Globo demonstrando sua indignação com a emissora e com o monopólio da midia! (Pablo Capilé)

https://www.facebook.com/pablocapile/posts/526644060723659

20h27 – Escracho da RBS em Porto Alegre:

“Jogamos 100 kg de merda de porco nas portas do grupo rbs!!!
deixamos lá um recado:
a merda que vocÊs fazem na tv,
nÓs devolvemos com prazer!”
(Alex Garcia)

http://vimeo.com/70140852

20h22 – No Rio de Janeiro, cerca de 200 manifestantes que estavam na Avenida Rio Branco decidiram continuar em passeata rumo ao Palácio Guanabara. Policiais começaram a lançar bombas de efeito moral e os manifestantes responderam com rojões. Clima tenso. (Via Estadão)

20h09 – Do Twitter @maria_fro: Globo Sonega!!!!! Genial #midiademocratica #dianacionaldeluta @ Estúdio 3 – Rede Globo

20h04 –  Declaração de Sérgio Watanabe, major da PM, justificando o uso da Força Tática no ato contra a Globo: “Resolvemos nos preparar porque os manifestantes que estavam aqui desde as 17h não pareciam ser muito simpáticos e não parece haver uma liderança e uma pauta específica. Mas a orientação é que a tropa só reaja para se defender” (via Terra)

20h03 – Às 19h50, o Metrô do Rio informou que todas as estações estão abertas e funcionando (Via R7)

19h58 – Do Twitter (@maria_fro) : Policia pra quem precisa de polícia, o Alckmin resolveu mandar prender a Globo sonegadora?…

19h53 – Cerca de 40 manifestantes interrompem tráfego na avenida Paulista, em frente ao Consulado da Bolívia, em protesto contra  prisão de corintianos. (Via R7)

19h44 – Ministro do Trabalho Manoel Dias fala sobre as manifestações. Confira trechos da nota oficial:

O movimento, segundo  o ministro, representa um reforço à pauta de reivindicação das centrais sindicais, já em discussão com o governo federal na Mesa de Negociação, coordenada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e a Secretaria-Geral da Presidência da República. 

Manoel Dias aproveitou para informar que as negociações em torno da pauta das centrais estão avançando e “certamente teremos sucesso em muitos itens”. Inclusive, algumas negociações já surtiram efeito. A mais recente foi adiamento da votação do projeto de lei que regulamentará a terceirização no país. Inicialmente previsto para ser votado esta semana, o projeto será levado a votação em agosto, após negociação na Mesa Quadripartite criada para discutir o tema. “Nós conseguimos estabelecer uma pauta de negociação e vamos conseguir conciliação”, declarou Manoel Dias. 

Em relação à redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, uma das reivindicações mais antigas das centrais, junto com o fim do fator previdenciário, Manoel Dias informou que será necessário fazer um amplo debate e um “grande acordo”. “A negociação é fundamental. O país vive um momento ímpar. É um país que gera emprego, mas isso não é tudo. Ainda precisamos avançar muito”, reconheceu o ministro. 

19h41 – Via Facebook de Renato Rovai.

19h39 – “Protestos contra a Globo deveriam ser diários”, diz cientista político. Na Rede Brasil Atual.

19h34 – Na Berrini, a caminho da Globo, com mensagens ‘sobreliminares’ no relógio. Venham, venham. (João Brant, no Facebook) https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10151690290011195&set=a.10150486564661195.416618.540596194&type=1&theater

19h30 – Metrô Rio informa que os acessos à Estação da Cinelândia foram novamente fechados por conta da manifestação no centro da capital fluminense (via IG)

19h20 – Via Twitter, Pedro Alexandre Sanches:

Durou exatos 4,3 segundos a notícia dos antiGlobo na Globo.

19h18 – Do Twitter do Fábio Malini:

300 mil tweets contra a Rede Globo. Uma outra estrutura de mídia no BR é tb pauta dos #protestosBr. Ñ há com esconder isso.

