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FGTS como garantia de empréstimo aumenta e coloca em risco segurança do trabalhador

Foto: Fabio Rodrigues Possebom/Ag. Brasil

A economia estagnada, o salário arrochado, a alta da taxa de juros e a disparada da inflação, raramente reposta nos reajustes salariais anuais, estão levando trabalhadores e trabalhadoras endividados a usar os saque-aniversários do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) como alienação fiduciária, ou seja, garantia de pagamento de empréstimos bancários. A alternativa coloca em risco a segurança do trabalhador quando ele mais precisar do dinheiro do fundo, que é na hora em é dispensado do emprego.

Nos primeiros sete meses de 2021, os saques- aniversários e os utilizados para alienação fiduciária do FGTS somaram R$ 10,1,bilhões, enquanto no ano passado inteiro foi de R$ 9,8 bilhões. Em 2020 a soma de todos os tipos de saques, inclusive dos milhares de trabalhadores demitidos sem justa causa, somaram R$ 129 bilhões.

Essa alta é um perigo tanto para o trabalhador quanto para as finanças do Fundo, utilizado também para financiar obras que geram empregos, alerta o economista Clóvis Scherer do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que assessora a CUT no Conselho Curador do FGTS.

FGTS, explica, foi criado para dar segurança, ser uma poupança do trabalhador para ser utilizada quando ele perde o emprego, mas as instituições financeiras estão estimulando o crédito como alienação fiduciária e correr menos risco de calote. Só que mais adiante, se o trabalhador perder o emprego ele poderá ficará sem nada.

“O valor desses tipos de saques está crescendo rapidamente, muito em função das propagandas dos bancos, numa forma de aumentar os empréstimos para famílias sem renda ou endividadas, comprometendo o saldo no futuro do Fundo”, diz o economista.

Fonte: CUT

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