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Juros altos favorecem rentismo e atrasam o país

“É chegada a hora de mudar o jogo, não podemos admitir uma economia capenga”, afirmou João Sicsú, economista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em sua coluna semanal na Rádio Vermelho.

Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo
Ele lembrou que esse foi o sétimo aumento seguido desde abril de 2013 e ressaltou que “sempre que o Banco Central faz esse movimento de elevação da taxa de juros, desaparecem os debates sobre a independência do Banco Central. Ou seja, a bandeira do Banco Central independente só vem à tona quando há o movimento de redução da taxa de juros”, alertou o economista.

Segundo ele, essa observação reforça o argumento de que o “Banco Central possui uma baixa independência em relação ao mercado financeiro e aos rentistas, que pressionam por mais juros”. Para Sicsú “juros altos representam maior transferência de renda de pobres para os ricos, maior concentração da renda”.

Na opinião do economista, esse argumento é o termômetro para pressão e, consequente, aumento em 3 pontos percentuais da taxa de juros. Isso porque “pelo décimo ano consecutivo, o governo cumpriu a meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional”, lembrou o economista.

Ele destacou que o momento agora é de reflexão sobre os níveis reais de independência do Banco Central do mercado. “Nenhum órgão do governo deve ficar ao sabor das pressões do mercado financeiro e nem dos possuidores dos títulos da dívida pública.”

E mais: “É preciso mudar essa política monetária conservadora, ela só atrasa o desenvolvimento brasileiro. Durante o governo Lula alcançamos diversos avanços sociais no país, resultados da política econômica da época, que garantiu orçamento para o governo. De modo que é preciso avançar, e para avançar é necessário uma política econômica adequada às demandas e necessidades sociais existentes no país”, indicou o economista.

Ouça a íntegra da reflexão na Rádio Vermelho:

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Coluna do João Sicsú 

Notícia colhida no sítio http://www.vermelho.org.br/radio/noticia.php?id_noticia=233849&id_secao=35

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10 de Janeiro de 2014 – 12h14

“Inflação sob controle é motivo de comemoração”, diz economista

Pesquisa divulgada nesta sexta-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou 2013 em 5,91%. O dado fica dentro da meta oficial do governo cujo teto é 6,5%. “Pelo décimo ano consecutivo, o governo cumpriu a meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional”, lembra o economista João Sicsú.

Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo
O especialista acrescenta que “reduzir a inflação é uma meta natural do governo, porque quanto menos inflação melhor, mas o país mantém a meta estabelecida. Isso é importante”. Segundo Sicsú, “alguns itens pressionaram o índice de dezembro um deles foi o item passagem área que subiu absurdamente em dezembro em função da alta temporada”.

Ele lembra que “é importante observar que os itens que estão pressionando a inflação, sobretudo nos últimos 5 anos, são o itens alimentação e bebidas, basta observar que os dois sozinhos subiram mais que a inflação (8,48%) . O governo precisa ficar de olho, pois é aí que encontramos o nosso maior problema. Esses setores sofrem com a quebra de safra ou a especulação internacional”.

“Penso que daqui para a frente é preciso elaborar políticas mais sofisticadas no combate à inflação. Penso que é preciso refletir muito sobre a ideia de que elevar juros é a saída para conter a inflação, isso prejudica os investimentos e breca o desenvolvimento”, enfatizou Sicsú ao fazer análise do quadro geral da economia no Brasil.

A pesquisa do IBGE indica que o principal impacto veio de Alimentação e Bebidas, com alta acumulada de 8,48%. Em 2012, esse índice foi maior, de 9,86%. Só em dezembro, o IPCA subiu 0,92%,o maior resultado mensal desde abril de 2003 (0,97%), segundo o IBGE.

A pesquisa aponta ainda que, na variação mensal, o maior destaque do IPCA em dezembro coube ao grupo Transportes, com alta de 1,85%, ante 0,36% em novembro.

Fonte: IBGE


Itens de impacto

Entre as maiores variações está a dos preços relativos a despesas pessoais, que acumulou alta de 10,04% para 8,10%. Ficaram mais caros os gastos com cigarro (15,33%), manicure (11,01%), hotel (10,81%), costureira (7,03%) e cabeleireiro (8,05%).

O grupo de gastos com educação também teve forte variação, passou para 7,94%, com os maiores destaques partindo dos preços de mensalidades dos cursos regulares (8,22%) e de cursos diversos, como de idioma e informática (9,29%).

Também ficou acima do IPCA acumulado no ano a variação dos preços relativos à saúde, que foi de 5,95% para 6,95%, puxada, principalmente, pelos planos de saúde, cujas mensalidades ficaram 8,73% mais caras.

Inflação para famílias de baixa renda

O Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística (IBGE) também divulgou, nesta sexta-feira (10), o indicador que mede a inflação para famílias de baixa renda, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), fechou 2013 em de 5,56%, índice menor que o de 2012, 6,2%.