19h13 – Renato Rovai, via Twitter:

Clima começa a ficar pesado na frente da Globo. A passeata nao chegou aqui. Mais a PM já inicia intimidação aos manifestantes

19h08 – Mídia Ninja transmite ao vivo manifestação contra a Globo em São Paulo: http://twitcasting.tv/midianinja_sp

19h01 – Do Mídia Ninja: Repressão policial no Rio de Janeiro (RJ). Manifestantes seguem na avenida Rio Branco, em direção à Cinelândia. Ao vivo aqui: http://on.fb.me/189WhmX

18h57 – De Fábio Malini, via Twitter:

Análise do uso do Twitter revela ‘mapa’ de protestos no Brasil. http://goo.gl/XpfRD

18h54 – Do Twitter de Miguel do Rosário:

Grupo de 100 mascarados ataca manifestantes pacíficos na rio branco. Pm entra com gás e pimenta.

18h52 – Os com-bandeira voltam, tímidos, à rua. Texto de Pedro Alexandre Sanches aqui.

18h50 – Policias militares jogam bombas de efeito moral para dispersar manifestantes em Embu, que ocupam a Rodovia Régis Bittencourt (Via G1)

18h47 – Do Mídia Ninja: Centrais sindicais, juventude partidária, movimentos sociais, grupos indígenas, entre vários outros grupos tomaram a avenida Eduardo Ribeiro, uma das principais ruas do centro de Manaus (AM) durante a manifestação do Dia Nacional de Lutas.

18h42– RS: Em Porto Alegre, os manifestantes que estavam no Largo Glênio Peres, que serviu de encontro para cerca de 3 mil pessoas nesta quinta-feira (11), se dispersaram no final da tarde. (Via G1)

18h25 –Do Twitter @mairakubik:

“Manifestações tranquilas” e “Pautas ligadas aos direitos dos trabalhadores” são as máximas da mídia hoje. Não vi notícias dos atos na Globo

18h20 – Após mais de oito horas de protesto, estudantes e docentes da Universidade Estadual de Goiás (UEG) deixaram a reitoria, em Anápolis (via G1).

18h17 – Manifestação reúne entidades sindicais e movimentos sociais no centro de Porto Alegre. No Sul 21.

18h13 – Ato em Brasília pede democratização da comunicação no país. (na EBC)

18h10 – De acordo com a Globo News, manifestação em Brasília acaba de ser encerrada.

18h09 – O Metrô Rio informou que, por conta da manifestação, apenas o acesso Passeio está aberto na estação Cinelândia. Já na Carioca os usuários só podem entrar pelo acesso Rio Branco (Via R7).

.18h07 – Manifestantes fecham Rodovia Régis Bittencourt, nos dois sentidos, perto do Rodoanel, segundo o repórter Marcelo Mora, do G1. Manifestantes do MTST saíram de Embu das Artes, na Grande São Paulo.

18h04 – Do Mncr- Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis. Marcha Internacional de Economia Solidária, MNCR em Santa Maria-RS.

18h00 – Grupo continua em frente à sede da Rede Globo, no bairro Caiçara, em Belo Horizonte. Representantes de diversos movimentos usam um megafone para enumerar reivindicações. (via R7)

17h57 – Polícia Militar paulista faz cordão de isolamento na portaria da TV Globo, na avenida Dr. Chucri Zaidan, um dos alvos do protesto de hoje (via IG).

17h52 – Durante manifestação que ocorreu em frente à sede do Grupo RBS, ativistas espalharam estrume na entrada do prédio (Do Jornalismo B).

17h49 – Do Mídia Ninja: Em ato simbólico durante o Dia Nacional de Luta em Belo Horizonte, manifestantes renomeiam Viaduto Castelo Branco com nome de militante mineira que é uma das fundadoras do PT no estado e primeira vereadora mulher de Belo Horizonte. Íntegra aqui: http://bit.ly/10BniQ7

17h47 – De acordo com a Polícia Militar, público da manifestação na Avenida Paulista, hoje, foi de 7 mil pessoas.

