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STF adia julgamento da terceirização e não define data

Tema não foi analisado e Supremo deve definir nova data para julgamento na próxima semana

Isaías DalleManifestantes se concentram diante do STF durante julgamento da terceirização sem limites

Pouco depois das 18h, a ministra Carmen Lúcia, do STF, decretou o fim da sessão desta quarta-feira sem que o plenário tivesse sequer debatido o tema da terceirização. A ministra informou que uma nova data será divulgada na próxima quarta.

A CUT entrou com um pedido de adiamento, que não foi analisado, já que a sessão se ocupou de outros temas. A Central também entrou com uma ação em que questiona a validade da terceirização sem limites, inclusive nas atividades-fim. O Supremo pretende julgar ação da Cenibra, empresa mineira, que quer a liberação total dessa forma de contratação. A CUT questiona a aplicabilidade desse caso, independentemente do resultado, em todos os casos futuros.

Até as 15h desta quarta, dia 9, a expectativa das lideranças sindicais e de suas assessorias jurídicas era mesmo que o STF não julgaria hoje o tema da terceirização em atividades-fim.  Pela manhã, assim como no dia anterior, houve audiências com alguns dos ministros do STF, na tentativa de adiar ou suspender a votação.

Vagner Freitas, Juvândia Leite (presidente dos Bancários de São Paulo) e Rafael Marques (presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC) aguardam julgamento no STF (Foto: Isaias Dalle)Vagner Freitas, Juvândia Leite (presidente dos Bancários de São Paulo) e Rafael Marques (presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC) aguardam julgamento no STF (Foto: Isaias Dalle)A CUT entrou com um pedido de adiamento, protocolado hoje, e que provavelmente seria analisado pela ministra Carmem Lúcia. “Nossa expectativa é que seja adiado, por causa da complexidade do tema e porque nem todos os ministros do Supremo vão participar da sessão de hoje”, vaticinou o assessor jurídico da Central, José Eymard Loguercio.

Para o secretário de Assuntos Jurídicos da CUT, Valeir Ertle, o objetivo do corpo-a-corpo com os ministros é convencê-los a deixar que o Congresso Nacional continue debatendo o tema e elabore uma regulamentação da terceirização que seja favorável aos trabalhadores.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, a presidenta do Sindicato dos Bancários, Juvândia Moreira Leite, e o presidente dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, acompanharam a sessão do STF desta tarde. “Nossa luta é para que o STF não elabore uma reforma trabalhista, sem debate com os trabalhadores e a sociedade”, comentou Vagner.

Um grupo de militantes e dirigentes sindicais reunidos na Praça dos Três Poderes, composto em sua maioria por bancários, bancárias e metalúrgicos da CUT. O objetivo era fazer pressão sobre o Supremo. Por enquanto, deu certo.

Escrito por: Isaias Dalle
http://www.cut.org.br/noticias/stf-adia-julgamento-da-terceirizacao-e-nao-define-data-d506/
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Pressão dos trabalhadores leva o Supremo a adiar a votação sobre a terceirização

STF julgaria se é permitido ou não terceirizar as atividades-fim

Contraf-CUT

Contraf-CUTCentrais sindicais e entidades da sociedade civil estiveram na tarde desta quarta-feira (9) em Brasília para acompanhar a apreciação no plenário do STF da ação movida pela empresa Cenibra, exploradora e produtora de celulose de Minas Gerais. A ação tramita desde 2001 e o STF julgaria se é permitido ou não terceirizar as atividades-fim, ou seja, liberar geral a terceirização.  A votação foi adiada sem data prevista para ser colocado em pauta.

“Oficialmente o STF não teve tempo de julgar hoje e postergou por tempo indeterminado. Sem dúvida a mobilização das centrais teve seu peso nesta postergação. Mais uma vez os bancários e bancárias atenderam ao chamado da Contraf e da CUT. Vieram em massa para Brasília e tiveram um papel protagonista na manifestação e no resultado dela” afirma Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT

Pela legislação atual só é permitido terceirizar atividades-meio, como setores de segurança e limpeza, se STF julgar constitucional a ação seria permitida a contratação de trabalhadores terceirizados para qualquer tipo de função.

