Na noite da última terça-feira, 27 de maio, os bancários da base de Curitiba e região se reuniram no Espaço Cultural para a Plenária Regional da Campanha Salarial.
No início da plenária, Otávio Dias, presidente do Sindicato, lembrou a todos que esse era o último encontro regional de sua gestão. A mesa de abertura teve a presença dos dirigentes Ana Smolka, que valorizou a presença e a luta das mulheres bancárias; Márcio Kieller, representando a CUT-PR, lembrou que os bancários são referência nacional para as demais campanhas salariais; e Elias Jordão, presidente eleito do Sindicato para o triênio 2014-2017. “As principais demandas apontadas pela categoria são as condições de trabalho e o bancário coloca no Sindicato suas últimas esperanças”, afirma o dirigente.
Durante o encontro foram apresentados os dados da consulta respondida pela categoria, que apontou as prioridades que serão levadas para debate durante a Conferência Estadual dos Bancários, que será realizada em Cornélio Procópio, nos dias 13, 14 e 15 de junho.
Os debates iniciaram com a apresentação das propostas específicas definidas pelos funcionários do BB, pela dirigente Ana Smolka, que lembrou do adoecimento dos bancários causado pela produtividade aumentada.
O dirigente Genésio Cardoso, bancário da Caixa, destacou a revisão da pauta histórica de reivindicações. “A Caixa está implantando a meritocracia, a valorização individual nos molder do Agir (Itaú) e do PCR (BB). Nós vamos resistir a qualquer ataque neste sentido”, destacou o representante do Paraná na Comissão de Empregados.
Os dados apresentados foram publicados na última edição da Folha Bancária. Acesse aqui o resumo dos itens específicos.
Resultado da consulta – Os bancários de Curitiba e região querem a valorização do emprego, com o fim das demissões, mais contratações, o fim da terceirização e jornada legal de 6 horas sem redução salarial. Foram preenchidos 1.890 formulários, sendo 56% de bancários sindicalizados.
Remuneração direta – A consulta apontou que os bancários querem a manutenção do aumento real e pedem reposição da inflação mais 5%. Com a projeção para a data-base, o reajuste ficaria entre 11,8% e 12%. Os bancários também querem aumento do piso salarial de forma escalonada para atingir o piso do Dieese, que no mês de abril já estava projetado no valor de R$ 3.019,07.
Remuneração indireta – A categoria pede a valorização diferenciada do vale-alimentação e do vale-refeição e apontaram a previdência complementar como prioridade.
Remuneração variável – Os bancários querem um novo modelo de PLR. O presidente do Sindicato, Otávio Dias, lembrou que já existe o debate no Comando Nacional para propor um novo modelo de Participação nos Lucros, com valor mínimo linear, garantido independente dos resultados. E que a fórmula atual seja reajustada para 1 salário mais um valor fixo.
Os bancários da base também querem o não desconto dos programas próprios dos bancos na PLR e a garantia de reflexos da remuneração variável para fins previdenciários.
Saúde e condições de trabalho – A categoria apontou o fim das metas abusivas, fim do assédio moral e sexual e melhoras no plano de saúde. “Observamos que em todos os bancos, ao menos um formulário foi preenchido pedindo o fim do assédio sexual. Esse debate deve ser prioridade na campanha deste ano”, pontuou Otávio Dias.
De 1.890 bancários que responderam à pesquisa, 931 responderam que sentem sintomas de doenças relacionadas ao trabalho, e 168 já foram ou estão afastados.
Mobilização – Das pesquisas respondidas, 51% dos bancários apontaram que vão participar das assembleias e 46% se dispuseram a fazer greve.
Igualdade de Oportunidades – A plenária aprovou uma nova redação para a minuta de reivindicações que será levada à Conferência Estadual, renomeando a licença-maternidade de 180 dias para licença-parental, prevendo que o benefício seja estendido para casais homoafetivos.
Confira outras fotos no facebook do Sindicato. Crédito das fotos: Joka Madruga.
Por: Paula Padilha
SEEB Curitiba