Foi divulgado ontem, 09 de junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC/IBGE) do mês de maio, que ficou em 0,96%. Com isso, o acumulado da inflação de junho de 2020 a maio de 2021 é de 8,9%. Esse valor corresponde ao reajuste que os financiários irão receber na próxima folha de pagamento, garantido na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT 2020-2022).
Conforme a CCT, o reajuste será aplicado às verbas salariais, anuênio, gratificação de caixa, auxílio-refeição, ajuda alimentação, 13ª cesta alimentação, reembolso creche/auxílio babá, no auxílio a filhos com deficiência, auxílio funeral, auxílio transporte para deslocamento noturno, indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto e verba de requalificação profissional, além da PLR.
Vale lembrar que a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para os financiários em 2021 manterá a mesma regra de 2020. Sem a composição entre as partes do GT que avaliaria a possível mudança de regra PLR, ficou garantido na redação da PLR 2021 o benefício nos mesmos moldes do exercício de 2020. Inclusive o pagamento de antecipação da parcela fixa, no valor de R$1.884,77, até o dia 30 de setembro.
“É um alívio ter uma CCT que resguarda nossos direitos, inclusive a reposição da inflação nos salários, em um cenário tão difícil como esse que estamos vivendo. Temos visto muitos embates nas negociações, para tentar impedir o aumento de salário dos trabalhadores. Infelizmente, com a Reforma Trabalhista de 2017, muitos direitos que já estavam garantidos passaram a ser retirados”, avalia Katlin Salles, representante dos financiários nas negociações com a Fenacrefi.
Negociações cada vez mais difíceis
Uma análise realizada pelo Dieese revela que 60% dos reajustes salariais negociados no mês de abril de 2021 ficaram abaixo da inflação acumulada nos últimos 12 meses, que foi de 6,94% (INPB/IBGE). Reajustes acima do índice inflacionário foram observados em apenas 17% dos casos, outros 23% dos trabalhadores conseguiram a reposição da inflação.
Fonte: SEEB Curitiba