De acordo com o IBGE, entre as regiões metropolitanas pesquisadas, o maior INPC foi registrado em Fortaleza (6,94%) e em Recife (6,93%). Nas duas capitais, além do grupo alimentação e bebidas, pressionaram a inflação os reajustes nos preços dos alugueis. A inflação mais baixa foi identificada em Salvador (4,7%).

Ouça a opinião na Rádio Vermelho:

Programa Destaques do Vermelho
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Notícia colhida no sítio http://www.vermelho.org.br/radio/noticia.php?id_noticia=233375&id_secao=331
 
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9 de Janeiro de 2014 – 15h20

Sicsú: Juros altos e superávit primário brecam desenvolvimento

“A mensagem para 2014 é de que este deve ser um ano que equilibre as contas com as necessidades sociais. Para tanto, é necessário reduzir juros, para que realizemos um superávit primário cada vez menor e assim tenhamos maior espaço para ampliar o investimento”, afirmou João Sicsú, economista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em sua coluna semanal na Rádio Vermelho.

Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo

Mesmo avaliando que parte do montante destinado ao superávit primário poderia ser investido em serviços essenciais à população e infraestrutura do país, o economista ponderou que cumprir a meta é importante para reafirmar o compromisso do governo com as contas públicas organizadas, caminho para alcançar taxas de juros mais baixas.

E mais, Sicsú destaca que “esses R$ 75 bilhões representam um valor elevado quando olhamos para as necessidades da saúde, educação e programas sociais do governo. Esse setores precisam de bilhões em recursos e esses recursos estão compondo o superávit”.

De acordo com o especialista, para diminuir o duto por onde passam os recursos drenados para o superávit “é preciso empreender, em 2014, um nova onda pela redução da taxa dos juros. Só assim poderemos ter espaço para um superávit menor e, consequentemente, destinar mais recursos para setores estratégicos que fomentem o desenvolvimento do país”, alertou Sicsú.

Ouça a íntegra da reflexão na Rádio Vermelho:

Coluna do João Sicsú
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Notícia colhida no sítio http://www.vermelho.org.br/radio/noticia.php?id_noticia=233309&id_secao=333
 
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27 de Dezembro de 2013 – 0h00

Retrospectiva: João Sicsú avalia a política econômica em 2013

A política econômica do governo Dilma Rousseff deu o tom do noticiário ao longo de 2013. Para descortinar o que esteve por trás das previsões alarmistas, dos editoriais golpistas e do choro dos profetas midiáticos, a Rádio Vermelho, em importante parceria com o economista João Sicsú, inaugurou, em 2013, a coluna semanal “Economia em Números”, que travou de forma aguerrida uma luta para explicar a real situação da economia no Brasil.

Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo
Nesta última edição de 2013, João Sicsú, que também é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), fez amplo balanço da política econômica em curso, avaliou o avanços e pontuou os desafios que precisamos vencer para que o Brasil entre em um circuito ainda mais avançado de desenvolvimento.

Dentre os diversos assuntos ponderados pelo especialista, estão as dificuldades em ampliar os números do crescimento. Segundo ele, os últimos resultados revelam a dimensão dos desafios que o Brasil deve enfrentar para fomentar o desenvolvimento nacional com distribuição de renda, valorização do trabalho e justiça social.

A inflação, arma utilizada pela imprensa conservadora já nos primeiros meses do ano com falsas manchetes que comparavam a realidade de 2013 com a vivida na virada da década de 1980/1990, encerra o ano, na avaliação de João Sicsú, como moderada.

“O resultado da inflação no Brasil tem sido de uma inflação moderada e que está sob controle. Pelo quinto mês consecutivo a inflação acumulada em 12 meses está em queda. Há uma grande possibilidade da inflação de 2013 ser a menor dos últimos três anos”, explicou Sicsú.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), que apresentou recuo no último trimestre, o colunista assinalou que esses resultados revelam a influência que a atual política econômica tem no avanço do desenvolvimento. “Estamos sofrendo ainda os efeitos de uma política econômica adotada em 2011, a qual prevê a elevação das taxas de juros e o aumento do superávit primário, o que desacelera a economia de maneira muito significativa”, pontuou o economista.

“As perspectivas para 2014 e agora para o final de 2013 são perspectivas que indicam a retomada do crescimento, mas em ritmo muito modesto. Precisamos de uma alteração significativa de política econômica, ou continuaremos nessa trajetória. Ou seja, precisamos de uma política de redução das taxas de juros, de desoneração da atividade empresarial e de uma ampliação arrojada do investimento público, que impulsione o investimento privado”, acentuou o economista.




Veja o que a Coluna Economia em Números debate em 2013:


Ouça a última edição de 2013 da Coluna Economia em Números na Rádio Vermelho:

Coluna Economia em Números
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Notícia colhida no sítio http://www.vermelho.org.br/radio/noticia.php?id_noticia=231476&id_secao=333
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