OS IMPACTOS DA AMPLIAÇÃO DESENFREADA DOS CORRESPONDENTES BANCÁRIOS E DA REGULAMENTAÇÃO DO MOBILE PAYMENT NO BRASIL
Teve início no fim da tarde desta sexta-feira, 13 de junho, a 16° Conferência Estadual dos Bancários do Paraná. O evento, que reúne mais de 270 representantes de bancários de todo o estado, está sendo realizado em Cornélio Procópio e vai até amanhã, 14 de junho. Os debates foram iniciados com o painel Novas tecnologias bancárias afetando diversas categorias: Correspondentes e Mobile Payment, apresentado pela economista Vivian Rodrigues, da subseção do Dieese na Contraf-CUT.
Em sua apresentação, Vivian fez um balanço do avanço de duas “tecnologias bancárias” no país: o correspondente bancário e o mobile payment. Segundo a economista, o modelo brasileiro de correspondente já tem sido exportado para outros países e passou de 36.474 pontos de atendimentos, em 2003, para 405.248, em 2013 – enquanto as agências bancárias foram de 16.829 para 22.740, no mesmo período.
“Desde 2002, esse modelo foi discutido, posto em prática e consolidado, sob a justificativa de levar atendimento a comunidades desassistidas. Contudo, a distribuição dos pontos de atendimento – centrada sobretudo no sudeste, região que não carece de estrutura bancária –, prova que os reais motivos são outros”, explicou.
Sobre o mobile payment, Vivian expôs sobre a regulamentação ocorrida em outubro do ano passado, com a aprovação da Lei Federal 12.865/2013, que autoriza o Banco Central a definir regras, autorizar o funcionamento dos novos serviços e empresas e fiscalizá-los. Sob a justificativa do crescimento acelerado do setor de telecomunicações e, novamente, da inclusão financeira, foi aprovada no país uma legislação que estimula o mobile payment e estabelece novas figuras, como as instituições de pagamento e os arranjos de pagamento.
Confira aqui mais detalhes da apresentação da economista Vivian Rodrigues (em *.pptx).
Ao final, a economista falou ainda sobre novas tecnologias em desenvolvimento, como o “Caixa do Futuro” – com atendimentos realizados por videoconferência – e a ampliação do uso do SMS, e questionou sobre os impactos desta reestruturação tecnológica no mundo do trabalho.
Por: Renata Ortega
Fonte – http://www.bancariosdecuritiba.org.br/noticias_detalhe.asp?id=19281&id_cat=1