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Banqueiros querem diminuir o poder de compra da categoria bancária

Seria cômico se não fosse trágico. Mesmo diante de grandes lucros, os banqueiros, por meio da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), ofereceram uma proibitiva e indecorosa proposta de – pasmem! – 5,5% de reajuste para salários e vales. O valor sequer fica perto para a reposição da inflação, que foi de 9,88%. Ou seja, a “oferta” patronal vai representar uma perda de 4% para a categoria. Além deste valor, foi oferecido também um abono de R$ 2,5 mil.

Foto: Divulgação

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Indignado diante de tanto descaso, o presidente da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR), Junior Cesar Dias, classificou a proposta como pífia e que os bancários e bancárias estão prontos para uma “queda de braço”. “Mais uma vez os banqueiros decepcionam os trabalhadores. Hoje completam 25 dias da nossa data base e cinco reuniões de negociação. Nossa minuta de reivindicações foi entregue no dia 11 de agosto e, junto a isto, os banqueiros obtiveram uma lucratividade no primeiro semestre maior que o mesmo período do ano passado, com previsão de aumentar ainda mais neste segundo semestre, ou seja, não estão nos tratando com o respeito que merecemos. Esta proposta é um misto de desrespeito com provocação. Vamos à greve”, garante.

Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Elias Jordão, o tratamento dado pelos banqueiros obriga os bancários e bancárias a partir para a greve, uma vez que a proposta oferecida pelos patrões pode ser classificada como “pura provocação”. “Mais uma vez, os bancos frustam os trabalhadores que se dedicam o ano todo, cumprindo as metas e gerando bilhões em lucro para o sistema financeiro. Para variar, continuam alegando crise e preocupação com a inflação futura, como se não estivessem nadando em lucros. Para toda provocação é necessária uma reação. Portanto, se quisermos ser tratados com dignidade, vamos todos à assembleia, no dia 01 de outubro, rejeitar esta proposta indecente e organizarmos uma mobilização muito forte”, afirma.

Foto: Divulgação

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O presidente do Sindicato dos Bancários de Cornélio Procópio e Região (Seeb Cornélio Procópio), Divonzir Lemos Carneiro, classificou a proposta dos bancários como absurda e que a única maneira dos banqueiros levarem a sério a categoria será por meio de uma greve. “Os bancários e bancárias do Brasil vêm de um sequência histórica de ganho real há mais de 10 anos e não será agora que isso vai ser quebrado. Os lucros exorbitantes obtidos ao longo dos últimos anos e as tarifas escorchantes praticadas pelos bancos não justificam essa proposta rebaixada que eles nos propõe. O capital é perverso. O capital não reconhece o esforço individual e coletivo que a classe trabalhadora merece e faz jus. Portanto, a saída é greve por tempo indeterminado”, salienta.

O Comando Nacional dos Bancários está reunido, mas já informou na mesa que a proposta é muito ruim e vai indicar rejeição nas assembleias.

Autor: Flávio Augusto Laginski, com informações da Contraf-CUT

Fonte: Fetec-CUT-PR

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