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Por 10:35 Agenda Sindical, Destaque

Prioridades definidas. Agora, vamos para luta!

Mais de 35 mil bancários e bancárias em todo o Brasil definiram os rumos para a Campanha Nacional 2022. Entre os meses de abril e junho, a categoria respondeu as questões da Consulta Nacional aos Bancários. O resultado foi apresentado neste sábado (11), durante a 24.ª Conferência Nacional dos Bancários.
Entre as prioridades apontadas pelos trabalhadores e trabalhadoras, estão o aumento real nas cláusulas econômicas, manutenção do emprego e dos direitos, combate ao assédio moral, saúde e condições de trabalho,
igualdade de oportunidades e teletrabalho.

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, explicou que a participação da categoria foi muito importante para dar um norte às reivindicações. “É uma fase muito importante da nossa Campanha Nacional. É nosso pontapé inicial e ele foi dado em grande estilo, com participação de mais de 35 mil bancárias e bancários. Com isso, conseguimos identificar os anseios da categoria. Agora, contamos com a unidade e a mobilização de todos para sairmos vitoriosos dessa campanha”, salienta.

Categoria engajada

O resultado apresentado chamou a atenção pelo fato de que a categoria está disposta a participar mais das ações de seus respectivos sindicatos. A consulta mostrou que mais da metade dos bancários está disposta a conversar com colegas de trabalho sobre as reivindicações da categoria (55%), participar de reuniões e assembleias (51,8%) e aderir à greve (41,7%) para conquistar os pontos que avalia como importantes. Para 94,8%, o financiamento da luta para manutenção e conquistas de direitos deve ser responsabilidade de todos os bancários, pois todos se beneficiam das conquistas.

Bancários cansados dos desmandos do atual governo

Outra questão que mereceu destaque foi a de que 84,3% da categoria está disposta a eleger candidatos para o executivo e legislativo que estejam em sintonia com as pautas dos trabalhadores, como a de geração e garantia de empregos, recuperar direitos trabalhistas e previdenciários, entre outros.

Teletrabalho

Dado da consulta que chamou bastante atenção foi a opinião sobre a regulação do teletrabalho. Para 91% dos respondentes, ela deve ser realizada por meio de negociação coletiva, entre bancos e entidades sindicais.

Metas abusivas e assédio moral; saúde e condições de trabalho no teletrabalho estão entre os temas a serem debatidos na área da saúde. A consulta nacional mostra que, para a maioria dos entrevistados (77%), o cansaço e a fadiga constante são resultados da cobrança excessiva pelo cumprimento de metas. Desmotivação, vontade de não ir trabalhar, medo de “estourar” (54%), dor ou formigamento nos ombros e nos braços ou mão (51%) e crise de ansiedade (44%) também foram apontadas como impacto na saúde.

Outros efeitos do trabalho exaustivo identificados na consulta foram dificuldade para dormir (42%); crise de ansiedade (44%); crises constantes de dor de cabeça (26%), e dores de estômago e gastrite (26%). Mais de um terço dos bancários (35,5%) recorrem a antidepressivos, ansiolíticos ou estimulantes para se medicarem.

Os dados completos da Consulta serão apresentados aos bancos durante as negociações da Campanha Nacional dos Bancários.

Texto: Flávio Augusto Laginski, com informações da Contraf-CUT

Fonte: Fetec

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