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4º Congresso da Contraf-CUT foi histórico para bancários do Paraná

Entre os dias 20 e 22 de março realizou-se em São Paulo o 4º Congresso Nacional da Contraf-CUT. A Contraf representa mais de 90% dos bancários do Brasil. Participaram do conclave oito federações e mais de 100 sindicatos, na sua grande maioria filiados à Central Única dos Trabalhadores, a CUT.

O evento é histórico para todos os bancários, mas em especial para os bancários paranaenses, que elegeram para presidente da entidade o trabalhador bancário do Itaú, Roberto Antônio Von Der Osten, conhecido no Brasil inteiro carinhosamente por Betão. Beto Von Der Osten foi eleito por aproximadamente 78% dos delegados eleitos para o Congresso. Ele foi presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região na gestão 1993 a 1996, conduziu a CUT-PR nas gestões 1997/2000 e 2000/2003.

A bancada do Paraná contou com uma representativa delegação de 21 delegados, dos três agrupamentos políticos dos bancários cutistas no Paraná, sendo seis delegados dos sindicatos de Paranavaí, Campo Mourão, Toledo, Guarapuava, Umuarama e Assis (Pactu); seis delegados dos sindicatos de Londrina, Apucarana, Arapoti e Cornélio Procópio (Vida Bancária);  e 10 delegados do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região metropolitana. Dentre eles dois delegados natos, por já serem parte da Confederação: Wanderlei Crivellari e o próprio Roberto Antônio Von der Osten, que ocupava o cargo de diretor de Finanças da Contraf/CUT e foi eleito presidente.

O 4º Congresso acontece num momento delicado da vida do país. E por isso, a direção que assume a entidade, capitaneada pelo bancário paranaense Roberto Antônio Von der Osten, reveste-se de importância ímpar e histórica, pois dentro do cenário político teremos embates importantíssimos a travar, como a luta contra o Projeto de Lei 4330, que precariza as relações de trabalho e pode pôr fim à categoria bancária (nos moldes que se encontra nos dias de hoje). A defesa das empresas públicas como a Petrobrás, que vem sendo atacada por ser um dos fortes instrumentos de desenvolvimento social; a Caixa Econômica Federal e a tentativa de abertura do seu capital (que o movimento sindical já se colocou frontalmente contra).

Conquistas históricas dos bancários estão ameaçadas se não nos mobilizarmos para fazermos o devido enfrentamento. Porque além de acabar com direitos históricos da categoria bancária, como o Acordo Coletivo Nacional e a Campanha Salarial Unificada, que tem trazido enormes avanços para todas as bancárias e bancários, pode por fim também à poderosa organização sindical dos bancários, que reúne atualmente mais de 100 sindicatos em 8 federações estaduais e regionais. Por isso essa também deve ser uma das marcas da gestão que se inicia na Contraf: a defesa das empresas públicas, principalmente a Caixa 100% pública.

O Congresso da Contraf é fruto do resultado e dos apontamentos das Conferências estaduais e regionais das federações e das assembleias realizadas na totalidade dos sindicatos. O que nos trouxe um bom arcabouço de bandeiras de lutas que teremos no próximo período. Durante o Congresso, aconteceram reuniões de forças políticas que estão presentes na Contraf. E na grade oficial foi realizada uma mesa de conjuntura Internacional e Nacional.

Com panoramas colocados pelos representantes das forças políticas do Congresso e também uma boa e ponderada análise de conjuntura nacional do ex-deputado estadual e ex-presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e ex-presidente da Contraf, o dirigente bancário do Itaú, Luiz Claudio Marcolino, que fez uma abordagem sobre a situação política e econômica do Brasil, apresentando dados fundamentais para subsidiar os dirigentes sindicais bancários da central, das federações e dos sindicatos.

O debate contribuiu para apontarmos um norte para nossas lutas e enfrentamentos que teremos no próximo período.

Márcio Kieller, Vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT-PR) e funcionário do Itaú.

 

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