17h44 – Via G1: Sete líderes sindicais entraram há pouco no prédio da Assembleia Legislativa de Pernambuco e serão recebidos por uma comissão do governo estadual.

17h39 – Do Mães de Maio

17h37 – Manifestantes começam a se dispersar na região central de São Paulo.

17h34 – No Rio de Janeiro, a avenida Marechal Floriano Peixoto opera em sentido único, em direção à Central do Brasil, em função de um protesto na pista contrária (via IG).

17h29 – Organizadores de ato no RJ pedem que manifestantes não cubram o rosto (via Agência Brasil)

17h28 – Do Mídia Ninja: Em Vitória, manifestantes ateiam fogo em pneus na Rodo Sol para protestar contra o aumento do pedágio que liga as cidades de Vitória e Vila Velha. Há uma semana cerca de 200 capixabas estão acampados Assembleia Legislativa do Espírito Santo para reivindicar a redução e dizem resistir até que sejam atendidos. Ao vivo: www.expurgacao.art.br

17h25 – Manifestação em São Paulo segue pela avenida Ipiranga, junto à Praça da República (via IG).

17h22 Estivadores invadem terminal e ocupam navio no Porto de Santos (na Agência Brasil).

17h20 – Em Brasília, de acordo com a PM, 1.000 pessoas participam da manifestação na Esplanada dos Ministérios.

17h16 – Em Porto Alegre, o transporte intermunicipal deve voltar às 21 horas, após estar parado desde a madrugada (Elder Ogliari, no Estadão)

17h13 – Em Brasília, manifestantes chegam ao Congresso Nacional. Segundo a Polícia Militar, são 650 pessoas.

17h11 –  Agências do INSS estão paradas em oito estados (Agência Brasil).

17h09 – Do Twitter de Vinícius Bocato: Lançar uma camiseta “Metrô vazio às 17h: EU FUI!” http://instagram.com/p/bo3WzYkbxT/

17h04 – De acordo com o portal G1, rodovias com bloqueio total ou parcial no momento:

BA: BR-324
ES: BR-262;
MT: BR-364; BR-163; MT-248; MT-358
PA: PA-275
PE: BR-423
RS: BR-392; BR-293; BR-116; ERS-122; ERS-265; RSC-470;
SC: SC-470

17h00 – Do Mídia Ninja: em Brasília, aproximadamente de mil manifestantes representantes dos movimentos e centrais sindicais se reúnem próximo ao museu nacional. O ato segue e marcha até o congresso nacional e pretende parar nos ministérios do planejamento, da agricultura e da comunicação.

Notícia colhida no sítio http://revistaforum.com.br/blog/2013/07/acompanhe-aqui-o-dia-nacional-de-lutas/

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Dia Nacional de Luta mobiliza São Paulo e reúne 15 mil na Paulista

11/07/2013

Entre as bandeiras hasteadas estavam reforma urbana e agrária e fim do projeto 4330 que amplia a terceirização

Escrito por: William Pedreira, Vanessa Ramos, Flaviana Serafim e Leonardo Severo

 

Vagner Freitas comanda mobilização na Paulista

Vagner Freitas comanda mobilização na Paulista

Com as agências bancárias totalmente paralisadas, a Avenida Paulista foi palco nesta quinta-feira (11) da manifestação unitária das centrais sindicais e movimentos sociais. O Dia Nacional de Luta que reuniu cerca de 15 mil pessoas ecoou um recado direto ao governo e ao Congresso Nacional: o momento é de modificar os rumos do país, aprofundar as mudanças e priorizar a pauta da classe trabalhadora.Somando as cores de todas as bandeiras, metalúrgicos, químicos, têxteis, professores, operários da construção civil, comerciários, motoboys, servidores públicos federais, estaduais e municipais, unificaram o seu protesto ao lado das lideranças dos sem-terra, estudantes e dos movimentos negro, indígena e feminino, enfatizando que este é o momento de realizar as reformas estruturais que o país necessita para fazer a roda da economia avançar, reduzindo os juros e ampliando os investimentos públicos.

