Proposta rebaixada de reajuste de 7,5% mantém categoria unida e mobilizada em todo País.
Os bancários de todo o País têm, nesta quarta-feira, 21 de outubro, um motivo a mais para fortalecer a Greve Nacional 2015. Após a rejeição em mesa da segunda proposta de 7,5% de reajuste, sem abono, as negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) prosseguem ainda hoje, a partir das 14h00 (inicialmente, a reunião estava marcada para as 11h00, mas foi adiada para 14h00 a pedido dos patrões), em São Paulo.
Saiba como foi a reunião de ontem, 20 de outubro.
A paralisação dos bancários entra hoje (21) no décimo sexto dia, mais forte do que nunca. Ontem (20), 351 agências e 11 centros administrativos estiveram paralisados em Curitiba e região (o equivalente a 80% da categoria). No Paraná, bancários de 819 agências cruzaram os braços, o que totalizou 12.567 agências e 33 centros administrativos fechados nos 26 estados e no Distrito Federal. A greve da categoria iniciou em 06 de outubro.
“Temos certeza que a proposta ainda rebaixada apresentada pelos banqueiros ontem vai ser um combustível para os bancários continuarem unidos e mobilizados hoje. A greve continua e será o tamanho da nossa mobilização que irá determinar o alcance das nossas conquistas!”, conclama Elias Jordão, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região.
Por outro lado, a retomada da negociação foi positiva. “Demonstra uma vontade de acertar uma campanha que seja boa para os dois lados. Esperamos que os banqueiros realinhem essa posição e tragam para a gente uma nova proposta, que seja reposição da inflação mais um ganho real. É isso que esperamos ouvir ainda hoje”, diz.
Enquanto isso, a greve continua. “Nós temos que continuar mobilizados, determinados, com unidade, para mostrarmos que continuamos indignados e que queremos, com a força da greve, dobrar a intransigência deles. Além da reposição da inflação e do ganho real, queremos reposição de emprego, segurança para trabalhar nos locais de trabalho, saúde e igualdade de oportunidade. Principalmente, nós queremos que acabem com as demissões, a rotatividade e que os trabalhadores não continuem adoecendo por serem submetidos ao assédio moral para cumprir metas inatingíveis”, reforça o presidente da Contraf-CUT.
Renata Ortega SEEB Curitiba, com Contraf-CUT