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Se não vier proposta decente, greve vai continuar

O desrespeito vindo da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na mesa de negociação com o Comando Nacional dos Bancários continua. Mais uma vez, os patrões ofereceram, na terça-feira (20), uma proposta mais do que proibitiva, de apenas 7,5%, o que, novamente, sequer cobre a inflação do período, que está próximo dos 10%. Diante de mais um impropério destes, os representantes sindicais disseram um grande “não” para a oferta. As negociações recomeçam a partir das 14h desta quarta-feira (21).

IMG-20150923-WA0004Enquanto os banqueiros insistirem em atirar migalhas para os trabalhadores e trabalhadoras, a greve vai continuar, cada vez mais forte. Os números de hoje revelam que são 820 agências e 11 centros administrativos parado, totalizando mais de 20.200 bancários e bancárias da base da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR) em greve.

Curitiba e região, o maior sindicato da Fetec-PR, está com 352 agências e 14.840 trabalhadores e trabalhadoras com as atividades paralisadas. Apucarana, Arapoti, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Guarapuava, Londrina, Paranavaí, Toledo e Umuarama, somados, está com 468 agências e 5.407 trabalhadores em greve.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Guarapuava e região, Sandro Zanona, comemora a adesão em massa dos bancários da base da entidade sindical. Segundo ele, é uma das maiores greves que ele já participou. “A categoria segue indignada com as propostas oferecidas pelos banqueiros. O resultado disso foi esse grande número de trabalhadores insatisfeitos. Espero que venha uma proposta boa, mas, se não vier, a greve vai continuar”, promete.

A presidenta do Sindicato de Campo Mourão, Nivalda Sguissardi Roy, revela que os bancários e bancárias da área de atuação do sindicato estão seguindo a tendência estadual e nacional, aderindo com força na greve. “O descontentamento é geral. Não há uma única justificativa plausível para que os banqueiro nos ofereçam essa proposta disfarçada de afronta. Estamos na expectativa de que venha algo decente desta vez. Das 38 agências da base, 32 estão paradas. Vamos manter e ampliar a paralisação caso eles insistam em nos ofender”, afirma.

Em Londrina, a greve segue com força total. A presidenta do Sindicato, Regiane Portieri, garante que a greve cresce a cada dia na base. “Estamos com 118 agências com as atividades paralisadas. Em Londrina, esse número é de 100%. A categoria comprou essa briga e vai permanecer em greve. Mas, estou otimista de que possa vir uma proposta com aumento real no encontro de hoje. Nosso trabalho é árduo e merecemos receber um salário digno”, comenta.

Outro sindicato que vem obtendo números bem animadores é o de Apucarana. A presidenta Salomé Fujii conta que estão muito próximos de chegar à marca de 100%. “Estamos com mais de 95% dos bancários em greve. O movimento vem crescendo, pois a gente percebe a grande insatisfação da categoria com o que os banqueiros vem nos oferecendo. Estamos de olho no que vão propor hoje e, espero, que venha algo com que a gente possa levar para assembleia. Do contrário, segue a greve”, conclui.

Autor Flávio Augusto Laginski

Fonte: Fetec-CUT-PR

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