Para que o país enfrente o impacto negativo da crise internacional com a pujança do seu mercado interno, milhares de manifestantes paralisaram as principais rodovias de acesso à capital e à região metropolitana, afirmando que é preciso por fim à sangria do superávit primário, que beneficia apenas o capital especulativo. A denúncia procede: de janeiro a maio, o governo federal desembolsou R$ 92,3 bilhões em juros – 3,6 vezes o que aplicou na Saúde, 6,3 vezes o que despendeu com Educação, 40 vezes o investimento orçamentário do período e três vezes o investimento das estatais.

DESENVOLVIMENTO – Centenas de paralisações, passeatas e manifestações cobriram o Estado de São Paulo, mobilizando os locais de trabalho, praças, ruas e aeroportos para destravar a Pauta da Classe Trabalhadora no Congresso Nacional, no Executivo e no Judiciário.

“O governo e o Congresso Nacional precisam ouvir as vozes das ruas, mudar a correlação de forças e levar em consideração as reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras. Unidos, mobilizados e com muita energia e disposição, continuaremos lutando para que a classe trabalhadora seja ouvida”, declarou Vagner Freitas, presidente nacional da CUT.

A Pauta Unitária das Centrais possui um eixo de caráter emergencial: barrar o Projeto de Lei 4330/04, que sob o pretexto de regulamentar a terceirização, promove uma reforma trabalhista extremamente prejudicial aos trabalhadores do Brasil, causando demissões e precarizando ainda mais as relações de trabalho.

O secretário de Relações Internacionais da CUT, João Felício, avalia que este PL é o início da flexibilização de direitos. “Para nós sempre foi um motivo de orgulho afirmar no movimento sindical internacional que o Brasil nunca fez alterações nos direitos trabalhistas. Não queremos que o nosso país adote a mesma prática política de países como a Grécia, Espanha, Portugal e tantos outros na Europa que fazem este tipo de flexibilização. Somos contra a aprovação deste projeto e vamos divulgar em todo o Brasil o nome dos deputados que votarem a favor disso”.

Além de liberar a terceirização para todos os tipos de atividades, o PL de autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) e relatoria do deputado Arthur Maia (PMDB-BA) não estabelece a responsabilidade solidária das empresas contratantes e não garante a isonomia. O PL 4330 deverá entrar na pauta da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara no dia 13 de agosto. “Vamos ampliar a nossa mobilização para retirar este projeto da pauta de votação, buscando uma alternativa que garanta todos os direitos dos trabalhadores”, pontuou Maria Godói Faria, secretária geral adjunta da CUT.

TIRAR DA GAVETA – Algumas reivindicações antigas da classe trabalhadora continuam engavetadas no Congresso Nacional, que se mantém insensível aos protestos. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 231 de autoria do então deputado Inácio Arruda (PCdoB-CE), hoje senador, que institui a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução de salários, tramita há 18 anos no Congresso. Em 2009, a comissão especial da Câmara responsável para analisar a proposta emitiu parecer favorável. Mesmo assim, pouco se avançou. De acordo com o calendário acertado com a presidenta Dilma, as 40 horas entrarão na pauta de discussões em setembro, juntamente com a correção da tabela do imposto de renda e do salário mínimo.

A redução da jornada de trabalho é um dos instrumentos para a distribuição de renda no país e, segundo estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), tem potencial para gerar mais de 2,5 milhões de postos de trabalho.

