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Antes e depois dos Sindicatos

Transformação social é com a gente

Não é de hoje que o sindicalismo incomoda os patrões e as grandes elites do país. Afinal, é, há décadas, o grande movimento que se coloca diante dos poderosos para enfrentar sua sanha para restringir toda a riqueza do mundo ao mínimo de pessoas possível.

 

Por conta disso, o movimento sindical é agredido sistematicamente, desde sempre, principalmente nos meios de comunicação do Brasil, sabidamente ligados aos grandes empresários e poderosos do país. Conservadores de uma realidade baseada na exploração de muitos para o deleite de poucos e existente desde os tempos de Cabral.

São muitos anos de mentiras, notícias distorcidas, ataques de toda a ordem que chegaram a culminar em uma sangrenta ditadura de 21 anos. Verdadeiras campanhas de difamação e criminalização de um movimento que busca, antes de tudo, justiça social.

“Eles fazem isso porque demonstramos que temos alternativas um milhão de vezes melhor do que eles”, afirma Vagner Freitas, presidente da CUT, a maior central sindical do país e a quarta maior do mundo, à qual o Sindicato é filiado.

Nesta série, chamada de Antes dos Sindicatos e Depois dos Sindicatos, ou somente AS/DS, pretendemos mostrar como era o mundo do trabalho quando dependíamos apenas da boa vontade dos patrões para conseguir alguma coisa e como ele é com a presença do sindicalismo.

Cada trecho abaixo é parte de uma reportagem maior, publicada tanto no site quanto na Folha Bancária, e que fala da atuação organizada dos trabalhadores em defesa de seus direitos. Aproveite a leitura, ela fala de você, de sua classe como trabalhador. Veja a diferença que os sindicatos fazem na sua vida e fortaleça o movimento.


Dois dias que marcaram a história da categoria

Primeira greve nacional dos bancários pós-ditadura completa 30 anos, mas seu legado reflete-se até hoje

 

São Paulo – O cenário, a Praça da Sé, início da noite de 10 de setembro de 1985. Aos poucos o local foi tomado por milhares de bancários da cidade de São Paulo. Ouviam o então presidente do Sindicato, Luiz Gushiken. Era a assembleia que decretou o início da primeira greve nacional da categoria após a ditadura militar. O movimento que parou o sistema financeiro da capital durou dois dias nos bancos privados e públicos estaduais – no BB duraria mais um e os empregados da Caixa ainda não eram da categoria – e conquistou 90,78% de reajuste, 22,45% acima da inflação segundo a Folha Bancária à época.

Luiz Antônio Azevedo, o Luizinho do BB, um dos organizadores do levante, atribui o resultado vitorioso ao aprendizado com as greves de 1978 e 1979.

“Em 1978, ainda na oposição do Sindicato, tentamos reproduzir a máxima dos metalúrgicos do ABC: braços cruzados, máquinas paradas. Não deu certo, pois os bancários, principalmente caixas e escriturários, ficavam expostos à pressão de chefias e clientes”, lembra o dirigente. “Em 1979 a categoria estava dividida e, frente à forte repressão policial, o movimento não teve êxito. Tiramos a lição de que numa próxima greve teria de haver unidade da categoria em todo o país.”

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Caixa Federal: bancários, sim senhor

Direito à sindicalização e conquista da jornada de seis horas são frutos da organização e da persistência dos empregados do banco público

São Paulo – O ano de 1985 pode ser considerado divisor de águas na categoria bancária, devido ao aprimoramento da organização nacional na luta por melhores condições de trabalho. Numa verdadeira onda revolucionária que invadia o país por meio de um novo sindicalismo, os empregados da Caixa Federal também escreveram página importante da história.

Mês e meio depois da primeira greve nacional pós-ditadura, em 11 e 12 de setembro, empregados da Caixa fizeram uma paralisação em todo o país de 24 horas que teve como resultado a conquista da jornada de seis horas e o direito à sindicalização, garantindo-lhes direitos iguais aos demais bancários. O movimento, em 30 de outubro, contou com adesão de praticamente 100% dos empregados. “Foi construído ao longo de meses e por isso as agências simplesmente não abriram. Em poucas unidades tivemos de fazer um convencimento maior”, afirma o ex-dirigente sindical Valmir Gôngora, um dos coordenadores da paralisação na zona leste de São Paulo.