Fonte: Contraf-CUT

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Supremo adia votação sobre terceirização

Trabalhadores protestaram em frente ao STF, em Brasília; pressão deu resultado e tem de continuar: julgamento da mudança que pode levar à precarização nos contratos de trabalho será remarcado

Danilo Motta, Spbancarios
Brasília – Um ato em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) realizado nesta quarta-feira 9 marcou a posição dos trabalhadores contra a liberação da terceirização irrestrita. Estava na pauta do Tribunal discussão sobre ação movida pela companhia Cenibra que, se aceita pelos ministros, liberaria este modelo de contrato de trabalho inclusive para atividades-fim das empresas. O julgamento, no entanto, foi adiado e uma nova data ainda será agendada.

“Essa é uma vitória parcial da nossa luta. Não foi julgado hoje e não tem data marcada para um novo julgamento. Tem de ser republicado e pode ser que nem entre este ano. Nossa pressão valeu, foi muito importante. Vamos continuar pressionando, tentar falar com os ministros para que não julguem a favor da terceirização nem tragam a votação à pauta este ano”, disse a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, que foi a Brasília acompanhar o julgamento.

A mobilização envolveu mais de mil pessoas e contou com o Sindicato dos Bancários de São Paulo e de outras regiões, além de categorias como metalúrgicos e comerciários. Também participaram federações e centrais sindicais, como a CUT, Intersindical, CTB, Contraf e Fetec/CUT-SP.

> Veja pelo Twitter e Facebook como foi a mobilização

“Estamos aqui para pressionar o STF a votar contra essa súmula, que é injusta. Essa é uma votação de extrema importância para os trabalhadores”, disse Ivone Maria, secretária-geral do Sindicato durante o protesto.

Faixas e caixões simbolizando o enterro dos direitos trabalhistas foram colocados em frente ao STF. Entre os dizeres: “não enterre nossos direitos; não à terceirização”.

Votação –  A votação refere-se a Recurso Extraordinário impetrado pela Cenibra (Empresa Brasileira de Celulose) contra decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que definiu a terceirização praticada pela empresa como “transferência fraudulenta e ilegal” de mão de obra –  já que era feita na atividade-fim – , com o “nítido propósito de reduzir custos de produção”. Se o Supremo acatar o recurso, cai o entendimento atual de que é ilegal a terceirização das atividades-fim das empresas, previsto na Súmula 331 do TST.

Entenda como a terceirização mexe com sua vida

O que o STF definir terá repercussão geral e, portanto, valerá para todas as demais instâncias do Judiciário. Ou seja, votar a favor da Cenibra, cairá a Súmula 331, único instrumento que protege os trabalhadores da precarização do emprego por meio da terceirização fraudulenta. É graças a essa súmula que muitos trabalhadores terceirizados pelos bancos, por exemplo, têm reconhecidos direitos da categoria bancária justamente porque prestam serviços nitidamente bancários como abertura de contas, concessão de crédito etc.

Vídeo: diferença entre bancário e terceirizado
Vídeo: terceirização ameaça empregos e diretos

Pressão virtual – Em uma era em que o engajamento virtual ganha cada vez mais força, os bancários podem pressionar os ministros do STF pelo não à terceirização (clique aqui).

Os trabalhadores também podem protestar nas redes sociais com a hashtag #TerceirizaNãoSTF.

Histórico ruim – Em outras votações, o Supremo tem deliberado contra os trabalhadores, como pelo fim da ultratividade dos acordos coletivos (decisão liminar que suspende direitos quando vencem os acordos), do direito à desaposentação ou a favor do corte do ponto dos servidores em greve.

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Notícia colhida no sitio:  http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=16554
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