Outro ponto que continua engavetado pelo Congresso Nacional é o projeto que põe fim ao fator previdenciário. Instituído no período FHC, este redutor vem há anos lesando milhões de trabalhadores que se aposentam com a redução de até 40% nos seus benefícios.

Sérgio Nobre, secretário geral da CUT

Sérgio Nobre, secretário geral da CUT

Para o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, o fator previdenciário é um roubo. “A pessoa começa a trabalhar e paga pelo teto da previdência 35 ou 40 anos e quando vai aposentar se depara com o redutor, que desencoraja os trabalhadores. Isso é a mesma coisa que entrar num consórcio, por exemplo, de uma BMW – pagando as prestações até o final – e, quando termina de quitar, recebe um fusca no lugar. Isso faz com que a classe trabalhadora continue a trabalhar, porque não consegue sobreviver com a aposentadoria que é concedida. É uma grande injustiça que precisa ser corrigida já”.

FIM DOS LEILÕES E DO SUPERÁVIT PRIMÁRIO – O diretor executivo da CUT, Julio Turra, condenou a política macroeconômica implementada pelo governo. Exemplo é o novo aumento de 0,5 ponto percentual que elevou a taxa básica de juros, a Selic, para 8,5% ao ano, indicando a continuidade da política voltada a alimentar a ganância dos rentistas, banqueiros e especuladores. “Precisamos colocar um ponto final no superávit primário e investir esse dinheiro na melhoria das condições de vida e trabalho do nosso povo”, frisou. O dirigente cutista ressaltou, ainda, a necessidade de barrar os leilões do petróleo, “que representam uma entrega desse patrimônio estratégico do povo brasileiro às transnacionais”.

Segundo o presidente da CUT nacional, uma das pautas se refere à reforma política – reivindicação histórica da Central. “Entendemos que o Brasil precisa ter democracia participativa, o que não acontece com a estrutura política que temos hoje. Por isso, é preciso construir instrumentos para ouvir a população e o plebiscito é a resposta”, afirmou.

 

Ari, da Apeoesp, e Adi dos Santos Lima, presidente da CUT-SP

Ari, da Apeoesp, e Adi dos Santos Lima, presidente da CUT-SP

Na avaliação do presidente da CUT-SP, Adi dos Santos Lima, a reforma agrária deve ser uma das prioridades do governo. “Distribuir terras aos trabalhadores do campo é urgente, bem como dar apoio à agricultura familiar. Incentivamos a aliança entre o campo e a cidade porque, junto com as mudanças necessárias e estruturais, está também a urgência da reforma urbana”.Para João Felício, “a unidade é a garantia da vitória e, para isso, necessitamos ampliar a pressão para que a pauta dos trabalhadores, como a redução dos juros, o fim dos leilões do petróleo e do superávit primário, tome conta do país”.

A pauta de reivindicações da classe trabalhadora incluiu também as reformas agrária, tributária e urbana, a luta para que as reduções de tarifa do transporte não sejam acompanhadas de qualquer corte dos gastos sociais; 10% do orçamento da União para a saúde pública;  10% do PIB para a educação pública e a valorização das aposentadorias. Acrescidos a esses pontos unitários, o movimento também levou às ruas a luta pela democratização da mídia, encerrando o dia com ato de protesto em frente à Rede Globo..

Além das centrais, do MST, UNE e UNEGRO, fizeram uso da palavra na Paulista lideranças partidárias do PT, PCdoB, PSB, PPL, PSTU, PSOL e PCO, coroando o ato unificado. As centrais voltam a se reunir nesta sexta-feira (12) para definir os próximos passos comuns.

 

Veja a Galeria de Fotos do Dia Nacional de Luta

Veja a Galeria de Fotos do Dia Nacional de Luta

Notícia colhida no sítio http://www.cut.org.br/destaques/23469/dia-nacional-de-luta-mobiliza-sao-paulo-e-reune-15-mil-na-paulista

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