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Trabalhadores realizam mais um ato contra as metas abusivas do banco Itaú Unibanco

Bancários do CEIC, em São Paulo, apoiam ato contra metas abusivas

Sindicato organizou protesto para repudiar campanha “Tropa de Elite 2” e exige condições de trabalho e respeito aos trabalhadores

São Paulo – Inspirado no filme Tropa de Elite 2 – O Inimigo Agora é Outro, um gestor do banco enviou e-mail aos trabalhadores de agências da região norte de São Paulo com a campanha Tropa de Elite 2 – Operação PJ – O Desafio Agora é Outro. A denúncia chegou ao Sindicato e a ideia que o banco considera motivacional foi considerada desrespeitosa pelos bancários e pelo movimento sindical.

> Fotos: galeria da mobilização
> Vídeo: matéria especial do ato

Diante disso e da falta de condições de trabalho, com cobrança abusiva de metas, o Sindicato promoveu protesto no Centro Empresarial Itaú Conceição (Ceic) nesta quarta-feira 29.

Um teatro encenado em uma das entradas da concentração onde trabalham cerca de 12 mil funcionários (8,5 mil bancários) mostrava os empregados como soldados recebendo as ordens do gestor do banco. “No e-mail enviado aos trabalhadores foi exatamente como o banco convocou que os bancários cumprissem as metas, chamando-os de soldados”, explica a diretora do Sindicato Márcia Basqueira.

A dirigente sindical considera ofensiva a prática do Itaú, que em mesa de negociação durante a Campanha Nacional Unificada 2013 concordou, ao lado de outras instituições financeiras, a identificar as causas de adoecimento da categoria bancária.

“É absurda a utilização de palavras como ‘extermínio’ e a referência à violência para dar motivação aos trabalhadores. O que deixará o bancário do Itaú motivado é ter ar-condicionado na agência, não receber cobranças abusivas de metas, mais contratações e ter regras claras dos programas de remuneração”, ressalta o diretor do Sindicato Sérgio Francisco. “Os bancários do Itaú não estão aguentando. O banco não pode permitir isso”, destacou.

Segundo Márcia, os “cabeças pensantes” desse tipo de campanha sobre metas não imaginam o quanto é difícil a rotina nas agências. Situação confirmada por um bancário que elogiou o protesto do Sindicato. “Eu trabalhei em agência e agora trabalho no Ceic. Vocês estão de parabéns, pois é isso mesmo que acontece. O banco só olha o número de funcionários por agência, e o número de clientes na carteira. Não leva em consideração a realidade da região ou dos trabalhadores e clientes”, relatou.

Outro bancário, da divisão do Agir no Ceic, – departamento que analisa o desempenho das agências em todo o Brasil de acordo com os resultados do programa próprio – fala também da falta de regras claras: “O Itaú deve parar com essa correria insana e reestruturar todas as metas em agências, analisar o perfil de cada região e dos clientes. Muita gente fica doente por não alcançar as metas”. Bancário no Itaú há dois anos, o rapaz demonstrou insatisfação com a pressão no departamento e reclamou do acúmulo de trabalho sem contratação de pessoal. “Do início de 2013 pra cá o Itaú piorou muito no tratamento dos funcionários e na infraestrutura”, destacou.

Condições de trabalho – Na base do Sindicato, agências do Itaú são fechadas constantemente por aparelhos de ar-condicionado quebrados e também por falta de funcionários. “O banco continua lucrando, acabou de incorporar o CorpBanca, instituição financeira chilena, aumentando seus ativos na América Latina. Mas continua pecando em investimento nas condições de trabalho dos bancários brasileiros. É preciso humanizar as relações com seus funcionários”, conclui Márcia Basqueira.

Gisele Coutinho – 29/1/2014

Notícia colhida no sítio http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=6854

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