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EUA são exemplo da falta que faz um sindicato
Sem qualquer canal de negociação coletiva, bancários nos Estados Unidos amargam salários reduzidos, anos sem qualquer reajuste, falta de plano de carreira e desrespeitos diários

 

São Paulo – Os bancários nos Estados Unidos passam anos sem qualquer reajuste ou promoção. Não recebem vales refeição e alimentação, nem vale-transporte, PLR, 13º salário ou adicional de férias que, por sinal, são de apenas duas semanas por ano. Não têm a quem apelar quando sofrem assédio moral de gestores ou enfrentam qualquer outro problema nos locais de trabalho. Também não têm licença-médica remunerada, um direito básico entre os trabalhadores no Brasil. Outra coisa que os bancários norte-americanos não têm é um sindicato que os represente.

“Essa situação ilustra muito bem a falta que faz um sindicato que negocie em nome dos trabalhadores”, afirma Rita Berlofa, diretora executiva do Sindicato e uma das representantes da entidade na campanha para organizar os bancários norte-americanos, realizada junto com a Uni Global Union (sindicato global), a CWA (Communications Workers of America), CUT e Contraf-CUT. Participam ainda várias organizações sociais estadunidenses como a Jobs With Justice (JWJ).

“Em uma economia globalizada, onde o capital não tem fronteira, problemas que atinjam trabalhadores em qualquer parte do mundo refletem sobre os demais. E no país que é o celeiro das ideias neoliberais, uma das principais economias do planeta e que concentra 1/3 dos trabalhadores do setor financeiro no mundo, a ausência de organização sindical é trágica para o restante dos trabalhadores. Daí a importância desse trabalho”, destaca a dirigente.

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Saiba separar o joio do trigo

Quando imprensa trata casos específicos como realidade geral, demoniza sindicatos e faz jogo dos patrões

 

São Paulo – Existem sindicatos que não são comprometidos com a sua categoria? Infelizmente sim. Assim como em outros setores da sociedade, existem organizações sérias e outras nem tanto. Porém, quando a imprensa passa a mensagem de que todas as entidades são iguais, está prestando um desserviço para a população e atendendo aos interesses do empresariado.

“Ao igualar todos, pretende-se minar a percepção do papel que os trabalhadores cumprem na luta por condições dignas de trabalho. E são tantas. Conquistas como férias, pagamento de horas extras, vales alimentação e refeição, auxílio-creche, licença-maternidade, tudo isso vem de um grande processo de luta de sindicatos sérios aliados a categorias combativas”, afirma a secretária de Comunicação do Sindicato, Marta Soares. “No caso dos bancários, por exemplo, a proibição do trabalho aos sábados foi uma conquista da greve de 1962 e outras tantas vieram ao longo das últimas décadas. Retratar parte dos sindicatos como se fossem todos pelegos só atende ao interesse dos maus patrões que sonham com um mundo sem sindicatos combativos”, enfatiza.

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Transformação social é com a gente

Antes dos sindicatos, até direito a férias era questionado: “Que fará um trabalhador braçal durante 15 dias de ócio? ”. Série de reportagens vai mostrar quanto luta contribui para evolução

São Paulo – Imagine você, trabalhador, de repente acordar e descobrir que terá de cumprir jornada de trabalho de 16 horas diárias, sem direito a férias, 13º salário, licença-maternidade, benefícios previdenciários ou até mesmo a um dia de descanso por semana. Esse cenário, bastante desolador, é exemplo de como seria o mundo do trabalho caso fosse possível apagar da história a luta do movimento sindical.

 

A organização dos trabalhadores, desde o século XIX, tem sido uma das principais ferramentas de transformação social no Brasil. Sem a luta do movimento sindical, o empresariado rural e urbano ditaria sozinho, de acordo com interesses próprios, o rumo das relações de trabalho no país.

Ainda em 1926, quando trabalhadores pressionaram o governo Arthur Bernardes para sancionar decreto estabelecendo o direito a 15 dias de férias, entidades patronais já davam mostras de seus interesses. Em carta enviada ao governo, as associações empresariais paulistas (embrião da Fiesp, a Federação das Indústrias de São Paulo) tentavam convencer o então presidente a revogar o decreto.

“Que fará um trabalhador braçal durante 15 dias de ócio? Ele não tem o culto do lar, como ocorre nos países de padrão de vida elevado. Para nosso proletariado, para o geral de nosso povo, o lar é um acampamento – sem conforto e sem doçura. O lar não pode prendê-lo e ele procurará matar as suas longas horas de inação nas ruas”, defendia o empresariado paulista.

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Notícia colhida no sítio http://www.spbancarios.com.br/Pagina.aspx?id=383

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