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Por 10:44 Notícias

Bolsonarista que tentou explodir bomba em Brasília revela ‘pressão da extrema direita’

A CPI dos Atos Antidemocráticos da Assembleia Legislativa do Distrito Federal segue com oitivas de personagens importantes do dia 8 de janeiro. Hoje (29) os parlamentares distritais ouviram o bolsonarista Alan Diego dos Santos. O apoiador radical do ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos extremistas que tentou explodir uma bomba no Aeroporto de Brasília, na véspera do Natal do ano passado.

O atentado terrorista teria como função “combater o comunismo”. Ainda de acordo com ele, houve ameaças para que ele realizasse a tentativa de atentado. Questionado durante a oitiva, ele confirmou que as ameaças vieram “da extrema direita política”.

No depoimento, Santos disse que agiu porque Bolsonaro o fez acreditar que haveria “fraude nas urnas eletrônicas”. De fato, o ex-presidente repetiu inúmeras vezes ataques mentirosos contra a democracia e contra o sistema eleitoral brasileiro. Inclusive, por este motivo, é alvo de processos que devem deixá-lo inelegível por, no mínimo, oito anos.

O terrorista confesso também passou por um momento engraçado, que chamou a atenção das redes sociais. Santos disse que a razão de toda mobilização, da tentativa de ataque terrorista, dos acampamentos golpistas na frente dos quartéis, teria como motivo “acessar o código fonte das urnas”.

Código fonte

Então, o presidente da CPI, deputado Chico Vigilante (PT), questionou: “O que é código fonte?”. O bolsonarista respondeu: “É isso que eu queria saber”. Chico retrucou: “O senhor sabe o que é código fonte?”. Então o radical sentenciou: “Eu não sei o que é código fonte”.

Terroristas bolsonaristas

Santos admitiu que transportou a bomba, que explodiria próximo a tanques de combustíveis no aeroporto. Condenado por tentativa de atentado, ele disse que agiu sob orientação de George Washington. O outro extremista bolsonarista já compareceu à CPMI do Congresso, que também investiga as ações golpistas dos bolsonaristas em âmbito federal. Hoje, ele também esteve na Assembleia do DF. Nas duas oportunidades, ficou em silêncio.

“Quem orientou a colocar a bomba foi o George Washington. Então, nunca neguei nada de fatos com delegados. No depoimento que eu dei, eu [afirmei que] levei o artefato ao caminhão. Não instalei, não sei mexer com isso aí. Ninguém instala alguma coisa que está pronta. Quem aprontou foi o George Washington”, disse Santos.

Foto: Joedson Alves

Fonte: RBA

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