Prática abusiva leva Caixas e Tesoureiros a trabalhar mais de 4 horas extras diárias
Em visita as agências do Bradesco, que pertenciam ao HSBC, na manhã desta quinta-feira, 13 de outubro, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região constatou irregularidades quanto à hora extra trabalhada nesta semana, além de relatos dos bancários que estão se sentindo inseguros por falta de informação dos setores que serão mantidos, efeitos da falta de transparência por parte do Bradesco.
Para compensar a falta de atendimento nos dias de greve, o banco estendeu sua jornada, das 8:00 às 17:00 horas. Para cumprir a jornada, os bancários têm realizado em torno de 4 horas extras diárias, contrariando o dispositivo da CLT que estabelece um limite de no máximo 2 horas extras. Agravando a situação, verificou-se que o padrão nas agências é de apenas 3 caixas automáticos ligados, número insuficiente para atender à população.
A diretora do sindicato, Edna do Rocio Andreiu, alerta que a integração dos bancários oriundos do HSBC foi mal planejada e que ao cumprir essa jornada os trabalhadores se sentem prejudicados e emocionalmente abalados.“A duração normal de trabalho dos bancários é de 8 horas, e se assim for estendido, a legislação prevê 1 hora de almoço. É um absurdo que o Bradesco não respeite isso!”, afirma Andreiu.
Se continuar a prática abusiva do Bradesco , de exigir a hora extra extraordinária além do limite legal e não conceder o intervalo obrigatório de almoço, o Sindicato solicitará a fiscalização do Ministério Público do Trabalho para que a disposição legal seja aplicada.
O Sindicato lembra ainda que o controle “à parte” ou até mesmo a não marcação de hora extra é ilegal e orienta a todos os trabalhadores que se sentirem ofendidos utilizem nossos canais de denúncia para que medidas judiciais sejam tomadas.
Camila CecchinSEEB Curitiba