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Mobilização neste sábado traz direitos sociais e liberdade democrática para o centro do debate

Combate à privatização da Copel e Sanepar também estará presente no ato que acontecerá às 10h na Boca Maldita.

No sábado (3) milhares de pessoas irão às ruas em diversas cidades do Brasil para defender os direitos sociais, a liberdade democrática, a soberania nacional e a integração com os países vizinhos. No Paraná, o ato que será realizado às 10h, na Boca Maldita, ainda terá uma especificidade regional: a defesa da Sanepar e da Copel como empresas públicas.

“Estamos compondo com os diversos movimentos sociais para organizar um grande ato que defenda os direitos sociais, a liberdade democrática e Petrobrás. Mas aqui no Estado teremos uma particularidade: a defesa da Copel e da Sanepar que correm o risco de privatização sob a gestão do governador Beto Richa, que se não bastasse colocar a mão no dinheiro da previdência dos servidores públicos agora ainda quer vender empresas símbolos do nosso Estado”, enfatiza a presidenta da CUT Paraná, Regina Cruz.

A intenção de privatizar as estatais chegou a ser anunciada pelo secretário estadual da Fazenda, Mauro Ricardo Costa e pode acontecer pois estava prevista no “pacotaço” enviado por Richa à Assembleia Legislativa. Neste caso, ações das empresas seriam vendidas ao mercado. A possibilidade fez com que movimentos sociais organizassem a “Frente Parlamentar em Defesa das Empresa Públicas Paranaenses”.

Mas além da pauta estadual, em defesa das empresas públicas, o ato também trará uma extensa pauta que resultou no Manifesto da Frente Brasil Popular, produzido por diversas entidade que norteia as principais demandas da organização. O manifesto foi divulgado em um grande ato, em Belo Horizonte, no último dia 7 de setembro.

“Nossos quatro principais pontos destacam a defesa dos direitos sociais, a ampliação da democracia, reformas estruturais e a defesa intransigente da soberania nacional”, completa Regina Cruz.

Segundo ela, por direitos sociais, entenda-se principalmente a garantia das conquistas dos trabalhadores e trabalhadoras, com a busca por melhorias nas condições de vida, emprego, salário, moradia, saúde, educação, terra e transporte público.

“Precisamos caminhar no sentido oposto do atual projeto de ajuste fiscal do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Precisamos é de reformas estruturantes, inclusive a reforma tributária, que taxe o andar de cima. A classe trabalhadora não pode pagar uma conta que não é sua. Para termos justiça social, para avançarmos na redução da desigualdade, precisamos avançar na reforma tributária completou.

Confirme a sua presença no evento criado no Facebook aqui. 
Veja abaixo, na íntegra, o Manifesto ao Povo Brasileiro – Frente Brasil Popular:

Vivemos um momento de crise. Crise internacional do capitalismo, crise econômica e política em vários países vizinhos e no Brasil.

Correm grave perigo os direitos e as aspirações fundamentais do povo brasileiro: ao emprego, ao bem-estar social, às liberdades democráticas, à soberania nacional, à integração com os países vizinhos.

Para defender nossos direitos e aspirações, para defender a democracia e outra política econômica, para defender a soberania nacional e a integração regional, para defender transformações profundas em nosso país, criamos, em Conferência Nacional, a Frente Brasil Popular.

Somos milhares de brasileiros e brasileiras de todas as regiões do País. Cidadãos e cidadãs, artistas, intelectuais, religiosos, parlamentares e governantes, assim como integrantes e representantes de movimentos populares, sindicais, de partidos políticos e pastorais, de indígenas e quilombolas, de negros e negras, do movimento LGBTT, das mulheres e da juventude.

Nossos objetivos são:

1- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e buscar melhorias nas condições de vida, emprego, salário, aposentadoria, moradia, saúde, educação, terra e transporte público.

Lutamos contra o atual ajuste fiscal e contra todas as medidas que retiram direitos, eliminam empregos, reduzem salários, elevam tarifas de serviços públicos, estimulam a terceirização, ao tempo em que protegem a minoria rica. Defendemos uma política econômica voltada para o desenvolvimento, com distribuição de renda.

Lutamos contra a especulação financeira nacional e internacional, que transfere para uma minoria, por vias legais ou ilegais, por meio da corrupção e de contas bancárias secretas, parte importante da riqueza produzida pelo povo brasileiro.

Lutamos por uma reforma tributária que, por meio de medidas – como o imposto sobre grandes fortunas e a auditoria da dívida – faça os ricos pagarem a conta da crise.

2- Ampliar a democracia e a participação popular nas decisões sobre o presente e o futuro de nosso País.
Lutamos contra o golpismo – parlamentar, judiciário ou midiático – que ameaça a vontade expressa pelo povo nas urnas, as liberdades democráticas e o caráter laico do Estado.
Lutamos por uma reforma política soberana e popular, que fortaleça a participação direta do povo nas decisões políticas do País, garantindo a devida representação dos trabalhadores, negros e mulheres. Por uma reforma política que impeça o sequestro da democracia pelo dinheiro e proíba o financiamento empresarial das campanhas eleitorais.
Lutamos contra a criminalização dos movimentos sociais e da política; contra a corrupção e a partidarização da Justiça; contra a redução da maioridade penal e o extermínio da juventude pobre e negra das periferias; contra o machismo e a homofobia; contra o racismo e a violência, que matam indígenas e quilombolas.

3- Promover reformas estruturais, para construir um projeto nacional de desenvolvimento democrático e popular: reforma do Estado, reforma política, reforma do Poder Judiciário, reforma na segurança pública, com desmilitarização das Polícias Militares; democratização dos meios de comunicação e da cultura; reforma urbana, reforma agrária; consolidação e universalização do Sistema Único de Saúde (SUS); reforma educacional e reforma tributária.

Lutamos pela democratização dos meios de comunicação de massa e pelo fortalecimento das mídias populares, para que o povo tenha acesso à informação plural, tal como exposto na Lei da Mídia Democrática.

4- Defender a soberania nacional. O povo é o dono das riquezas naturais, que não podem ser entregues às transnacionais e seus sócios.
Lutamos em defesa da soberania energética, a começar pelo Pré-Sal. Pela Lei da Partilha, pela Petrobrás, pelo desenvolvimento de Ciência e Tecnologia, pela Engenharia. Enfim, por uma política de industrialização nacional!
Lutamos em defesa da soberania alimentar e em defesa do meio ambiente, sem o qual não haverá futuro.
Lutamos contra as forças do capital internacional, que tentam impedir e reverter a integração latino-americana.
Convidamos a todas e todos que se identificam com essa plataforma a somarem-se na construção da Frente Brasil Popular.

O povo brasileiro sabe que é fácil sonhar todas as noites. Difícil é lutar por um sonho. Mas sabe, também, que sonho que se sonha junto pode se tornar realidade.

Vamos lutar juntos por nossos sonhos!
Viva a Frente Brasil Popular!
Viva o povo brasileiro!

Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, Setembro de 2015.
Frente Brasil Popular

Escrito por: CUT Paraná

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