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Lula encontra cooperativas para debater propostas sobre economia solidária

Representantes de cooperativas de diversas atividades vão se reunir nesta quarta-feira (14) com o ex-presidente e candidato da coligação Brasil da Esperança, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para entregar propostas do setor para a economia solidária. Essas organizações foram atuantes durante o período crítico da pandemia, e continuam na linha de frente. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), por exemplo, doou até agora mais de 7 mil toneladas de alimentos a famílias vulneráveis.

O encontro com Lula, às 11h, em São Paulo, terá representantes de 900 cooperativas de todo o país. Entre as entidades, estão Unicopas (União Nacional das Organizações Cooperativistas Solidárias), Unicafes (União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária), Unisol Brasil (Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários) e Unicatadores.

Fome é projeto do governo

A solidariedade, diz o MST, está na “gênese” do movimento. Por isso, durante a crise sanitária, várias organizações se articularam no combate à fome e à insegurança alimentar. Foram organizadas cozinhas solidárias, bancos populares de alimentos e hortas comunitárias, além da formação de mais de 2 mil agentes populares de saúde. Foram 7 mil toneladas de alimentos, 10 mil cestas básicas e 2 milhões de marmitas solidárias, com distribuição de 50 mil máscaras de proteção. “Sabemos que a fome é um projeto do atual governo e que é também um dos sinais mais agudos da violência política vivida hoje no Brasil, onde mais da metade da população não tem alimentos suficientes para abastecer seus lares”, afirma o MST.

Assim, os sem-terra se articularam também em apoio à diarista Ilza Ramos Rodrigues, que aparece em um vídeo sendo humilhada por um empresário bolsonarista, dizendo que lhe negaria marmitas dali em diante, por ela se declarar eleitora de Lula. O caso aconteceu em Itapeva, interior paulista.

Política de desenvolvimento

A regional Sudoeste do MST realizou, ainda no sábado, uma arrecadação em assentamentos para doar produtos da reforma agrária à família de Ilza. “Nos dispomos a ajudar no que fosse necessário e durante a semana organizaremos uma grande ação de solidariedade no bairro. Seguiremos com o trabalho junto ao “Projeto Nos Propomos”, que atua na cidade desde 2020 e hoje atende 113 famílias no município” afirma o movimento.

A organização lembra que o Programa de Aquisição de Alimento (PAA) foi extinto depois do impeachment de 2016, atingindo diretamente ” milhares de famílias que eram beneficiadas”.

Assim, a carta que será entregue a Lula “destaca a importância da economia solidária para uma política de desenvolvimento para o país, voltada para a criação de empregos, geração de renda e produção para o mercado interno, especialmente de alimentos, que serão centrais para a retomada da gestão pública no combate à fome”.

As entidades querem mostrar a importância estratégica do setor. “Com um amplo programa para a economia solidária, as cooperativas de trabalhadores cumprirão um papel importante para o desenvolvimento do país com geração de emprego e renda”, afirma o presidente da Unicopas, Francisco Dal Chiavon.

Foto: MST

Fonte: RBA

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